A formatura

 A expectativa e o sonho de todas as meninas que ingressam na EEDMO é dançar La Barre, a coreografia criada pelo coreógrafo Vassili Sulich, que marca a cerimônia de formatura.

  Os ensaios do ballet são de extrema emoção e cada port de bras, a cada respiração nos vem um filme a cabeça. Um filme de tudo o que passou, tudo que vivemos durante esses nove anos de formação. As formandas desse ano estão podendo experimentar em parte esse sentimento. E, a emoção de estar no palco em breve, será de grande gratificação a todas.

  

 As expectativas das formandas do ano de 2011 são muito diversas... Algumas viajaram e estão tentando seus sonhos de várias formas no exterior, outras participam de companhias em paralelo a Escola de Dança, há também quem está esperando por grandes oportunidades.

  

  De um jeito ou de outro, todos os alunos que passaram pela EEDMO não divergem em um fator: cresceram e aprenderam muito de várias maneiras, em diversos aspectos.

   Um sonho de virar um (a) artista pode ter sido esquecido, em alguns momentos durante essa jornada de árduo esforço, porém sempre existirá a arte do ballet em nossos corações, refletida em nossas almas. 

Betina B. Bazollior

  

São Paulo Companhia de Dança

   Após tournée na Europa , a São Paulo Companhia de Dança estréia no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. No mês de julho de 2011, a São Paulo Companhia de Dança fez a sua primeira tournée internacional. Fomos para Baden- Baden, na Alemanha e nos apresentamos para um público que ficou surpreso com a vitalidade e a força da dança brasileira . Fomos aplaudidos durante 10 minutos e o repertório era composto por : Serenade de George Balanchine, Os Duplos de Maurício de Oliveira, Sechs Tänze de Jirì Kyliàn e Polígono de Alessio Silvestrin.
  Ter feito parte desse grande momento foi muito gratificante! Os espetáculos, a sessão de autógrafos, os coquetéis, o contato com o público, ver nossos cartazes em alemão espalhados pela cidade...tudo isso ficou registrado na memória de todos os bailarinos e demais componentes da companhia.
  Saber que o povo europeu, que tem uma vivência em arte muito mais avançada, reconheceu, valorizou e aplaudiu o nosso trabalho, nos dá força para seguir em frente e tentar alçar voos maiores, e quem sabe, outros continentes num futuro breve.
  Viajar é muito bom, mas nada melhor do que estar de volta a nossa terra. Em novembro, a São Paulo Companhia de Dança fará sua estréia no Rio de Janeiro. No Theatro Municipal, templo carioca das artes. Serão apresentadas as seguintes obras:
- Theme and Variations
É uma das grandes obras do russo George Balanchine sobre o Movimento Final da Suíte número 3 para Orquestra em Sol Maior Op. 55 r, de Tchaikovsky. A peça criada em 1947, consiste em 12 variações, nas quais os bailarinos apresentam os temas que serão retomados ao longo da coreografia.

- Inquieto
Em Inquieto (criada em 2011) , o coreógrafo Henrique Rodovalho apresenta três faces do desassossego. As personagens, pouco a pouco revelam diferentes inquietudes diante do mundo. Imobilidade e movimento, sombra e luz, linhas retas e sinuosas. As polaridades vistas na cena nos instigam a interrogações em torno do espaço e suas possibilidades e invenções revelam um pouco da apreensão cotidiana.

- Tchaikovsky Pas de Deux
A coreografia criada por George Balanchine em 1960, é uma obra de oito minutos que exige grande virtuosismo técnico dos bailarinos ao mesclar técnicas clássicas e neoclássicas, num tributo ao ballet romântico.

- Sechs Tänze
Criado por Jirì Kylián em 1986, é um trabalho que une dança e humor. O coreógrafo compôs seis peças aparentemente sem sentido que dialogam para protestar e fazer uma crítica aos valores vigentes à época em que as Sechs Deutsche Tänze KV 571, de Wolfgang Amadeus Mozart, foram compostas.


São Paulo Companhia de Dança/ Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Dias 17 e 19 de novembro/ quinta-feira e sábado, às 21 h
Dia 20 de novembro/domingo, às 11 h (ingressos a 1 real) e 17 h
Espetáculo Aberto para Estudantes
Dia 17 de novembro/ quinta-feira ,às 15 horas – Atividade gratuita Inscrições pelo site: www.saopaulocompanhiadedanca.art.br


Contamos com a presença de todos em mais um momento de grande importância na história da São Paulo Companhia de Dança. Espero encontrar com vocês por aí, na minha cidade. Bom espetáculo para todos!



