segunda-feira, 26 de setembro de 2016

ÓPERA + BALLET

MOZART E SALIERI + SHEHERAZADE
BALLET, CORO E ORQUESTRA SINFÔNICA DO THEATRO MUNICIPAL



Semana de estreia! Dias 28, 29 e 30 de setembro e dias 1º e 2 de outubro. Em apenas um ato, veremos duas obras do compositor russo Nikolai Rimsky-Korsakov: A ópera Mozart e Salieri e o ballet Sheherazade.

Novidade da Temporada de 2016, este programa duplo, Ópera + Ballet, reúne integrantes dos três corpos artísticos do Theatro Municipal em um único espetáculo.


A ÓPERA

Mozart e Salieri e uma ópera em um ato e duas cenas musicada por Nikolai Rimsky-Korsakov que tem como libreto o drama em versos de Alexander Pushkin. Escrita em 1897 e estreada no ano seguinte, a ópera apresenta a lenda do envenenado de Wolfgang Amadeus Mozart pelo compositor italiano Antonio Salieri – fato rechaçado por importantes biógrafos e historiadores.

Na trama de Pushkin, Salieri, que possui grande reconhecimento como compositor, nutre em segredo uma forte inveja de Mozart, cuja música o italiano reconhece como sendo de qualidade bem superior à sua própria. Salieri então, encomenda à Mozart uma composição de um Réquiem fúnebre em anônimo e envenena-o, para desde modo tocar o réquiem encomendado no funeral de Mozart e receber os créditos pela composição.

A ópera mais tarde inspiraria o célebre filme de produção estadunidense Amadeus, de Peter Schaffer, levando o enredo e música da ópera aos cinemas.

Cantada em português, a ópera tem tradução de Irineu Franco Perpetuo e adaptação de André Cardoso, Diretor Artístico do TM. Nos papéis centrais estão o tenor Flávio Leite como Mozart e o barítono Inácio De Nonno como Salieri, sob a direção cênica de Daniel Herz.


O BALLET

O ballet Sherazade, ou Scheherazade, é uma suíte sinfônica em quatro partes composta por Korsakov, em 1888. Baseado em Mil e Uma Noites, o ballet une características comuns à música de Korsakov, tendo figurado a história da Rússia Imperial e sendo considerada a obra mais popular do compositor. Escrito para produzir uma sensação de narrativas de fantasia do Oriente, a proposta era que o ouvinte ouvisse o seu trabalho apenas como um oriental-temático música sinfônica que evoca uma sensação de aventura de conto de fadas. Rimsky-Korsakov manteve o nome Scheherazade pois trazia à mente as maravilhas de conto de fadas de Mil e Uma Noitese do Oriente em geral. Em 1910, Michel Fokine, um dos principais coreógrafos russos, coreografou o ballet Sherazade, no qual participaram Vaslav Nijinski, em um dos papéis principais, e Leon Bakst, na preparação do figurino e cenário. Em 1957, Tatiana Leskova foi responsável pela remontagem no Theatro Municipal. Os bailarinos russos István Rabovsky e Nora Kovach interpretavam o casal principal, Zobeide e Escravo Dourado.

Nesta temporada, com remontagem do italiano Toni Candeloro, no papel de Zobeide, teremos as primeiras solistas do BTM Deborah Ribeiro, Priscila Albuquerque e Renata Tubarão e, como Escravo Dourado, os primeiros bailarinos Cícero Gomes, Moacir Emanoel e Filipe Moreira.

Deborah Ribeiro e Filipe Moreira

Sob a direção de Cecília Kerche e Ana Botafogo e a regência do maestro Tobias Volkmann, os três corpos artísticos do TM terão suas apresentações dias 28, 29 e 30 de setembro, às 20h, dia 1º de outubro às 20h e dia 02 de outubro às 17h. Os ingressos podem ser comprados na bilheteria do Theatro ou pelo site ingresso.com.

A junção desses três corpos artísticos do TMRJ é sempre primorosa e proveitosa, nessa temporada não será diferente! Nós da EEDMO, já temos nossa presença garantida!



Paula Caldas - 1° Técnico

domingo, 25 de setembro de 2016

Escola Estadual de Dança Maria Olenewa: inscrições abertas em outubro!


