Sua morte, em um hospital, foi causada por complicações de insuficiência cardíaca.
Mitchell, o primeiro dançarino negro de balé a alcançar o estrelato internacional, foi um dos dançarinos mais populares do New York City Ballet, onde dançou de 1956 a 1968 período onde trabalhou e estabeleceu forte conexão com o grande mestre e coreógrafo russo George Balanchine.
Dentro da história da dança e do território americano Mitchell se colocou como pioneiro, transgressor das chagas raciais em um momento histórico onde para um homem afro-americano era muito difícil romper as fronteiras dos estigmas e preconceitos.
Nascido e criado no Harlem, dedicou-se à juventude de seu bairro quando em 1969, motivado pelo assassinato de Martin Luther King, Mitchell fundou o Harlem's Dance Theatre. Pra além de um notável e insigne bailarino e coreógrafo será sempre lembrado também como agente de transformação social por conta desta grande realização. Cabe ressaltar sua atuação em terras brasileiras, quando em 1968 assumiu o cargo de diretor artístico da Companhia Brasileira de Ballet, onde atuou também coreografando algumas obras.
Se vai mais uma grande presença no hall dos inesquecíveis nomes da dança. Este grande símbolo de emancipação se foi, mas nos deixa seu forte senso de identidade, seu legado de paixão, poder e engajamento social que viverá sempre através de cada pessoa que ele tocou em sua vida, inspirando tantos jovens bailarinos negros a perpetuarem a diversidade desta arte que tanto se empobrece quando se limita ao grilhões do cárcere do preconceito.
Ele deve ter sofrido um enorme preconceito, pois fui assinante do Dance Magazine e de outra revista de ballet que não lembro o nome, e não me lembro dele em nenhuma reportagem. Lamentável.
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