domingo, 26 de junho de 2016

Estreia dos novos primeiros bailarinos em “O Lago dos Cisnes” no Theatro Municipal.

Estreia dos novos primeiros bailarinos em “O Lago dos Cisnes” no Theatro Municipal.



Os amantes da arte, em especial do ballet clássico, foram presenteados neste ano de 2016 pelo Theatro Municipal do Rio de Janeiro com a apresentação da temporada do Ballet “O Lago dos Cisnes”, de Marius Petipa e Lev Ivanov, com música de Tchaikovsky. Preferido do público, dos jovens aos mais velhos, e luminar do ballet romântico, desde sua criação encanta gerações e perpetua sua intensa expressividade artística e dramática, personificando a delicadeza, a leveza e a sensibilidade através de seus intérpretes. Como se já não bastasse tamanho presente, neste ano também tivemos a nomeação de novos Primeiros Bailarinos do Theatro Municipal do Rio de Janeiro: Cícero Gomes (ex e eterno aluno da EEDMO), Filipe Moreira, Karen Mesquita e Moacir Emanoel. Detentores de tão já conhecido talento e excelência técnica e artística, tiveram sua estréia no tão almejado cargo, nesta temporada de Lago dos Cisnes, abrilhantando e laureando ainda mais essa conquista. O Tour En’Lair traz a vocês leitores uma pequena entrevista exclusiva com nossos recém nomeados Primeiros Bailarinos e suas perspectivas singulares deste momento único e gratificante de suas vidas e carreiras.

Nossos Primeiros bailarinos Cícero Gomes, Filipe Moreira, Karen Mesquita e Moacir Emanoel.


Cícero Gomes:

Tour: Como é a sensação de pisar no Palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, agora como Primeiro Bailarino? Algo Mudou?

Cícero Gomes: Com a relação a responsabilidade de estar em cena como primeiro bailarino ou não, não muda. Acredito que estando em cena devo fazer meu trabalho da melhor maneira possível, independente de título ou plateia, não faço esse tipo de distinção. O que muda é o “peso” do nome. Quando me dei conta pensei: Nossa agora de fato sou primeiro bailarino, tenho que fazer jus a este título.



Tour: Como se sentiu quando soube da nomeação e ainda assim poder interpretar o bobo da corte, o personagem que virou marca registrada sua?

Cícero Gomes: Meu sentimento ao ser nomeado foi de realização, muita felicidade e dever cumprido. Capítulo encerrado, porém tenho um novo capítulo a ser escrito, tudo se reinicia e se reinventa.
E pra mim nada melhor que estar em cena com um dos meus personagens preferidos, aquele que um dia me fez solista. Devo ao bobo a honra de ter me fixado como solista e hoje devo a honra de ter participado da minha conquista ao cargo que sempre sonhei em alcançar.
Não acho que o bobo seja um papel “bobo” (kkkkkkkk), depende dele a narrativa de todo o primeiro ato, que por sua vez depende do primeiro ato a narrativa de todo o ballet. Não poderia ter sido melhor. As coincidências aconteceram, e que felizes coincidências.


Cícero num momento de descontração no backstage de "O Lago dos Cisnes".




Filipe Moreira: 

Tour: Você já dançou primeiro papel na remontagem de Lago dos Cisnes de 2013, ainda como primeiro solista. Como foi dançar novamente o Lago, agora como primeiro bailarino do Theatro Municipal do Rio de Janeiro? Algo mudou?

Filipe Moreira: Na verdade, o título de primeiro bailarino conta muito “fora”, pelo fato de você acreditar que fez um bom trabalho e foi reconhecido por isso, pelos seus anos de dedicação e comprometimento com a arte, essas coisas. Porém no dia a dia, claro que conta muito, não só para você e para seus familiares, mas também para seus colegas de trabalho. Mas no momento em que entro palco, eu me desvencilho de qualquer título, não importa de onde sou, de como estou, do que as pessoas estão achando, sempre entro em cena para dar o melhor de mim, não importa nada, só importa aquele momento. Então de uma forma boa não importa o títulos, primeiro solista, primeiro bailarino ou até corpo de baile, sempre temos que entrar em cena dando nosso melhor, e levar a arte para o público da melhor maneira possível, entregando-se totalmente ao papel independente de qual seja.

Filipe Moreira antes de entrar em cena como Siegfried.