A Escola Estadual de Dança Maria Olenewa pertence à Fundação Teatro Municipal do Rio de Janeiro e seus alunos tem a oportunidade de participar das temporadas oficiais do Corpo de Baile, além de se apresentarem nos espetáculos anuais, em um dos principais Teatros do país.
Em 2016, a Escola Estadual de Dança Maria Olenewa completou 89 anos de fundação. Criada pela bailarina Maria Olenewa, é a primeira e uma das principais escolas de dança do país. Ao longo destes anos foi responsável pela formação de grandes nomes do ballet brasileiro que atuam no Brasil e no exterior.

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

O impossível que se faz possível - Paralimpíadas

Com o término das Olimpíadas, outro evento de grande importância deu início de forma tão admirável quanto, as Paralimpíadas. Com esse acontecimento temos o incentivo da inclusão das pessoas portadoras de necessidades especiais em diversas atividades, dando a elas mais um motivo de se sentirem brilhantemente vitoriosas em suas conquistas.

Os esportes, as artes, as danças, entre outras expressões culturais evidenciam que as potencialidades humanas quando encontram ambientes propícios permitem tornar sonhos em realidades. Conquistas, vitórias, troféus, medalhas, derrotas, superação de objetivos, entre outras experiências vividas durante as modalidades quer sejam esportivas ou artísticas mostram que nenhum tipo de deficiência que uma pessoa esteja submetida deve deixá-la à margem da sociedade.

Nesta recente versão dos Paralímpicos vimos que a delegação brasileira contou com 279 atletas. Para estes atletas paralímpicos houve a oportunidade de representar milhões de pessoas que são portadoras de necessidades especiais em nosso país.

A dança enquanto expressão artística e cultural também permite às pessoas com deficiências serem protagonistas das suas próprias realidades. Há no Brasil diversos projetos na área de dança voltados para atender às pessoas portadoras de necessidades especiais.

E dança foi o que não faltou na cerimônia de abertura!



A paratleta de snowboard, Amy Purdy dançando com um robô durante a cerimônia de abertura



O casal de bailarinos Renata Prates e Oscar Capucho, portadores de deficiência visual, tiveram a oportunidade de realizar uma linda apresentação por ocasião da abertura dos Jogos Paralímpicos de 2016

No ballet, por exemplo, temos uma significativa inclusão de pessoas cegas e paraplégicas. Neste segmento no ano de 2014, a Associação de Balé de Cegos Fernanda Bianchini, que participou do encerramento das Paralimpíadas de Londres em 2012, organizou um evento sem fins lucrativos, que oferecia cursos de graça de dança e artes para crianças e adolescentes cegos e de expressão corporal para idosos com algum tipo de deficiência visual.




Hoje, a escola, que é uma pioneira no ensino das artes e da dança, trabalha com professores remunerados, exceto Fernanda, que desenvolve o trabalho de forma voluntária com aluno dos três anos até a terceira idade.






Curiosidades:

Ao assumir um compromisso tão importante como esse, sabemos que cada detalhe é de extrema importância para a melhoria e facilidade no acesso para nosso público e atletas especiais da Paralimpíadas. Detalhes esses que pudemos perceber durante todo o evento.

A organização das Paralimpíadas deu total atenção nas seguintes e importantíssimas alterações, como:

Notou a diferença do símbolo Olímpico para o Paralímpico?





Os três "Agitos" representam movimento e enfatizam o movimento paralímpico de juntar atletas de todo o mundo para competir. é composto por três elementos nas cores vermelha, azul e verde, as cores de bandeiras mais comuns ao redor do mundo.

Podemos ver a diferença também na subida ao pódio, sendo colocadas rampas no lugar dos degraus.





E a maior novidade dos Jogos Paralímpicos, medalhas com guizos dentro.




Os atletas no pódio das Paralimpíadas do Rio podem ir além de receber sua medalha, senti-la, mordê-la e pendurá-la em seu pescoço: é também possível ouvir a medalha. Em uma delicada e sensível preocupação dos organizadores dos jogos, as esferas foram inseridas para que os atletas com deficiência visual pudessem ter essa experiência sensorial no pódio. A medalha de ouro possui 28 guizos de aço, a de prata 20 e a de bronze 18.

E assim, após 11 dias, ontem nos despedimos das Paralimpíadas, essa grande e linda festa não só de competições esportivas, mas também de valores e respeito ao próximo proporcionado aos espectadores de todo o mundo. O evento se encerrou com um grande Bailão, onde não tivemos a presença somente de bailarinos mais também de músicos com deficiências diversas. E para o final inesquecível da apresentação, a música “Tempo de Alegria”, que não só marcou a festa mas também a nossa cidade.

