Ana Botafogo, uma incrível Mulher

Ana Botafogo, uma incrível Mulher

Ana Botafogo

Na tarde de quarta, dia 15 de julho, a célebre Ana Botafogo apresentou seu espetáculo "Mulher" aos alunos da EEDMO em um ensaio aberto, uma preparação para o espetáculo que entraria em cartaz nos dias 27, 28 e 29 de Julho.

Junto com Flavia Bittencourt, que canta, Ana dança a mulher brasileira. De Princesa Isabel até Gisele Bündchen, passando por Clarice Lispector e Maria da Penha. O espetáculo exalta a importância e independência da mulher na sociedade, enfatizando sua luta por direitos iguais. Somado a isso, é contada a história de cada mulher e realizada uma pequena exposição da cultura maranhense (terra natal de Flavia).Para completar, acontece uma intensa troca de figurinos belíssimos (um para cada mulher retratada) e, junto com enormes pedaços de papel que se transformam em inúmeras coisas, completam esse belíssimo espetáculo.

Ana Botafogo interpretando Giselle.

A coreografia e direção artística é assinada por Eric Frédréric e foi apresentado na segunda, terça e quarta da última semana de julho no teatro net rio, em Copacabana. A temporada foi de sucesso (casa lotada nos três dias de apresentação) e várias personalidades da dança e das artes, como Tatiana Leskova, Carlinhos de Jesus e Alex Neoral, prestigiaram a bailarina nessa nova etapa de sua carreira.

Flavia Bittencourt, Eric Frédéric e Ana Botafogo.

Os alunos e alunas da Escola Estadual de Dança Maria Olenewa se empolgaram e aplaudiram com entusiasmo este ensaio, que foi uma prévia do que seria apresentado no teatro Net Rio. Obrigada por todos nos proporcionarem a oportunidade de apreciar um espetáculo de tamanha qualidade! É um privilégio para um aluno da EEDMO, assistir a um espetáculo tão rico artística e culturalmente.

Equipe espetáculo "Mulher". Flavia Bittencourt, Paula Albuquerque, Eric Frédéric, Ana Botafogo, Maria Luisa Noronha, Cristiana Campelo e Equipe Tour En L'air.

Ana Botafogo e alunos da EEDMO.

Ana Botafogo e alunas da EEDMO.

Ana Botafogo e alunas da EEDMO.

Giulia Rossi

Maria Luísa Noronha: Uma grande diretora e amante da dança.

Maria Luísa Noronha: Uma grande diretora e amante da dança.

Maria Luísa Noronha

Maria Luísa Noronha iniciou seus estudos de ballet com Tamara Capeller e deu continuidade a eles na escola de ballet de Pierre Klimoff, onde começou uma grande amizade e parceria profissional com Dalal Achcar. Ela foi integrante da Associação de ballet do Rio de Janeiro e trabalhou no Ballet do Rio de Janeiro como bailarina e secretária executiva.

Maria Luísa e Dalal Achcar

Quando o assunto é sobre o Royal só podemos destacar pontos positivos. Maria Luísa recebeu, por indicação de Margot Fonteyn, uma bolsa para estudar no Royal Ballet School de Londres, onde passou um ano e meio aprimorando sua técnica e teve a oportunidade de fazer aula com Stanislas Idzi-kowski, Clio Nordi, Harold Turner, Pamela May e Maria Fay. Tornou-se especialista no método RAD, possuindo três diplomas dessa Academia em nível universitário. Até a década de1970 ela era a única profissional brasileira capacitada para trabalhar com este método, então começou a ministrar diversos cursos para professores para que ficassem aptos também a trabalhar com o método do Royal Ballet Academy of Dance.

Maria Luísa e Margot Fonteyn

A Escola Estadual de Dança Maria Olenewa foi dirigida por Maria Luísa entre 1983 e 1987 e de 1991 até os dias atuais. A EEDMO tem um papel fundamental na história da dança brasileira, fundada em 1927, se tornou a primeira escola profissionalizante do país. Uma escola com tamanha tradição merece ser dirigida por uma profissional como Maria Luísa Noronha, que é uma peça fundamental para que nossa escola não pare e continue se tornando cada vez mais influente.