Karen Mesquita:


Tour: Karen, como foi a preparação para "O Lago dos Cisnes"? Teve Dificuldades?

Karen Mesquita: O lago para mim foi o ballet mais diferente de todos que já vivi, porque é um ballet grande de quatro atos e eu estava em cena em três deles fazendo dois personagens. Tivemos pouco tempo de preparação para a estreia e isso foi um pouco desesperador, porque é um ballet complexo que exige muita entrega, técnica e artística, então foram algumas etapas a serem ultrapassadas.
Primeira etapa foi de aprender o ballet, gestos, intenções e passos esse processo foi um pouco demorado, levou mais ou menos duas semanas para meu corpo se acostumar com a movimentação e com as "asas". Depois desse processo de aprendizado, fui para a segunda etapa que foi de entendimento do personagem, onde dediquei meu tempo para dar vida a eles, e a descobrir como eu Karen poderia contar a história com meu corpo e também aprender a ser uma "ave" (Risos). Assisti muitos vídeos, e cada vez que assistia observava cada detalhe de uma forma diferente, eu "engoli" todas as informações e detalhes que pude. Eu realmente vivi "O Lago dos Cisnes", eu vivi Odete/Odile, e não me arrependo de forma alguma, um ballet que nunca imaginei fazer. Então com toda essa pesquisa e preparação intensa me deu muita energia e vontade de querer dar vida às personagens, nunca imaginei que iria gostar tanto de dar vida a este Lago. 
Foi assim, com essa preparação rápida, porém intensa de muitas etapas, coreografia, depois o processo do personagem. Ensaios com Cecília Kerche, Ana Botafogo, Marcelo Misailidis, foram muito importantes, cada um com sua individualidade, souberam me auxiliar da melhor maneira possível, foi ótimo. Terei incríveis lembranças para guardar dessa estréia. 


Karen Mesquita como Odete a Rainha dos Cisnes.


Moacir Emanoel

Tour: Como foi para você artista-bailarino ser promovido a primeiro bailarino tão jovem? Como foi estrear seu título interpretando Siegfried? Com a promoção, algo mudou?

Moacir Emanoel: Ter reconhecimento do nosso trabalho é sem dúvidas, uma enorme honra, seja ela sua profissão. Mas o mérito não deve ser cômodo para ninguém, e sim disposição de novos desafios e responsabilidade para alcançar novas metas. Que minha gratidão transpareça em ótimas performances no palco.
Não é tão fácil, concorda? (Risos). Um personagem que conduz quase todo o enredo do espetáculo me exigiu mais esforço e ciência de que estava ali para entregar “a moral da história”, com dança e muita interpretação. Porém, é com ele que tenho a felicidade de apresentar meu trabalho e receber, com graça, o carinho do público.
A rotina permanece a mesma, não percebo sequer diferença. Talvez psicologicamente tenha redobrado minha atenção aos detalhes e, como dita antes, a responsabilidade com o cargo.


Moacir Emanoel no agradecimento ao final de sua estréia como primeiro bailarino.


Parabenizamos nossos recém-nomeados Primeiros Bailarinos e agradecendo pela colaboração e disponibilidade em participarem de nossa matéria, expondo seus pontos de vistas e singulares perspectivas, descrevendo o indescritível e compartilhando conosco tão importante e glorioso momento de suas vidas. Desejamos sucesso e uma carreira repleta de aplausos e conquistas, norteada sempre pela entrega, a esta tão gloriosa e apaixonante arte, transcendendo-a a cada instante, em cada apresentação. O público, o Tour En’Lair e todo o mundo da dança expressam aqui sua gratidão pelo sim de vocês ao ballet clássico e á arte de dançar.



Algumas fotos de O Lago dos Cisnes" no Theatro Municipal do Rio de Janeiro: 

Cícero Gomes nosso Primeiro Bailarino interpretando  o se famoso BOBO DA CORTE.

Moacir Emanoel e Márcia Jaqueline - Primeiros Bailarinos do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
Karen Mesquita - Primeira Bailarina do Theatro Municipal como princesa Odete minutos antes de sua estreia.

Filipe Moreira - Primeiro Bailarino do Theatro Municipal no Primeiro Ato de O Lago dos Cisnes.

Moacir no ato branco de o lago dos cisnes.