Liana Vasconcelos

Uma visita para poucos: Cecília Wainstock na EEDMO

  Na última segunda-feira dia 12/09/2011, a turma do Terceiro Ano Técnico teve o prazer da ilustre visita de Cecília Wainstok durante uma aula de História da Dança.
  No decorrer do ano letivo, foram citados e estudados os brilhantes nomes de Bertha Rosanova, Tamara Capeller, Cecília Wainstok, entre outros, que exemplificam não só sucessos e conquistas, mas também determinação e superação numa época em que o ballet, no Brasil, era tão mal visto e julgado por todos.
  O convite surgiu de uma forma inesperada e sem nenhuma pretensão de sucesso. Na verdade, o objetivo era ouvir da própria autora da história o relato de quem realmente viveu e sentiu todas as emoções na pele, dando mais realidade e veracidade à seqüência dos acontecimentos. No entanto, a visita da D. Cecília alcançou muito mais do que o objetivo previsto, com seu jeito meigo, doce e bailarina de ser, conseguiu nos transportar daquela salinha pequenininha para um universo de magia, amor, duvidas, prazer e sofrimento que sempre a impulsionaram a conquistar um desejo, um sonho: DANÇAR.
  Tenho certeza que muitos, senão todos, ali presentes, conseguiram embarcar na delicadeza de suas palavras e sentir como se fossem deles as histórias por ela relatadas. Foi uma segunda-feira atípica, não se deu somente início a uma nova semana, mas também a novos pensamentos, metas e sonhos.
Obrigada Dona Cecília Wainstok pelo exemplo de vida e por enriquecer nossos corações com a sua presença e história! Uma visita inesquecível, uma visita para poucos.

                                                                                           
   Sobre Cecilia Wainstock: Estudou com Carlos Leite e Maryla Gremmo no Ballet da Juventude. Ingressou no corpo de baile do Theatro Municipal na década de 1970, alcançando o posto de Primeira Bailarina em 1959. Dançou grandes ballets do repertorio clássico.
Após brilhante carreira como bailarina ingressou na Escola de Danças do Theatro Municipal- atual Escola Estadual de Dança Maria Olenewa, onde se destacou como uma das melhores professoras da gestão de Lydia Costallat.Sua Dora Lipka seguiu seus passos: se formou na Escola Estadual de Dança Maria Olenewa e hoje é professora e coreografa nos Estados Unidos.



  Marcella Rosenblatt

XIV New Fest Dance

A Escola de danças participou nos dias 27 e 28 de agosto do XIV New Fest Dance, festival ocorrido na cidade de Campos do Jordão. O festival deu à EEDMO os seguintes prêmios:

Maria Eduarda Gomes

Mayumi Enokibara ganhou primeiro lugar na categoria Variação de repertório feminina júnior II com a variação Talismã. Mariana Pimenta, com Paquita, e Isabelle Machado, também com Paquita, ganharam o primeiro e segundo lugar, respectivamente, na categoria Variação de repertório feminina sênior e Maria Eduarda Gomes ganhou com Corsário a terceira colocação na categoria Variação de repertório feminina avançado.
Yuri Loureiro, Caroline Gil e Ruan Galdino ganharam segundo lugar com Trio de Fairydoll na categoria Trio repertório sênior.
Na categoria de Grand Pas de deux senior, Alice Celente e Bruno Fernandes, bailarino convidado do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, ganharam o primeiro lugar com O Corsário.
Quanto aos grupos, Suíte Czerny alcançou em segundo lugar na categoria Conjunto livre júnior II e Valsa das Horas em segundo lugar na categoria Conjunto de repertório sênior.
Alice Celente ganhou o prêmio de de mellhor bailarina do festival e a EEDMO como melhor escola.
Mais uma vez a escola de danças está de parabéns pelo árduo trabalho realizado tanto por professores como alunos.