Maria Luísa nos palcos

Os alunos da Escola de Dança tem grande orgulho em ter uma pessoa tão importante à frente da instituição, ajudando, apoiando e fazendo o seu melhor para que estes consigam alcançar o sonho de se tornarem bailarinos e fazerem a diferença no mundo da dança. Muitos nomes já passaram pela Escola sob a direção de Maria Luísa e são muito gratos a ela, pois a EEDMO tem grande importância na vida de diversas pessoas. Muitos alunos que já passaram ou chegaram a se formar lá ganharam grande espaço nacional e internacional na dança. Querida por muitos, Maria Luísa recebe sempre o carinho de todos.

“Maria Luísa Noronha, meu amor muito grande por você, minha admiração, meu respeito pela sua integridade, pela sua honestidade, pela sua competência técnica e principalmente por ser capaz de ser amiga do jeito que você é... da sua amiga Dalal”.(Dalal Achacar) 

“Hoje sou bailarina profissional, faço primeiros papéis, atuo como primeira bailarina... sou muito grata à Lulu por que ela fez um papel enorme nessa trajetória que eu tive da Escola até o Theatro Municipal...”. (Marcia Jaqueline).

Marcia Jaqueline formada pela EEDMO, atual primeira bailarina do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

“Amiga, carinhosa, não faz por essa escola o que realmente não pode, o que não está ao seu alcance...” (Albina Simões).

 ”Um dia cercou-se de mim e pediu aulas de ballet, nesse tempo eu ainda não ensinava, mas o entusiasmo da menina me cativou e assim ela foi minha primeira aluna e eu sua primeira professora. Já tinha a paixão pela direção artística e dom o da liderança. Tinha a intuição do seu verdadeiro caminho no mundo das artes”( Tamara Capeller).

 Maria Luísa ao seu lado esquerdo, Celeste ensaiadora do corpo de baile do TMRJ e alunas da EEDMO, na temporada do Ballet Coppelia remontagem de Dalal Achcar.

Maria Luísa e Amanda Peçanha, com Formandas após consagrada coreografia La Barre. 

Uma mensagem de Maria Luísa Noronha para os alunos da EEDMO:

   “Se está entrando na escola, querendo realizar um sonho ou saindo da escola com um sonho realizado. Continue assim, trabalhando , seguindo uma disciplina. Pois quem gosta sonha, e o sonho só se torna realidade quando se trabalha para isso”.

Jéssica Ramos e Tabata Salles.

Cristiana Campelo - professora e coordenadora da EEDMO

Cristiana Campelo - professora e coordenadora da EEDMO

Cristiana Campelo

Quem vê aquela figura esquia e delicada com voz pausada, sempre com um largo sorriso no rosto, não imagina sua capacidade e responsabilidade profissional. Cristiana Campelo é nossa professora e coordenadora na EEDMO.

Como coordenadora é responsável pela organização de horários, boletins, uniformes, entre tantas outras responsabilidades do dia dia.

Como professora da Escola há 13 anos , Cris é atenciosa e dedicada. Em suas aulas procura ensinar aos alunos algo muito importante para a formação de um bailarino: a musicalidade. Cria passos com contagens diferentes das que estamos habituados, indicando a diferença entre uma valsa e uma marcha, por exemplo. 

Além disso, está sempre atenta aos alunos, corrigindo-os e orientando-os com carinho. Se preocupa e cuida de todos os alunos da Escola, garantindo o seu bem estar. Cristiana Campello iniciou seus estudos de baIlet clássico em 1978 com Armando Nesi passando a estudar depois com Amélia Moreira. Em 1984, passou a fazer aulas também com Eloisa Menezes e Nora Esteves. Em 1985, entrou para o Ballet Dalal Achcar tendo aulas diariamente com Maria Luisa Noronha e Miriam Guimarães.

Como profissional atuou: 1989 a 2004 - Professora do BaIlet Dalal Achcar - ministrando aulas de BaIlet Clássico infantil e juvenil

1998 a 2001 - Convidada para ser Coordenadora do BaIlet Dalal Achcar Unidade Madureira

2002 - Convidada por Dalal Achcar, Mariza Estrella e Dino Carrera para ser Reggisseur da Companhia Jovem de BaIlet do Rio de Janeiro.