Vimos que a dança teve seu espaço garantido na abertura e no encerramento do evento, que proporcionou às pessoas ditas fisicamente normais e aos indivíduos consideradas com algum tipo de necessidade especial fazerem uso da arte em prol do bem comum. Nos despedimos também de uma bela demonstração do que é a superação, determinação e compaixão, enfatizando sim que o impossível é cada vez mais possível!


Maria Fernanda (3° Médio)
Renner Moraes (3° Técnico)

domingo, 18 de setembro de 2016

A carreira de uma das figuras mais importantes da dança brasileira: Paulo Rodrigues

Paulo Rodrigues, Primeiro Bailarino do TMRJ

Nascido em São Caetano do Sul / SP no dia 18 de julho de 1957, Paulo Rodrigues, Paulão, como é conhecido entre os colegas e alunos é responsável por ministrar as aulas de Pas de Deux e de técnica masculina na Escola. Tem enorme experiência no mundo da dança, que surgiu em sua vida ocasionalmente. Trabalhou com importantes nomes no ballet, tais como Tatiana Leskova, Eugenia Feodorova, Ivan Nagy e foi partner de estrelas como Ana Botafogo e Cecília Kerche.

Paulão e a aluna Amanda Marinho (formanda 2016) na aula de Pax de Deux

Repletas de passos belos e elaborados e de uma energia contagiante, suas aulas são incríveis e não há quem não se divirta e aprenda ao máximo durante as aulas.

FORMAÇÃO: Licenciatura plena em educação física pela Faculdade Vila Rosália (Guarulhos / SP) Pós Graduação em Administração e Supervisão Escolar pela Universidade Cândido Mendes.

ATUAÇÃO PROFISSIONAL: Solista do Balé da Cidade de São Paulo (1978-1981). Solista do Ballet Nacional do Chile (1981-1982). Primeiro Bailarino do Theatro Municipal do Rio de Janeiro (desde 1988), atuando, nos principais papeis de todo o repertório clássico e em diferentes versões de importantes coreógrafos como: Tatiana Leskova, Pierre Lacote, Eugênia Feodorova, Ivan Nagy, Natalia Makarova, George Balanchine, Ruzena Malakova, Uwe Scholz, e Obras como Sagração da Primavera, L’aprés midi d’um Faune (Vaslav Nijisnsky) e Les Noces (Bronislava Nijinska), entre outros.

PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS COMO PRIMEIRO BAILARINO CONVIDADO: Festival Internacional de Ballet de Havana (Cuba), III Conferência Interamericana de Especialistas em Ballet (Caracas-Venezuela), Gala Beneficente “As Estrelas Mundiais do Ballet” (Santiago – Chile), VI Massako Oya World Ballet Competition (Osaka – Japão), Espetáculo comemorativo dos 500 anos de descobrimento da América, como convidado do Ballet Nacional de Cuba (Madri – Espanha), “O Lago dos Cisnes” e “Giselle” no Ballet Nacional de Caracas (Caracas - Venezuela), Festival Internacional de Dança (Nova York -Estados Unidos da America).

ATIVIDADE ATUAL: Diretor artístico, professor e coreógrafo do Projeto Social Dançando para não Dançar (desde 2003). Professor da Escola de Dança Maria Olenewa, Escola profissionalizante da Fundação Teatro Municipal do Rio de Janeiro (desde 2004). Professor convidado da Companhia de Ballet da Cidade de Niterói Atua como convidado dos maiores festivais e eventos de dança do Brasil e da América Latina, como jurado, professor e remontador de todo o repertório clássico, assim como de obras contemporâneas.