Raquel Souza

PALESTRA DE TAMARA CAPELLER

  Para encerrar nosso primeiro semestre, a Professora Beth Oliosi programou uma palestra com Sra. Tamara Capeller, que além de ser uma esplendida bailarina,  foi aluna e, pode compartilhar por muitos anos da amizade de sua mestra e amiga, Maria Olenewa. D.Tamara acompanhou toda a luta de Olenewa, na busca de criar um elenco que pudesse formar ótimas bailarinas clássicas para criação de um corpo de baile para o Theatro Municipal. Nessa palestra, citou ainda fatos da trajetória,  cultura e elegância que marcaram a importância desta bailarina, de origem russa, fundadora na EEDMO. Na ocasião, tivemos também a oportunidade de saber um pouco mais sobre a carreira da nossa palestrante - ex-primeira bailarina do Theatro Municipal - professora da Escola Estadual de Dança Maria Olenewa (1961-1963 retornando em 1966-1967), ensaiadora e poetiza - Tamara Capeller - foi muito importante para história da dança no Brasil. Em sua caminhada de inúmeras apresentações, teve um dos seus mais marcantes momentos ao dançar o grand pas de deux “O Cisne Negro”, em 1946. Também é considerada uma das melhores Swanilda, principal papel do ballet Coppelia. Atualmente seus versos e poemas são inspirados na paixão pela dança, sentimentos já vividos e, no prazer pela leitura e escrita. Autora, ela dedica-se a esse segundo dom que possui. Os belíssimos textos são encontrados nos livros de Capeller, um deles “Barcarola” pode encontrado na biblioteca da nossa escola.   

Taina Pacheco Portela

102 anos do TMRJ

  No dia 14 de julho de 2011, a Escola Estadual de danças Maria Olenewa teve a honra de se apresentar, em comemoração ao aniversário de 102 anos  do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, no próprio teatro.  Um espetáculo em que pudemos mostrar o resultado de tamanho esforço e dedicação dos nossos alunos e professores.

  Para nós, bailarinos, esta participação possui tamanha importância pois tivemos a honra de dividir o  palco com ilustres nomes da arte brasileira, personagens em que nos inspiramos para seguir com nossos sonhos.

A EEDMO está mais uma vez de parabéns pelo excelente espetáculo que pode apresentar ao público presente, e mostrou porque merece ser convidada à representar um pouco da dança brasileira.

Por Rachel Souza

Maria Luisa Noronha

     Conversa com a Diretora



Maria Luisa Noronha



  Com o grande sucesso que foi a temporada do ballet :'' Giselle" , o belíssimo desempenho das alunas nos festivais de dança (nacionais e internacionais) e faltando menos de um ano, para a Escola Estadual de Dança Maria Olenewa completar 85 anos, tive uma breve conversa com nossa diretora Maria Luisa Noronha, para saber  sua opinião nas participações da escola e quais os seus planos e ideias para a comemoração dessa data tão importante para a escola. 

 1 - Qual a importância da participação das alunas da EEDMO nos espetáculos encenados pelo Theatro Municipal do Rio de Janeiro ? O que essa participação acrescenta no currículo dos alunos? 
      
    - A escola existe para atender as necessidades do TMRJ, para contribuir com o corpo de baile, óperas. Então é um estágio profissionalizante, uma oportunidade para que nossos adquiram experiência profissional .

2 - O que tem achado da participação da EEDMO nos últimos festivais? 
      
   - Estou muito satisfeita com a participação dos alunos e com os resultados alcançados por eles. E é por esse resultado que a escola participa apenas de festivais selecionados. Para podermos ser a melhor entre as melhores, e não a melhor entre as piores.

 3 - Quais os planos para a comemoração do aniversário dos 85 anos da EEDMO?       

   - Tenho como projeto uma série de comemorações. Pretendo realizar uma homenagem a todos os professores que já passaram pela escola. Um dvd contendo entrevistas e depoimentos de funcionários, professores, alunos . Montar um tablado na frente da escola (dia 27 de Abril) para fazer apresentações para o público no decorrer do dia, e também um espetáculo em comemoração e homenagem a data.

4 - Uma mensagem para os alunos da EEDMO.     

   - Se está entrando na escola , querendo realizar um sonho ou saindo da escola com um sonho realizado. Continue assim, trabalhando , seguindo uma disciplina. Pois quem gosta sonha, e o sonho só se torna realidade quando se trabalha para isso.




Por Marianna Alexandre 

Arraiá da EEDMO

   No dia 08 de Julho aconteceu uma Festa Julina na Escola Estadual de Dança Maria Olenewa, com várias atrações, comidas típicas e claro muita diversão. A festa segue com seu segundo ano seguido com muito sucesso para os alunos, pais e amigos que  vem prestigiar esta festividade.