2002 a atualmente - Professora da Escola Estadual de Dança Maria Olenewa.

Cristina Campelo e suas alunas na EEDMO ( Escola Estadual de Dança Maria Olenewa).

Cristiana é fundamental para o funcionamento da Escola, pois cuida dos alunos, conhecendo o nome, o nível e as particularidades de cada um. Quando não está dando aulas, Cris é encontrada andando pelos corredores, conversando com os alunos e assistindo aulas de outros professores. Busca sempre compreender e ajudar acada aluno da EEDMO.

Cristiana Campelo (segunda da direita para esquerda), com professores Victor Ciattei e Paula Albuquerque e pianista da EEDMO.

Trabalhar com a dança não se reduz a estar nos palcos, há as pessoas que incentivam, ensinam, possibilitam e fomentam a paixão dos alunos pela arte, ajudando-os a concretizar seus sonhos. E Tia Cris é uma dessas. 

Como é sabido, é muito dificíl trabalhar com a dança no Brasil, e Cris, com sua disposição e dedicação, torna o processo de formação dos bailarinos mais completo e prazeroso.

À Tia Cris, nosso imenso respeito e gratidão.

Giulia Rossi

Aos professores com carinho...

Eric Frédéric

 

 

Eric Frédéric
 
 



Eric Frédéric se encantou pela dança brasileira, não apenas a que vemos nos palcos, mas o modo de se movimentar, seus ritmos e sua entrega ao trabalho artístico. Eric reside no Rio de Janeiro desde 2009, hoje é professor de dança contemporânea de nossa amada EEDMO (Escola Estadual de Dança Maria Olenewa) e nos conta um pouco de sua trajetória e como esta sendo esta experiência.
 
Frédéric teve seu primeiro contato com a dança aos 4 anos de idade, na Ópera Real de Wallonie – Bélgica. Por intermédio de seus pais que ali trabalhavam, ele ficava admirando, conhecendo e sonhando vendo as óperas e os ballet.
 

 

“Fazia muitas aulas e participava de óperas e musicais. Eu cantava, dançava e fazia muitas coisas. Penso que falta esse tipo de trabalho aos bailarinos de hoje. Trabalhar com a diversidade da arte.” (Eric Frédéric).

 

 

Completou seus estudos de ballet aos 19 anos, na Ópera Real de Wallonie. Onde imediatamente entra para a companhia. Depois integrou a companhia de ballet Real de Flandres onde trabalhou por seis anos como primeiro bailarino, posteriormente trabalhou como guest, ou seja, era convidado para dançar em vários países como Israel, Japão, Itália, Turquia, Estado Unido. Após este período vai para a companhia de dança do Teatro Nacional de Bordeaux na França como Etoile por 12 anos. Como etoile atuou no Teatro Nacional de Bordeux.

Eric Frédéric Etoile Teatro Nacional de Bordeux.

 
 
Ao receber o convite de Dalal Achcar para trabalhar no Brasil, apaixonou-se pela variedade de ritmos, pela entrega ao trabalho, pelo modo das pessoas se movimentarem. Sempre solicitado, seja como bailarino, coreógrafo ou professor, Eric já reside aqui por 6 anos.

 Coreografou para o projeto Aquárius, projeto que levou mais de 70 mil pessoas a praia de Copacabana. Recentemente foi convidado pelo Teatro Cólon na Argentina para coreografar o ballet “DIAMANTE” e atualmente esta trabalhando ao lado de nossa primeira bailarina Ana Botafogo, num espetáculo chamado “MULHER”, espetáculo que revive grandes nomes de grandes mulheres brasileiras.

 Este grande artista, cuja inspiração vem de seu cotidiano, recentemente atendendo pedido de nossa diretora Maria Luiza Noronha para integrar o corpo docente da EEDMO, vem assumir a cadeira de Dança Contemporânea. Eric, cheio de descontração, carisma, humildade e conhecimento, ensina aos nossos alunos não só a se movimentar, mas sim a dançar livremente, explorando cada parte de nosso corpo.