Felipe Viana e Clara Judith - 1º Técnico.

domingo, 19 de junho de 2016

Vivendo e Convivendo no Theatro Municipal do RJ

A partição efetiva dos alunos da EEDMO no cotidiano do Theatro Municipal, está cada vez mais forte. Esses alunos realizam diversas funções, entre elas: a venda de programas, a orientação de assinantes etc. Com muita atenciosidade esses alunos acabam ingressando na vida administrativa do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, sempre almejando um dia estar dançando no palco mais importante e conhecido do Brasil.


Mas não só com a venda de programas, alguns alunos do ano técnico também participam da montagem do Ballet O Lago dos Cisnes fazendo parte do corpo de baile como: Cisnes, Corte e Dança napolitana.
Os nossos alunos Giulia Rossi 2º ano técnico, Luan Limoeiro do 3º ano técnico e o Natan Lopes do 3º ano técnico, estão tendo a chance de participar dessa nova experiência da venda de programas e a aluna Tabata Salles do 1º ano técnico irá nos dizer como é a experiência de dançar junto ao Corpo de baile do Theatro Municipal do RJ.
Entrevistamos alguns dos integrantes da equipe Tour En’Lair que estão ingressando na vida administrativa do Theatro Municipal do RJ e participando do Ballet O Lago dos Cisnes, e o resultado você confere aqui.


Como está sendo essa experiência de trabalhar no Theatro Municipal do RJ. E o que isso pode acrescentar em sua formação ? 

"É uma maneira diferente de lidar com o público, muitos deles reconhecem a camisa da escola e perguntam porque não estamos dançando, ou se também vamos entrar para o corpo de baile. Muitos também correm para comprar o programa, para saber mais sobre os solistas que estão dançando, para acompanhar a história e para saber mais sobre o corpo de baile. No geral e um trabalho bem tranquilo e divertido."
Natan Lopes, 3º ano técnico

Na foto, o aluno Natan Lopes do 3° Técnico que atuou na venda de programas do Ballet "O Lago dos Cisnes".

Na foto, o aluno Luan Limoeiro do 3° Técnico, que atuou na venda de programas nesta temporada do Ballet "O Lago dos Cisnes".

"É uma experiência muito construtiva e muito boa, pois estou vivendo e convivendo dentro de um teatro com todos os artistas, tanto no meio da orquestra, quanto no corpo de baile. É muito legal receber as pessoas e elas virem perguntar a você como é o espetáculo, a história do Ballet, se interessando, vendo a importância do Ballet e da arte na vida das pessoas. Estou conhecendo grandes bailarinos que vêm assistir o espetáculo como : primeiras bailarinas e também diretores. E o mais legal é que podemos assistir todos os dias após vender os programas e com isso já estou até sabendo a coreografia, a música e "todos" os passos e cada dia fica mais envolvente. Espero que eu possa ser chamada mais vezes não só para trabalhar com balés mas também com óperas, concertos, pois está sendo muito legal."
Giulia Rossi, 2º ano técnico

Aluna Giulia Rossi do 2° Técnico, atuou na venda de programas do Ballet "O Lago dos Cisnes".

"Foi uma experiência muito boa, não tem palavras que descrevam a felicidade de pisar naquele palco com uma das maiores companhias do país !!! Esse tempo convivendo e tendo uma noção da rotina de uma bailarina profissional só me fez ter mais vontade de seguir nesse caminho quando eu me formar. Foram diversos aprendizados que pretendo levar durante toda a minha vida. Sou eternamente grata pela oportunidade."
Tabata Salles, 1º ano técnico

Aluna Tabata Salles, do 1° Técnico, participante da "Dança Napolitana" do Ballet "O Lago dos Cisnes".


No entanto, para os alunos, não é só vender programas, e sim uma grande oportunidade, uma nova maneira de lidar com o público sendo também um aprendizado, uma experiência boa e construtiva no meio do ballet, que vão poder levar para a vida toda. E isso somente a Escola Estadual de Dança Maria Olenewa pode proporcionar !