   As atrações foram feitas pelos próprios alunos da escola como danças coreografadas pelas turmas do preliminar, básicos e médios todos da tarde e da manhã. A aluna Janaína Ciodário do 1° técnico fez uma apresentação de dança do ventre.

   Para ajudar a escola correu rifas e algumas meninas que conseguiram vender rifas com recorde ganharam o posto de sinhazinhas da nossa festa julina. Não só o dinheiro arrecadado das rifas foi para ajudar a EEDMO, as comidas e os jogos também, portanto todos os alunos, professores e pais ajudaram a nossa escola com todo esforço e trabalho que tiveram em organizar esta festa tão boa.

   Obrigada a quem compareceu e espero que quem não possa ter ido neste ano, possa ir no ano que vem. Estão todos convidados desde já a participar do Arraiá da EEDMO 2012!

  

 

Gabrielle Cordeiro

   

Theatro Municipal do Rio de Janeiro

História

  Um dos mais encantadores prédios do Rio de Janeiro, localizado na Cinelândia, no centro da cidade, o Theatro Municipal é a principal casa de espetáculos do Brasil e uma das mais importantes da América do Sul. Desde a sua inauguração, em 14 de julho de 1909, o Theatro tem recebido os maiores artistas internacionais, assim como os principais nomes brasileiros,da dança,música e da ópera.

   No começo, o Theatro foi apenas uma casa de espetáculos, que recebia principalmente companhias estrangeiras, na maioria trazidas da Itália e da França. A partir da década de 30, o Municipal passou a ter seus próprios corpos artísticos: orquestra, coro e ballet. E hoje, o Theatro Municipal é a única instituição cultural brasileira a manter simultaneamente um coro, uma orquestra sinfônica e uma companhia de ballet.

    O prefeito Pereira Passos planejou o Theatro como o toque final da reforma que realizou na cidade do Rio de Janeiro, sendo construído com base no projeto arquitetônico de Francisco de Oliveira Passos e com o de Albert Guilbert . O desenho do prédio foi inspirado no da Ópera de Paris, construída por Charles Garnier.

102 anos do Theatro Municipal do Rio de Janeiro

   Para comemorar os 102 anos de existência , o Theatro Municipal do Rio de Janeiro, vai oferecer ao público uma programação capaz de agradar a todos , abrindo as portas gratuitamente durante todo o dia 14 de julho, para uma agenda que começa às 10h e termina às 21h.
    A festa começa às 10h, com um concerto de abertura e segue com a apresentação dos alunos da Escola Estadual de Dança Maria Olenewa, ao 12h. No programa, La Valse, com coreografia de Eric Frederic sobre música de Maurice Ravel.
    Em seguida, sobe ao palco, às 14h, a Companhia Jovem de Ballet do Rio de Janeiro, que tem direção artística de Dalal Achcar e direção geral de Mariza Estrella. O grupo vai dançar peças de seu repertório: Suíte Masquerade, com música de Aram Katchaturian e coreografia de Tíndaro Silvano; Valsa sem Nome, música de Baden Powell e coreografia de Ivonice Satie; Sexteto, assinada por Ricardo Fernando sobre música de J.S.Bach; Slow Dancer, de Boz Scaggs/Chie Ayado (música) e coreografia de Eric Frédéric; Forró, música do Barbatuques, Naná Vasconcelos e Pedro Luís e coreografia de Janice Botelho.
     Às 15h40, os Pequenos Mozart, grupo formado por crianças de 3 a 14 anos, sob direção artística de Suray Soren, interpretam um repertório que inclui obras de Vivaldi, Beethoven, do folclore alemão, Toquinho e Tom Jobim, entre outras.
     Na seqüência, o violinista norueguês Ole Böhn e seus alunos do Tecchler Quartet, formado por Jonathan Mui e James Dong(violinos) ;Carl Lee(viola) ; Christopher Mui(violoncelo) e os solistas James Dong e Jonathan Mui interpretam uma seleção que inclui Schubert - Quarteto em dó menor; Bach - Largo da Sonata para violino solo em dó maio; Paganini - Caprice No 1; Eugene Ysaye - Sonata para violino solo No 6 e Maurice Ravel - Quarteto em fá maior.
     Às18h, o Ballet do Theatro Municipal traz ao palco Gala Rolland Petit, espetáculo que foi verdadeiro sucesso de crítica e público, e reúne as coreografias L´Arlésienne e Carmen, ambas com música de Georges Bizet.
     Para encerrar a festa, às 21h, o Coro e a Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal oferecem o primeiro ato de Nabucco, ópera de Giuseppe Verdi e que entrará em temporada a partir de 21 de julho.