Entrevista:
“Nunca pensei em ser bailarino, o ballet ‘aconteceu’ na minha vida.”
TOUR: O que te levou ao ballet e quando você decidiu que queria ser bailarino?
Paulão: Minha vida é um pouco diferente de “bailarino”. Eu nunca pensei que seria bailarino, minha formação é totalmente diferente. Minha formação veio do esporte. Minha primeira formação foi em ed. física. Fui praticamente obrigado a fazer dança na faculdade, seu eu não fizesse poderia ser reprovado. Então não tinha interesse, aconteceu na minha vida dessa forma. Quando comecei a fazer dança na faculdade eu comecei a gostar daquele tipo de trabalho que até então eu não conhecia. Comecei a gostar da matéria e entrei no grupo de dança que tinha na faculdade, a convite do Edson Carlos. Esse grupo, quando me formei, ensaiava aos sábados e depois foi para São Paulo. Em São Paulo o grupo se manteve como Casa Forte e comecei a trabalhar com eles. Me formei em educação física, dei aula por um tempo mas fazia dança todo dia a noite. O Grupo de Dança Casa Forte deu uma reviravolta na minha vida. Dançávamos muito aos finais de semana e o pessoal do Teatro Municipal de São Paulo assistia aos nossos espetáculos. Nosso grupo era formado de atletas, então tinham todo um físico ótimo, só que não era pra dança. Trabalhávamos mais com a linguagem moderna, contemporânea. Me vendo dançar, Luis Arrieta me convidou para ser pré-profissional, fazer estágio na companhia do Teatro Municipal de São Paulo. Me interessei, comecei a trabalhar no Teatro e quando vi eles me deram um contrato pra dançar na companhia. Comecei a fazer ballet muito tardiamente. Fazia jazz aos 16, mas ballet só aos 18 mesmo. Fiquei no Teatro Municipal de São Paulo por quatro anos e depois fui para o Chile. Nunca fiz audição na minha vida, sou um cara de sorte, nunca botei número nas costas nem nada disso. De São Paulo me carregaram para Santiago do Chile. A companhia de Santiago do Chile precisava de solista, Ivan Nagy, diretor da companhia estava em São Paulo e me viu fazendo aula e ensaiando e me convidou pra ir pra Santiago como solista e eu fui. De Santiago fui pra Caracas, depois fui pra Cuba e fiquei viajando pela América do Sul, sempre convidado pra dançar.

TOUR: Como você chegou ao Theatro Municipal do Rio de Janeiro?

Paulão: Em 1983 Dalal Achcar, que já me conhecia de São Paulo, me convidou pro TMRJ. Precisavam de um bailarino forte para fazer Nacib de Gabriela. Vim ao Brasil, dancei e depois acabei recebendo um convite pra continuar como solista aqui. Gostei e estava com saudades do Brasil, então resolvi ficar. Com o passar dos anos comecei a dançar os primeiros papeis aqui também até ser primeiro bailarino a convite de Tatiana Leskova.


TOUR: Tem algum ballet que tenha te marcado mais?
Paulão: Gosto de ballets que tenham muita interpretação. Gosto de Giselle, La Shylphide, de Dom Quixote que têm toda aquela coisa teatral. Gosto de ballets que você interprete, cresço muito com o trabalho teatral. Acho que todos os ballets de repertório se destacaram bastante na minha vida, mas tem sempre um que a gente gosta mais.
Paulo Rodrigues, Ana Botafogo e Corpo de Baile do TMRJ em O Quebra Nozes.

TOUR: Como você se tornou professor da Escola?
Paulão: Parei de dançar ha uns 15 anos por problemas de coluna. Quando parei de dançar comecei a me dedicar a ser professor aqui no Theatro e aqui na Escola de Dança. Maria Luisa já havia me chamado para dar aula aqui e quando parei de dançar eu vim. Sempre gostei de trabalhar com a formação. Gosto da companhia também, mas gosto muito da formação, isso que é importante.
Paulão durante aula para turma de rapazes.

Paula Caldas - 1º técnico

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Grupo Corpo no Rio de Janeiro

O Grupo Corpo estará de volta ao Rio de Janeiro nesta semana (15, 16, 17, 18 e 19). Desta vez trarão duas de suas mais famosas coreografias: Dança Sinfônica e Lecuona. Ambas de Rodrigo Pederneiras, o atual diretor artístico da companhia, foram criadas em momentos diferentes e para ocasiões distintas. Cada qual com sua história particular, todas as duas são sucesso garantido para o público que chega ao Theatro Municipal com bilheteria praticamente esgotada.

Grupo Corpo coreografia "Dança Sinfônica" de Rodrigo Pederneiras. 
Dança Sinfônica foi criada exclusivamente para a comemoração de 40 anos de atividades do Grupo Corpo, com seus figurinos e cenários completamente revestidos com veludo vermelho que deixam a coreografia com um ar discreto de solenidade, confortando o público enquanto assisti ao espetáculo. 
Lecuona
Lecuona, que recebe o nome do compositor de sua música, foi criada em 2004. A primeira vez que o Grupo Corpo dançou uma coreografia que não tinha música feita exclusivamente para eles. Com duração de quase 40 minutos é composto por diversos pas de deux, apenas uma parte em grupo 
e no final uma grande valsa que tem a linda surpresa de um espelho no palco que multiplica as seis bailarinas presentes. A cada casal que dança o cenário vai mudando de tom e ganha sua própria cor.