Maria Fernanda Antunes e Hanna Victória - 2° Técnico

segunda-feira, 13 de junho de 2016

A Emoção de Subir ao Palco do Theatro Municipal

Mais uma vez a Escola Estadual de Dança Maria Olenewa subiu ao palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e lotou a casa! Dançar neste templo da dança brasileira é um sonho para qualquer bailarino e os alunos da EEDMO felizmente tem a oportunidade de realizá-lo. Cada espetáculo gera diversas emoções em um bailarino e pode-se dizer, que na maioria das vezes as mais memoráveis são a da primeira apresentação e a do primeiro solo. Para descrever melhor as sensações que movem nossa arte, o Tour en L'air entrevistou alguns alunos após o espetáculo AMADANÇA.

Qual foi a sensação de dançar pela primeira vez no palco do TMRJ ?
Lucas Monteiro - 2º básico: "Bem , foi emocionante porque eu nunca tinha pensado em estar ali dançando no palco do Theatro Municipal, mas ao mesmo tempo eu fiquei feliz e alegre , porque eu estava fazendo uma coisa que eu gosto, que é Dançar!!! Adorei dançar no palco do Theatro Municipal, e estou louco para dançar e me apresentar ali muitas e muitas vezes ."
O aluno Lucas Monteiro do 2° Básico dançando Mozart

Mariana Marques - 3º médio: "Foi muito bom e emocionante , mas um pouco estranho, porque nunca tinha dançado em um palco tão grande e inclinado daquele jeito , mas gostei muito , uma grande experiência e espero dançar muito mais"
 
Mariana Marques, 3° Médio, dançando a Valsa de Coppélia


Qual a emoção ao dançar sozinho/a no palco do TMRJ?

Natan Lopes - formando: "Acredito que quando entramos em cena, seja no Theatro Municipal ou não, nunca estamos sozinhos de verdade, pois carregamos todo o trabalho de escola atrás de nós. Felizmente eu tive grandes e ótimos professores pra me ensinar que com muito trabalho e dedicação podemos fazer um solo ou uma variação com a mesma tranquilidade de dançar em um corpo de baile."
 
Natan Lopes, formando 2016, dançando Mazurca


Renner Moraes - formando: "Bom, por ser meu primeiro solo, passei a sentir até mesmo antes do início dos ensaios o peso da responsabilidade em poder representar a minha escola no "simples" palco do Theatro Municipal. E mesmo tendo muitos ensaios, sei que só saberia de verdade onde estava me metendo a partir do momento em que eu pisasse no tão aguardado palco. Aí aconteceu, lá estava eu, centralizado, holofotes em meu rosto e com a sensação, literalmente de não ter mais nada e nem ninguém a minha volta, e são nessas horas que deve existir a auto confiança e dar o seu melhor, porque de resto, acredito de fato na magia do palco! Passando por isso tudo, não acho que tenha sido a melhor sensação, AINDA, e sim a sensação daquela primeira vez que sempre vale a pena lembrar lá na frente. E digo abertamente e tranquilo que posso ser mais, e dar ainda mais o meu melhor! Agradeço aqui também a confiança de meus professores, Amanda Peçanha e Victor Ciattei, pela confiança em me entregar este solo e por me fazerem amadurecer mais na vida."

Renner Moraes, formando 2016, dançando Composição

Thatyanna Oliveira - formanda: "Antes de entrar não sabia como segurar a emoção e nervosismo... Ao pisar no palco me senti livre, realizada e grata por ter essa oportunidade, foi inexplicável! Aquele era o momento de mostrar o que aprendi nesses anos na escola de danças, de viver aquele momento como se fosse o último e deixar todo o meu amor pela dança fluir. Em tempo algum pensei que teria essa oportunidade de dançar um grand pas de deux no palco do Theatro Municipal, realizei um dos meus sonhos, jamais irei esquecer, experiência única e que marcou minha vida."

Thatyanna Oliveira e Felipe Viana dançando o Grand Pas de Deux de "O Corsário"

Qual a diferença entre dançar um pas de deux e dançar em grupo?

Thatyanna Oliveira - formanda: "Entre Dançar em grupo e um pas de deux, todos têm suas dificuldades. É muito difícil dançar em grupo, pois temos que prestar atenção em todos os desenhos, filas, em não esquecer a coreografia e ainda precisamos está em sincronia. Mesmo tendo algumas participações especiais, quando temos o grupo em volta, ele nos dá uma base e com isso nos fortalece. No pas de deux, somos apenas eu e ele, precisamos estar juntos um ao outro para que haja uma conexão e fique harmônico, o foco é apenas em nós dois e a responsabilidade é bem maior."