  

Rebeca Gomes

O Bailarino e a Alimentação

O bailarino é, ao mesmo tempo, um artista e um atleta. Para que seu desempenho seja otimizado, é fundamental ter cuidados com a saúde, tanto do corpo, quanto da mente. Ter consciência de si mesmo é muito importante. Assim, podem ser evitadas lesões e doenças e obtidas melhoras no trabalho. E ter uma alimentação adequada é um dos fatores que contribuem para um melhor rendimento.

Entre os benefícios de uma dieta equilibrada estão: suprimento das necessidades energéticas e nutricionais diárias, maior rapidez na recuperação do cansaço físico, redução da ação de radicais livres, o que previne o câncer e retarda o envelhecimento, fortalecimento do sistema imunológico e prevenção da hipoglicemia, de câimbras e da perda de massa magra.

A alimentação ideal é aquela na qual há uma proporção correta entre carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas e sais minerais. Essa proporção depende do peso, idade, intensidade e freqüência do exercício, entre outros fatores. Além disso, a alimentação em intervalos regulares mantém um bom ritmo metabólico, o que evita o acúmulo de gorduras pelo corpo. Para que o equilíbrio seja encontrado, é importante um trabalho individual, com acompanhamento de médico ou nutricionista. Atletas, por exemplo, obtêm maior aproveitamento dos nutrientes se seguirem certas orientações.

Alguns cuidados devem ser tomados antes do exercício. O principal é não realizar atividades físicas em jejum, o que pode acarretar perda de massa magra, elevação da glicemia e estoque de gordura, pois o corpo se previne para os momentos de fome. É recomendável a ingestão de alimentos ricos em carboidratos de baixo a moderado índice glicêmico (demoram mais a ser absorvidos e sofrem certos processos que aumentam sua capacidade de fornecer energia). Assim, frutas como maçã e pêra, além de pães (de preferência com uma mistura de farinha branca e integral), torradas e sucos naturais podem ser consumidos antes da prática.

            Se o exercício for de longa duração (mais de uma hora), recomenda-se a ingestão de carboidratos durante o mesmo, para evitar a perda de rendimento. Ela pode vir na forma de bebidas carboidratadas, que devem ser ricas, também, em eletrólitos, como sódio e potássio, perdidos com a atividade física.

Após o exercício, recomenda-se ingerir, o quanto antes, alimentos com o índice glicêmico mais alto, que fornecem energia para o corpo rapidamente, ajudando-o a repor estoques de glicogênio e a se recuperar do cansaço físico. Pão branco, arroz, mel, sucos, frutas como melancia e banana encontram-se nessa categoria. Além disso, deve-se associar a estes carboidratos fontes de proteínas como peito de frango, atum, queijos, peito de peru.

Outro fator importante é a hidratação, que deve ser realizada antes, durante e após a atividade física. O ideal é ingerir 200 a 400 ml de água, de meia a uma hora antes do exercício. Durante a prática, deve-se manter a hidratação realizada continuamente, em pequenos goles (de água ou bebidas carboidratadas). Após o exercício, deve-se ingerir mais água.

É bom lembrar tambem que reduzir quantidades não é o que leva ao emagrecimento. A redução calórica pode trazer sintomas como falta de disposição, desânimo, visão turva e cansaço. O certo é se alimentar em quantidade e em qualidade adequadas. São grandes os benefícios trazidos por uma alimentação balanceada. Invista nela para garantir mais disposição e um melhor rendimento

