(Arquivo pessoal) |
Minha alegria tomou proporções superlativas quando li que a premiada bailarina havia se formado no Brasil pela Escola Estadual de Dança Maria Olenewa. Sim, nossa escola mais uma vez nos surpreendendo.
Não é novidade que a EEDMO sempre foi o maior celeiro de grandes bailarinos brasileiros, muitos dos quais ocupam os principais cargos dentro das mais variadas companhias de dança pelo mundo, entretanto sempre me surpreendo quando descubro mais um nome da lista de ex-alunos que atingiram destaque dentro do cenário das Artes.
A Carioca Bruna Andrade começou a fazer ballet com 3 anos de idade, mas foi aos 13 anos, depois de ter sido reprovada na EEDMO pela professora Clélia Serrano que Bruna decidiu de fato que iria se dedicar ao Ballet Clássico. Foi como se Bruna estivesse precisando de uma atenção especial, de alguém que olhasse e notasse seu potencial.
“- Ela disse que poderia ter me passado, mas decidiu me reprovar. Isso fez com que eu desejasse aquilo para mim. Decidi ser bailarina – reflete.”
E foi com 15 anos que ela então, após participar do Seminário Internacional de Dança de Brasília, ganhou uma bolsa de estudos para a Escola de Dança Tanzstiftung Birgit Keil diretamente pelas mãos da estrela do ballet alemão Birgit Keil. Formou-se em três anos, e foi contratada como solista pela sua atual companhia de dança, o Ballet Estadual de Karlshure, onde dançou os papéis principais de obras consagradas como “O lago dos Cisnes, La Bayadere, Coppelia e O Quebra Nozes.
Bruna como Odette em O Lago dos Cisnes (arquivo pessoal). |
Com 27 anos, Bruna disputou com Alicia Amatriain, do Stuttgart Ballet e Sayaka Kado, do Ballet de Nuremberg pelo prêmio na categoria em que foi vencedora. O prêmio veio após o reconhecimento por sua atuação em “Der Fall M”, Obra do coreógrafo Reginaldo Oliveira, outro carioca, baseado na tragédia grega, Medeia.
Terminei de ler a matéria com uma indisfarçável sensação de contentamento. Não é orgulho, é certeza. A despeito de muitos que desacreditam no trabalho diferenciado que a escola proporciona, e no suor e potencial de cada aluno, a EEDMO continua sendo um dos principais celeiros de grandes artistas brasileiros. E nós alunos e ex-alunos, estamos no mundo e fazendo arte de qualidade!
Tradição e Amor, um viva a Maria Olenewa.
Luan Limoeiro