                                                              
O Tour en L'air deseja que todos os alunos da escola, assim como os que deram seus depoimentos, sintam - se realizados ao dançar! Vale acrescentar que um espetáculo não é composto somente de quem o faz, mas também de quem o assiste, por isso viemos agradecer a todos que compareceram ontem, pois os ingressos foram esgotados! Que venham as próximas apresentações e que novamente possamos contar com seus aplausos.


Nota
Devemos também um grande agradecimento ao fotógrafo Carlos Veras que nos cedeu algumas de suas belíssimas fotos para a matéria!
Instagram: @carlosveras_photos
WhatApp: +55 21 99612-8374
(21)99612-8374 - Vivo
(21)98120-7877 - Tim


Diovana Piredda (1° técnico) e Maria Fernanda Teixeira (3° médio)

sábado, 11 de junho de 2016

Espetáculo AMADANÇA

Após as corridas semanas de ensaios, o dia de subir ao palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro é finalmente amanhã às 11:30 hrs. Apresentações são essenciais para a formação de um bailarino, nelas os alunos tem a oportunidade de trabalhar o seu lado artístico e ter um gostinho da carreira que pretendem seguir. A Escola de Dança pretende mostrar mais uma vez seu belo e tradicional trabalho. Que tal conhecermos um pouco sobre as coreografias do espetáculo? Quem está por trás de todo esse trabalho?


Fantasia Brasileira

                                             

Ao som da música "Grande Fantasia Triunfal Sobre o Hino Nacional Brasileiro" de L.M.Gottschalk, a coreografia elaborada por Eric Frederic é composta por alunos do preliminar aos anos técnicos, mostrando com grande emoção a tradicional formação desenvolvida pela Escola de Dança.


O Corsário, pas de deux: Adagio e Coda


A coreografia original é de Marius Petipa com música de R. Drigo. O papel de Medora será interpretado pela formanda Thatyanna Oliveira e o de Corsário pelo aluno Felipe Viana do 1° técnico.


Très Jolie


A encantadora coreografia da professora Paula Albuquerque é dançada pelas alunas dos anos básicos ao som de músicas de Émile Waldteufel.


Pas de deux Húngaro


A coreografia de Vassili Sulich é uma dança demi - caráter inspirada nas danças húngaras com música de J. Brahms. Os alunos que interpretaram o pas de deux são Amanda Marinho e Luan Limoreiro, formandos deste ano.


Valsa das horas


Fragmento do ballet de repertório Coppélia, com música de Leo Delibes. Desenvolvida pelo professor Victor Ciattei para as alunas do 3° Médio.


Dança dos Tambores


Fragmento do ballet La Bayadére de Marius Petipa com música de L. Minkus. Dançada vigorosamente pelos rapazes da Escola de Danças, é uma forte dança que tira o fôlego até mesmo de quem assiste.


Mozart


Ao animado ritmo da música da ária Voi che sapete, da ópera As Bodas de Fígaro, a coreografia contagiante de Dalal Achcar desperta vontade de dançar em quem assiste. As alunas que dançarão são do 1°e 2° médios e o aluno é Lucas Monteiro do 2° básico.


Mazurka


A Mazurka é uma dança folclórica alegre com origem na Polônia dançada em pares e em roda. A coreografia de Silvana Andrade procura transmitir essa alegria e esse ritmo em 3 tempos contagiantes com música de L. Minkus. Será dançado pelas alunas do 2° e 3° médios e o solista será Natan Lopes do 2° técnico.


Composição coreográfica


Coreografia de método Balanchine elaborada pela ex professora da Edmo Consuelo Rios, e remontada pela professora Amanda Peçanha (que inclusive foi aluna de Consuelo), com música de Marcelo Benedetto. As alunas que dançam são dos anos técnicos e os solistas são: Thatyanna Oliveira (formanda), Renner Moraes (formando) e Shantala Cavalcanti (formada em 2015).

Aos alunos que irão se apresentar, um bom descanso, pois amanhã necessitamos de todo o gás e concentração possível para que o espetáculo seja o sucesso esperado e honre o nome de nossa Escola. Para quem irá assistir, um bom espetáculo!