 

“Sinto-me muito feliz por trabalhar na EEDMO, escola qual tenho um enorme carinho”. (Eric Frédéric)

 

TOUR: Qual o recado que o senhor da aos nossos alunos que sonham em ser bailarinos profissionais?

Eric: Trabalho, Trabalho, Trabalho e Arte.


Felipe Viana





Aos Professores com carinho...

 

Paula Prates Barbato

 

Com a grandiosidade e importância da música clássica para a nossa EEDMO, a querida professora Paula Barbato nos honra com suas preciosas aulas, contribuindo para nosso enriquecimento e aprimoramento como profissional de dança.

Natural de Petrópolis, foi para Brasília, em 1962, ainda pequena iniciando os seus estudos em música na Escola de Artes da UNB (Universidade de Brasília), após morar por vinte anos, em 1982, mudou-se para Milão, lá estudou em um conservatório, terminando seus estudou na UFRJ no Rio de Janeiro. Fez parte da Orquestra do Teatro Municipal trabalhando como violinista.  Morou durante quatro anos em Chicago (EUA) fazendo parte de um grupo de música contemporânea. Todos os professores com que conviveu tiveram um papel importante e marcante dentro da sua carreira como música.

 

“Sempre gostei de ser professora e ensinar música.”

A sua intenção como professora de música da Escola de Dança Maria Olenewa é que os alunos e alunas possam traduzir a música em movimento, compreender e associar a música aos movimentos para que assim possam ter um maior desenvolvimento durante as aulas de clássico.

 

“Deve-se trabalhar diversos tipos de artes, para que possam ser despertados os sentidos do ser humano.”

 

Carla de Paula

 

Letícia Stock apresenta - Diário de viagem do Royal Ballet

Letícia Stock apresenta - Diário de viagem do Royal Ballet

Letícia Stock

Formada pela EEDMO ( Escola Estadual de Dança Maria Olenewa ), Letícia Stock agora bailarina do Royal Ballet em Londres criou estes vídeos para divulgar o trabalho que está fazendo no Tour do Royal Ballet nos EUA ( Estados Unidos ). Seu objetivo é apresentar como é a vida de um bailarino em uma cia internacional. Não deixe de conferir estes vídeos incríveis de nossa ex-aluna. Nós da EEDMO nos orgulhamos e fazemos questão de divulgar o trabalho de nossos ex-alunos, logo abaixo confira os documentários de Letícia:

Felipe Viana

TMRJ:106 anos de pura arte!

Hoje, 14 de julho, é aniversário do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, que neste ano (2015) completa 106 anos. Diante de muita história, vemos mais um ano em que a arte é essencialmente presente no TMRJ, e a Escola de Dança Maria Olenewa não poderia deixar de participar.

Foram apresentadas quatro coreografias: Suite en Pastel e Mozart, ambas de Dalal Achcar (com remontagem de Paula Albuquerque), Valsa das Horas, do ballet Coppélia, de Artur Saint Léon (remontagem de Victor Ciattei) e Composição Coreográfica de Consuelo Rios - grande e importante mestra para a EEDMO - com remontagem de Amanda Peçanha.

Alunos do Técnico durante o ensaio de "Composição Coreográfica".

Todos se sentiram extremamente honrados por participar de mais um ano de espetáculos e comemorações, e ainda mais de dançar nesse palco tão prestigiado, umas iniciando sua caminhada e outras já fazendo a prévia da despedida. O Theatro estava lotado, e ainda mais de cem alunas participaram do evento; a alegria de dançar nessa maravilhosa casa emanava no ar.

Lavínia Barcellos.

CURSO DE FÉRIAS EEDMO

Curso de Férias

Escola Estadual de Dança Maria Olenewa

O período de férias é a melhor hora para, tirar o atraso do sono, curtir uma tarde no club, ir à praia, viajar, ver os amigos, ou apenas ficar de pernas para o ar... Não, pera!!!! Para nós, bailarinos, período de férias e período de renovar as forças, entrar em forma, e recuperar o ritmo. Uma pausa, nas atividades sim mas, parar de dançar, nunca!