Alimento	IG	Alimento	IG
Bolos	87	Cuscuz	93
Biscoitos	90	Milho	98
Crackers	99	Arroz Branco	81
Pão branco	101	Arroz integral	79
Sorvete	84	Arroz parabolizado	68
Leite integral	39	Tapioca	115
Leite desnatado	46	Feijão cozido	69
Iogurte com sacarose	48	Feijão manteiga	44
Iogurte sem sacarose	27	Lentilhas	38
All Bran	60	Ervilhas	68
Corn Flakes	119	Feijão de soja	23
Müsli	80	Espaguete	59
Aveia	78	Batata cozida	121
Mingau de aveia	87	Batata frita	107
Trigo cozido	105	Batata doce	77
Farinha de trigo	99	Inhame	73
Maçã	52	Chocolate	84
Suco de maçã	58	Pipoca	79
Damasco seco	44	Amendoim	21
Banana	83	Sopa de feijão	84
Kiwi	75	Sopa de tomate	54
Manga	80	Mel	104
Laranja	62	Frutose	32
Suco de laranja	74	Glicose	138
Pêssego enlatado	67	Sacarose	87
Pêra	54	Lactose	65

IG – Índice Glicêmico:

Alto índice glicêmico = maior que 85
Moderado índice glicêmico = de 60 a 85
Baixo índice glicêmico = menor que 60

Mariana Pimenta

Coreologia

 Profª Cristina Cabral - coreológa do Corpo de baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, ministrou aulas  para as alunas do 2º ano médio da EEDMO.

Cristina formada em Londres pelo The Benesh Institute.

   O Instituto Benesh Movement Notation O Instituto Benesh (BI) é o centro internacional de Benesh Movement Notation (BMN). Foi fundada em 1962 para promover, desenvolver e oferecer educação em Benesh Movement Notation. Ele funciona como um organismo examinador e um centro profissional e é responsável pela coordenação do desenvolvimento tecnológico mundial e evolução do sistema de notação.

   BMN é um, preciso e versátil sistema de escrita concisa para gravar todas as formas de movimento humano . Foi inventado por Rudolf e Joan Benesh e foi publicado pela primeira vez em 1956. BMN é mais amplamente utilizado na gravação e reestadiamento de dança trabalhos em que se provou inestimável tanto como um-a-dia de ensaio ferramenta de dia e como um meio de preservar o nosso património de dança.Ao contrário do vídeo, que registra uma perfomance especial e interpretação de uma dança, a notação fornece os meios para registrar fielmente a intenção coreográfica.

   Mais de 1.750 pontos BMN de obras de dança no repertório ter sido escrito. Mais de 250 deles estão disponíveis para uso na educação, para fins de investigação, no ensino de danças do repertório e como uma ferramenta para a análise do movimento, ritmo, expressão e da estrutura das obras de dança.  
   A Royal Academy of Dance publica o conjunto de exercícios e danças nos currículos o seu exame nos BMN. Isso permite que os professores de estudar o trabalho conjunto utilizando uma linguagem comum em detalhes do que é possível a partir da palavra nota só.   

-- Beth Oliosi

Entrevista com os meninos

Já estamos quase no meio do ano e as aulas na EEDMO, encontram-se a todo o vapor. Como ocorre em todo início do ano, as provas de ingresso dão oportunidade a novos alunos entrarem na escola. Após um pouco mais de três meses de aulas, esta entrevista, feita com os alunos, Danilo Barros , Fernando Xavier, que morava em Volta Redonda e Juan Magacho que morava em Angra dos Reis, nos traz as impressões deles em relação à escola, uma vez que os três ingressaram na escola neste ano na turma de rapazes iniciantes do professor Ronaldo Martins.


1- Qual foi o seu primeiro contato com o ballet?
O Danilo sempre teve contato com artes, pois fizera teatro quando pequeno. Entretanto a escola onde ele estudou no Ensino Médio possuía uma companhia de dança contemporânea dirigida por Rosane Campello, a Companhia de Atores e Bailarinos Adolph Bloch, a qual fora convidado a participar e a partir daí resolveu aproximar-se mais da dança fazendo aulas em outras escolas. Já o Fernando dançava hip-hop e entrou no ballet por indicação de um amigo. O caminho menos comum aconteceu com o Juan que era lutador e entrou no ballet a fim de ganhar mais flexibilidade.


2-Como conheceu a EEDMO e o que o levou a fazer a prova?
Danilo e o Juan conheceram a escola através de amigos e de professores que os incentivaram a fazer a prova; enquanto que o Fernando tomou conhecimento da EEDMO através da internet, quando buscava por escolas profissionalizantes.