Um dos pas de deux de Lecuona 
Retomaremos ao texto que traz uma entrevista com ex-alunos da EEDMO que participaram da temporada 2015 do Grupo Corpo.


                                                                                                                                                                                                               

 Ao celebrar 40 anos, o Grupo Corpo decidiu visitar o passado e mirar no futuro. O presente, portanto, é uma obra inspirada das lembranças do coreógrafo e cofundador Rodrigo Pederneiras “Dança Sinfônica” e outra que aponta novos rumos para a companhia, “Suíte Branca” que marca a estreia de Cássia Abranches como coreógrafa.

    Integrando a companhia temos bailarinos formados pela Escola Estadual de Dança Maria Olenewa (EEDMO), Bianca Victal formada em 2012 e integrante do Corpo há dois anos, Grey Araújo formado em 2007, integrante do Corpo há oito anos e Mariana do Rosário que frequentou a EEDMO até o segundo ano Técnico, e faz parte da companhia há dez anos. Estes que inspiram os alunos da escola mostrando-nos as várias possibilidades dentro da nossa carreira, além de nos mostrar o amor que transmitem com a sua arte.

Grey Araújo, Bianca Victal e Mariana do Rosário.

Segue a Entrevista: 

Como a EEDMO influenciou as suas carreiras como bailarinos? 
A escola foi fundamental com relação à disciplina, horários para a vida não apenas profissional, é a construção do indivíduo que favorece. “Acredito ser a melhor escola do Brasil, pois forma bailarinos qualificados.” (Mariana do Rosário) 



Como foi a passagem do clássico para o contemporâneo? 
(Mariana) Foi transferida para a escola do Guaíra, e após um tempo fez audição para a companhia. Foi difícil aprender a lidar uma nova maneira que seria o contemporâneo, mas após um tempo aprende-se. 

(Bianca) Após formar-se na escola buscava estar em uma companhia clássica, mudou-se para Belo Horizonte, em que o ambiente é mais contemporâneo, e foi aprendendo a gostar deste novo modo de dançar que não era seu habitual. Fez audição para o Corpo. 

(Grey) Assistiu o Grupo corpo no Theatro Municipal, e encantou-se com o trabalho desejando ser este o seu futuro. Através de um amigo conseguiu fazer audição para a companhia e estabelecer-se. “Estar em uma companhia contemporânea era algo novo para mim, em que eu buscava aprender.“



Como ocorre o cotidiano dentro da companhia? 
(Mariana) O Grupo Corpo, apesar de ser uma companhia contemporânea é necessário ter uma base clássica. 
(Grey) A movimentação do Rodrigo Pederneiras é própria, em que se aprende trabalhando com ele dentro do cotidiano do Grupo Corpo.

 “A forma de contar a música, acrescentando vários contratempos dentro de um oitavo, sendo algo diferente e prazeroso de aprender e trabalhar. Nossa carga horária é de seis horas por dia, com aulas de ballet clássico e ensaios da coreografia." (Bianca)


Como ocorre a criação dos ballets dentro do Grupo Corpo? 
(Mariana) De dois em dois anos há uma criação, mas este ano, temos duas devido aos 40 anos do Grupo Corpo.


Quais seriam as maiores dificuldades e o aprendizado de vocês sendo bailarinos do Grupo Corpo? 
"Possui uma infraestrutura maravilhosa, além de serem respeitados como bailarinos e como seres humanos. Dentro da companhia você não é apenas mais um, há um enorme respeito entre direção e bailarinos.” (Grey) 
“Estar sempre em cena, nos traz uma segurança.” (Mariana)

Como foram as dificuldades, por estar em uma nova cidade com propostas de trabalhos diferentes ao habitual da escola de dança? 
(Bianca) É um processo de adaptação longo e difícil, sair do Rio de Janeiro tão nova com 18 anos, e morar sozinha em uma outra cidade me proporcionou maturidade. Eu tive o meu tempo para adaptação ao contemporâneo, pois inicialmente eu fui para uma companhia que trabalhava com o clássico e o contemporâneo, então fui me adequando.

Qual seria a mensagem que vocês dariam para os alunos da EEDMO? 
“Trabalhem muito, pois é assim que vocês conquistarão os seus objetivos.” (Mariana) 
“Não é impossível viver de um sonho, basta buscar os seus objetivos.” (Grey)

Grupo Corpo coreografia "Suite Branca" de Cássia Abranches
Tabata Salles - 1° técnico