Uma boa aula de ballet clássico, com professores atenciosos, e eficientes, com um trabalho muito bem elaborado e especializado para este período de férias é o que você pode encontrar na EEDMO a partir do dia 20/07/2015.

Para mais informações sobre valor, no telefone: 23329129

Você não pode ficar fora dessa!!!

Aos Professores com carinho...

Aos Professores com carinho...

Silvana Andrade

Silvana Andrade.

Desde muito nova, Silvana Andrade havia se encantado com o ballet clássico. Seus pais a levavam para assistir os espetáculos de dança, e com apenas 3 anos de idade começou seus primeiros passos no Ballet Dalal Achcar com a Mestra Maria Luisa Noronha ( atual diretora da EEDMO).
Formou-se com 17 anos pela mesma escola e logo partiu para faculdade de dança na faculdade da cidade, onde também se formou.
"Eu parei de dançar muito cedo porque eu já sabia que queria ser professora antes mesmo de me formar, pois, na escola, eu já gostava de ensinar minhas colegas, e na infância brincava com as bonecas de aula de ballet. Além disso, queria muito coreografar."
Com 20 anos de idade recebeu o convite de Dna. Dalal para começar a dar aula na escola em que havia se formado. Na época a escola precisava de uma professora com perfil alegre, motivador, disposta e, Silvana foi a escolha ideal.
Depois de formada pela faculdade, recebeu convite na década de 90 para, também, dar aula na EEDMO e lá ficou por 9 anos seguidos.
Hoje, Silvana ministra aulas de ballet clássico para as alunas de primeiro e segundo médio na EEDMO, e por isso o Tour En L`Air preparou uma entrevista com nossa professora para que todos possam conhece-la melhor e aprender um pouco mais com essa grande profissional da dança.

Dalal Achcar e Silvana Andrade.

Maria Luíza Noronha, Silvana Andrade e Rosinha Pulitini.

Entrevista:

Tour: Quais os principais mestres responsáveis por sua formação na dança? 

Silvana: Sem dúvida, Maria Luisa Noronha, Desmond Doyle, Denis Gray,Miriam Guimarães e mais tarde Dna. Eugenia Feodorova.

Tour: Nós que acompanhamos seu perfil nas redes sociais sabemos que você possui ligação estreita com o Marcelo Gomes e com o American Ballet Theatre (ABT), como surgiu essa parceria?

Silvana: Estou nesta parceria à 15 anos. Começou, porém, quando eu levei o Marcelo Gomes pra fazer aula no Ballet Dalal Achcar. Ele é filho de uma amiga minha da faculdade de jornalismo, porque também sou formada em jornalismo, e eu notei nele grandes possibilidades: musicalidade, porte físico, facilidade em dominar a técnica... Eu então, resolvi investir nele e ajudá-lo. Marcelo cresceu e com 13 anos foi estudar na Flórida em Boca Raton e, eu o apoiei durante toda a sua formação. Mais tarde, ele entrou para o último ano da escola da Ópera de Paris e foi quando resolveu fazer uma audição, que iria acontecer aqui no Brasil, para ingressar no ABT. Passou na audição, mas só entrou pra cia depois de se formar na Ópera de Paris.
Quando começou a fazer primeiro papel ( ainda como corpo de baile), ele me chamou para assisti-lo. Fui e não parei mais de ir, hoje tenho minha cadeira cativa, crachá do ABT, entro e saio quando quero, assisto as aulas, aos ensaios dele e de outros bailarinos e quando ele me solicita eu estou lá também para ensaiá-lo. Sou membroship do ABT, sou a professora que acompanha seu aluno até hoje. Fico uma semana ou mais perto dele, auxilio no que ele precisa e aproveito pra me reciclar e aprender cada vez mais... Isso enriquece meu trabalho.

Silvana Andrade dando aula para Marcelo Gomes (Primeiro Bailarino do American Ballet Theater).

Tour: Fale-nos um pouco mais sobre sua formação como jornalista.

Silvana: Sou formada pela faculdade Helio Alonso e tenho o hábito de escrever. Não me aventurei muito nesta área não, mas guardo o desejo de um dia explorar essa minha outra formação. Tenho vontade de escrever um livro de ballet, trabalhar como crítica de dança. Não é um sonho abandonado ainda não, estou apenas adiando e aproveitando minha carreira como professora e coreógrafa.