 - Diovana Piredda (1° técnico) e Maria Fernanda Teixeira (3° médio)


quinta-feira, 9 de junho de 2016

Claudia Mota e o Lago dos Cisnes

2016 promete ser um ano de grandes emoções para o povo carioca, pois nossa cidade sediará o grande espetáculo das olimpíadas, saciando a sede dos admiradores dos jogos esportivos. Mas, o público da arte e em especial do ballet clássico, tem motivo de sobras para se animar, pois, mais uma vez, o grande templo das artes clássicas, o Theatro Municipal do Rio de Janeiro, iniciará nova temporada do Ballet O Lago dos Cisnes nessa sexta-feira (10/06).
Nesse repertório, que é sucesso garantido, uma figura importante se destaca no Ballet do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, pois nossa Primeira Bailarina Claudia Mota, comemora 20 anos integrante desse brilhante corpo de baile, encenando pela sexta vez o papel principal de Odete/Odile. Dessa vez, no entanto, a Estreia desse importante Ballet de Marius Petipá, ficará sobre suas honras.


Um Cisne de sensibilidade apurada, técninca madura e força cênica, tem vida através da interpretação segura dessa refinada bailarina, que no momento atual, mostra total domínio do personagem a ser vivido.



Claudia dispensa maiores elogios, pois sua "reverance" elegante, ao som dos múltiplos aplausos que, sem duvida, receberá do seu cativo público, é a prova de suas virtudes.
Nesse mesmo dia, poderemos apreciar também, o talento, já conhecido, dos recém nomeados Primeiros Bailarinos Filipe Moreira que interpretará o papel do príncipe Siegfried, Moacir Emanoel e Karen Mesquita que juntos com a Primeira Solista Deborah Ribeiro, farão o Pas de Trois do primeiro ato e Cícero Gomes que interpretará o bobo da corte.
Esperamos a casa cheia, pois a bilheteria informa que a procura ,para assistir esse fabuloso Ballet, é grande.



Desde já, parabenizamos nossa Ex-aluna, por ter se tornado esse arauto da dança clássica, alcançando o sucesso que tanto merece, gravando de vez seu nome na história do Ballet Clássico brasileiro, ao mesmo tempo que lhe desejamos uma estreia triunfal, que virá coroar sua brilhante carreira de Primeira Bailarina


Luan Limoeiro - 3° Técnico

domingo, 5 de junho de 2016

Cecilia Kerche: do Brasil para o mundo

Para finalizar a trilogia de texto sobre "O Lago dos Cisnes", dedicaremos esse totalmente à uma de nossas diretoras de Corpo  de Baile: Cecilia Kerche. Consideradas umas das maiores Odette/Odile e reconhecida mundialmente, todos temos o orgulho de ter Cecilia e Ana Botafogo como ensaiadoras das bailarinas que estarão nesses papéis.

Cecilia kerche como Odette

Cecília Kerche entrou no mundo do ballet com 8 anos na Escola Municipal de Danças de Osasco com Vera Mayer.
Aos seus 14 anos, ganhou uma bolsa de estudos com Halina Biernacka e foi com quem teve aulas durante sete anos.
Pode-se dizer que "O Lago dos Cisnes" sempre fez parte de sua vida, a primeira apresentação foi em 1979, quando ainda era aluna, convidada por Johnny Franklin para dançar o 2º ato com Pedro Kraszczuk no Projeto Aquarius feito em Brasília. Ainda jovem foi aplaudida de pé por 120 mil pessoas. Depois de 3 anos, em 1982 entrou para o Corpo de Baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Rapidamente foi promovida a primeira bailarina, em 1985. Depois dessa promoção diversas montagens de "O Lago dos Cisnes" aconteceram e ela sempre dançando Odette/Odile com um público gigantesco. No Brasil e na Russia, foi sempre muito respeitada e ovacionada. Também se apresentou nesses papéis na Argentina, Coreia do Sul, Inglaterra e Espanha.



Natalia Makarova, que foi essencial nesse trajeto de sua vida, a conheceu em 1986 no Brasil quando, a convite de Dalal Achcar, veio montar o Reino das Sombras do repertório clássico "La Bayadere". Encantada com o talento de Cecilia Kerche chamou-a para participar de "Balerina" que incluía as maiores bailarinas do mundo. Este vídeo tem grande sucesso entre os apaixonados por ballet! Nele, Cecilia dança o pas de deux de "La Bayadere" com Fernando Bujones.