3-Como foi a prova de ingresso e qual a sensação de ter sido aprovado?
Essa situação de ser avaliado, ainda mais com a presença de uma banca deixa qualquer um nervoso, assim como disseram o Fernando e o Danilo este ainda diz ter certa “pani” de prova então resolveu dançar de uma forma que nunca tivera dançado a fim de ter um diferencial sobre os outros meninos; e assim conseguiu se soltar e o que mais queria, ser aprovado. A banca geralmente é outro fator assustador aos candidatos, assim como diz o Fernando que se espantou com a presença de tantos professores na mesma. O Juan gostou do nível da prova, e mesmo tendo a considerado fácil, não acreditava em sua aprovação o que o surpreendeu.


4-A escola tem correspondido as suas expectativas? Por quê?
O Danilo acredita que suas expectativas estão sendo atingidas. Ele sente diferenças em seu corpo, em sua técnica e o que mais o motiva é saber que está sendo moldado por ótimos
profissionais que além de professores também são amigos. O Fernando e o Juan reconhecem o excelente nível do ensino da escola, entretanto, algumas coisas os insatisfazem. O Fernando disse que seria mais proveitoso caso pudesse fazer mais aulas inclusive com outros professores. Enquanto que o Juan diz ter ficado decepcionado em saber que tem alunos adiantados que nunca fizeram aulas de pas de deux e nem ao menos dançaram pela escola.


5-Quais são os planos de vocês para o futuro profissional?
Todos os três pretendem seguir carreira com bailarino. O Danilo apresenta um visão bem ampla, diz que pretende dançar para o resto da vida e que quando tiver melhor e mais seguro quer fazer provas para companhias clássicas e contemporâneas, pois acredita que um bom profissional de dança, não se fecha em apenas uma vertente, mas sim gosta de expandir sua técnica em vários pontos.
Já o Fernando pretende ingressar na Companhia Jovem e depois ir para outras companhias no Brasil ou no exterior; enquanto que o Juan após formar-se pela escola quer ingressar no Corpo de Baile do Theatro Municipal.


por Douglas Amaral

Boston International Ballet Competition

“Competir não faz dançarinos, mas permite que conheçam a si mesmos, e nos permite descobrir novos talentos.”

Este ano começou com o pé direito para quem é da dança! Além da volta do Festival de dança do CBDD (Conselho Brasileiro da Dança), que esteve afastado por um ano, tivemos, em maio, um novo festival internacional.
O Boston International Ballet Competition (BIBC), um evento organizado pelo Dance Conservatory Performance Project, foi realizado de 12 a 16 de maio de 2011, no teatro John Hancock Hall, em Boston, Massachusetts, Estados Unidos. O festival tem como fundadora e diretora Valentina Kozlova (ex- “principal dancer” do Ballet Bolshoi e New York City Ballet e atual instrutora do método Vaganova) e tem como objetivo proporcionar oportunidades que impulsionem a carreira de novos bailarinos, além que permitir que dirigentes de grandes Companhias do mundo vejam os bailarinos em performances no palco, e não somente em salas de aula ou adições.
O Júri é presidido por Mikko Nissinen (Diretor artístico do Boston Ballet) e contou com a participação de mais cinco júris, entre eles, Maria Luisa Noronha (atual diretora da Escola de Dança Maria Olenewa), além de Hae Shik Kim (Korea do Sul), Andris Liepa (Rússia), Violette Verdy (França) e Septime Webre (USA).
A cada bailarino foram exigidos cinco variações de repertório clássico e dois solos comtemporâneos, sendo um deles igual para todos os competidores. As coreografias de contemporâneo foram coreografadas por Margo Sappington e Edwaard Liang, pra moças e rapazes, respectivamente. A competição foi dividida em três etapas, que aconteceram nos dias 12, 13 e 15 de maio (sendo livre o dia 14), onde os bailarinos eram avaliados após cada etapa.
A Gala da Cerimônia de Premiação aconteceu no dia 16 de maio, onde houveram apresentações de famosos bailarinos como Charles Askegard e Maria Kowroski (New York City Ballet), Whitney Jensen (Boston Ballet), Alexandra Jacob e Samuel Wilson (Dance Theatre of Harlem Ensemble).
Foram inscritos bailarinos de 23 países, com idade entre 13 e 25 anos, divididos em três categorias. O Brasil conta com representantes da Escola Estadual de Dança Maria Olenewa, Alice Celente, Lívia Gil, Mariana Rodrigues e Thamires Chuvas; e representantes do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, Alessandra do Valle, Dennis  Vieira e Renata Soares.