Tour: como você se sente voltando a escola?

 Silvana: Sinto- me muito feliz! Gosto muito de estar aqui neste ambiente, num lugar onde as meninas querem aprender, tem vontade de se melhorarem de se tornarem boas bailarinas. Trabalhar com meninas interessadas é muito gratificante.

Silvana Andrade dando aulas para a EEDMO (Escola Estadual de Dança Maria Olenewa).

Tour: Como você vê o ballet na atualidade?

Silvana: Ballet está se abrindo e se permitindo cada vez mais. O neoclássico está ganhando espaço e a técnica tem ficado cada vez mais forte e refinada. O ballet de repertório nunca vai morrer, mas hoje há espaço para novo e isso é ótimo.

Tour: Acompanhando o ballet do EUA tão de perto e estando atualizada com o resto do mundo, como você compara o ballet brasileiro com o que se faz fora do nosso país?

Silvana: O ballet no Brasil é muito precário, infelizmente não há incentivo, não há dinheiro, não há produção... Se tivéssemos um terço de incentivo do que o futebol ganha aqui no Brasil, tudo seria melhor. Lá fora o ballet é tão importante quanto qualquer arte. O esporte e a arte possuem o mesmo valor e ganham bons incentivos, patrocínio e isso faz com que eles se desenvolvam melhor. Infelizmente o Brasil ainda é o país só do futebol.

Tour: Qual conselho você poderia dar para quem está começando os primeiros passos na carreira de bailarino? 

Silvana: Aula em tempo integral. Trabalhar arduamente de domingo a domingo. Veja o Marcelo, as vezes ele termina o sábado e diz que o ensaio não foi bom e me pergunta se posso dar aula no domingo e ensaiá-lo... Ele não é o único, isso é normal dentro das grandes cias de dança. Não tem feriado, não tem final de semana para quem quer chegar lá, precisa trabalhar intensamente e não se contentar com o bom, precisa ser ótimo.

Curso de Férias - Janeiro de 2015 na EEDMO.

Silvana Andrade e Marcelo Gomes.

Equipe Tour En' Lair.

Aos Professores com carinho...

Aos Professores com carinho...

Cristiane Quintan

Cristiane Quintan é uma das mais recentes professoras do corpo docente da EEDMO. Começou a dar aulas na Escola de Dança ano passado, e já faz sucesso entre as alunas. Suas aulas são interativas e com energia, e fazem cada aluna se superar cada vez mais.  

Cristiane Quintan, Ballet Coppélia versão Dalal Achcar TMRJ.

 Quintan é natural de Niterói, e iniciou seus estudos profissionalizantes no ballet com Halina Biernackam, em São Paulo, aprimorando-se com Ioko Okada e Ismael Guiser; também prestou os exames da Royal Academy of Dancing (RAD). Integrou o Ballet Clássico de São Paulo, onde atuou nos papeis principais de Giselle e Paquita.

Cristiane dando vida à Giselle no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

Participou do Concuso Internacional de Brasília e foi agraciada com uma oportunidade de estudar na Alemanha, na Balletschule Der Oper Leipzig- onde terminou os seus estudos. Ainda na Alemanha, participou da remontagem de A Bela Adormecida para o Leipziger Ballett, feita por Uwe Scholz. Logo depois, trabalhou durante um ano no Teatro de Magdeburg sob a direção de Irene Schieneider e Slava Muhamedov.

Quando voltou ao Brasil, ingressou por concurso público no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, em 1996. Atuou como solista em diversas montagens de ballets, tanto clássicos quanto contemporâneos, como: Giselle, Serenade,Suit en Blanc,Onegin e Daphnis et Chloé.

Trabalhou com diversos nomes do ballet internacional, dentre eles Natalia Makarova e Fernando Bujones, e representou o BTMRJ em festivais de dança internacionais nos Estados Unidos.

Diana e Acteon - Cristiane Quintan e Cícero Gomes.

O quebra-nozes - Cristiane Quintan e Thiago Soares.

  Lavínia Barcellos