Cecilia Kerche como Odile


Suas maiores e mais memoráveis temporadas de "O Lago dos Cisnes" aconteceram no ano de 1989 em Tashkeny, a segunda em 1994 na Sibéria e a terceira em 2005 quando foi convidada por Natalia Makarova para se apresentar na primeira produção da coreógrafa para o Festival Diaghilev, em Perm, marcando o caminho de volta da trajetória percorrida por Eugenia Feodorova para a primeira montagem completa deste ballet no Brasil.

Cecilia Kerche com Vitor Luis e o CBTMRJ

"O Lago dos Cisnes" virou a marca registrada de Cecilia Kerche, muito importante na sua carreira e para todos nós, por termos a chance de ver e se inspirar na sua interpretação emocionante. Nós temos o orgulho de dizer que esta bailarina tão importante para a história deste ballet é brasileira e atual diretora do CBTMRJ! É um prazer saber que nossas Odette/Odile da temporada de 2016 terão aprendido com a bailarina que foi reconhecida por Natalia Makarova e titulada mundialmente como uma das melhores intérpretes deste papel.


Tabata Salles - 1º técnico

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Dando sequência aos textos sobre o ballet de repertório clássico "O Lago dos Cisnes", traremos hoje o caminho percorrido até a primeira montagem completa deste ballet nas Américas – ou devemos especificar na America do Sul. que aconteceu no Brasil graças à coreógrafa russa Eugenia Feodorova.

Petipa triunfou com a estreia de "O Lago dos Cisnes" em 1895 e o sucesso foi reconhecido e espalhado rapidamente por toda a Europa. Porém, somente em 1945, foi montado o 2º ato pela primeira no Theatro Municipal por Igor Schwezoff. A Rainha dos Cisnes foi interpretada por Juliana Yanaquieva e Julia Howarth, enquanto Yuco Lindberg e o próprio Igor Schwezoff fizeram o príncipe!
Após um ano dessa excelente estreia, Tamara Capeller e Michael Lland apresentaram o pas de deux do Cisne Negro. Foram ovacionados pelo Theatro Municipal do Rio de Janeiro lotado e essa apresentação deu o título de Melhor Bailarina do ano para Capeller.
Em 1952, Tatiana Leskova montou pela 1ª vez sua versão, para o segundo ato, também no Rio de Janeiro. Revezaram dois casais: Tamara Capeller com Johnny Franklin e Maria Angélica com Arthur Ferreira. Na temporada de 1953, Tamara Capeller, Bertha Rosanova e David Dupré dançaram Cisne Negro e no ano seguinte Rosanova e Dupré fizeram um sucesso ainda maior. Felizmente, este casal repetiu o mesmo pas de deux em 1956 e 1957 para um público cada vez maior.

Finalmente no ano de 1959, pela 1ª vez na América do Sul, Eugenia Feodorova montaria para o aniversário de 50 anos Theatro Municipal do Rio de Janeiro, a versão completa com os quatro atos desse grandioso ballet. Para interpretar os papéis principais, a direção do Theatro deu carta branca e liberou a contratação de qualquer bailarino estrangeiro, porém, Eugenia Feodorova muito confiante nos talentosos bailarinos brasileiros, escalou Bertha Rosanova e Aldo Lotufo para interpretarem Odette/Odile e o Príncipe Siegfried.

 
Bertha Rosanova e Aldo Lotufo


Bertha Rosanova e Aldo Lotufo

Bertha se destacou de maneira primorosa na interpretação desse papel, de modo que, depois dessa temporada ganhou o título de Prima Ballerina Assoluta.


Bertha Rosanova

A partir dessa primeira montagem várias outras versões foram criadas para o TMRJ. "O Lago dos Cisnes", sempre tendo grande número de público tanto no Brasil quanto no exterior, volta ao nosso palco em junho! A estreia será no dia 10 e os ensaios estão a todo o vapor.

Se Eugenia Feodorova desenhou o caminho de "O Lago dos Cisnes" da Rússia para o Brasil, Cecilia Kerche reconstruiu este caminho de forma contraria e brilhou interpretando Odete/Odile em solos russos. Considerada uma das maiores intérpretes do mundo neste ballet, no próximo domingo apresentaremos a trajetória da diretora do Corpo de Baile Cecilia Kerche.


Tabata Salles - 1° Técnico