Aos Professores com carinho...
Rosinha Putilini
Rosinha Pulitini é bailarina
formada pela Escola Estadual de dança Maria Olenewa, nossa amada EEDMO,
integrou por muitos anos o corpo de baile do Theatro Municipal do Rio de
Janeiro, depois de anos de casa (TMRJ) volta para nossa escola como professora
para dividir com suas alunas suas experiências e seus conhecimentos. Para
inaugurar essa nova seção “ Aos professores com carinho...” nada melhor do que
começarmos com uma entrevista cheia de descontração e curiosidades incríveis
sobre nossa querida professora.
“Hoje meu foco principal são meus alunos”. (Rosinha Putilini)
Rosinha Putilini |
Tour: Onde começou a fazer ballet e em qual idade?
R: Comecei ballet em Niterói com uma professora chamada Nice Menezes com 8 anos de idade. Comecei assim meus primeiros passos no ballet.
R: Comecei ballet em Niterói com uma professora chamada Nice Menezes com 8 anos de idade. Comecei assim meus primeiros passos no ballet.
Tour: Como entrou para EEDMO?
R: Tânia Granado, que foi professora da escola, deu um curso de ballet em Niterói onde eu estava presente. Ela viu em mim um certo potencial e agilizou minha inscrição para entrar na EEDMO, que até aquele momento não conhecia, entrei no primeiro básico.
Tour: Quais foram seus professores na escola?
R: Eu tive aula com Edy Diegues, Amélia Moreira, Regina Bertelli, Consuelo Rios, Cecilia Wainstock (os principais foram esses).
Tour: Dentro da EEDMO, qual foi o professor mais importante para sua formação como bailarina?
R: Com certeza Edy Diegues
Tour: Em que ano entrou para o corpo de baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro?
R: Em janeiro de 1981, um mês depois de me formar na escola (dezembro de 1980). Prestei audição para contrato e passei.
Boneca Dois do primeiro ato de O Quebra Nozes versão de Dalal Achcar no Theatro Municipal |
Tour: Dentro da companhia, quais foram os mestres mais importantes na sua carreira?
R: Na minha carreira, até porque trabalhei muito com ele, foi meu marido Jorge Siqueira Campos, professor e assistente de direção durante o tempo em que estive na cia.
Tour: Você pode nos contar algum momento difícil e outro feliz que teve enquanto dançava?
R: Tive momentos difíceis na cia quando mudou o governo e Dona Dalal Achcar saiu da direção do ballet do TMRJ e o meu marido como assistente de direção. Dias difíceis começaram e acabei pedindo demissão. Fiquei afastada da cia muito tempo, mas 7 anos depois abriu audição para contrato, eu fiz e passei novamente e isso foi um momento muito feliz, realmente feliz. Outro momento foi quando houve concurso público para efetivação e passei mais uma vez. Talvez esse tenha sido o momento mais feliz e mais importante de toda minha carreira como bailarina no TMRJ.
Valsa das horas - Coppelia versão de Dalal Achcar no Theatro Municipal do Rio de Janeiro |
Tour: Em que ano começou a dar aula na EEDMO? Você foi convidada pela direção para lecionar na Escola?
R: Sou ruim com datas, mas digo que faz muitos anos, pois eu ainda dançava quando comecei a dar aula na EEDMO. Foi um convite da Dona Maria Luisa Noronha atual diretora da escola, que além de um incrível profissional é uma grande amiga. Dona Maria Luisa é uma pessoa muito importante na minha carreira pois me proporcionou essa oportunidade fantástica que é ser professora da EEDMO.
Tour: Sua aula é bastante conhecida por preparar as crianças para ingressar na dança clássica. De onde vem esse seu talento com as pequenas futuras bailarinas?
R: Bem, não sei... É natural, pois optei por não ter filhos por conta da carreira. Mas amo trabalhar com criança. É uma visão deturpada das pessoas que acreditam que a professora que não tem filhos, não sabe lidar e nem goste de crianças. Eu particularmente adoro criança e é com esse público que gosto de trabalhar. Acordar cedo e chegar aqui, olhar para esses olhos meigos das crianças, isso é mágico e me deixa disposta e feliz.
Rosinha com aluna da Escola Estadual de Dança Maria Olenewa (EEDMO) |
Tour: Como se sente hoje sendo uma professora da EEDMO?
R: Sinto-me bem. A grande diferença é que por muito tempo fui a bailarina que dava aula, e hoje sou professora de fato, e é extremamente gratificante ser professora, foi uma transição de bailarina para professora de uma forma muito natural, tranquila e muito prazerosa. Antes, meu foco principal era minha carreira como bailarina e hoje meu foco principal são meus alunos, a qualidade de minhas aulas onde procuro passar o máximo de minhas experiências para os alunos.
Tour: Como você encara o ballet de hoje?
R: Acho que o ballet clássico é realmente o ponto principal de todas as danças, apesar de ainda haver muito preconceito. O ballet evolui tanto quanto as outras danças, há muita exigência e regras a serem seguidas, mais virtuosismo, mas o que mais acho sensacional é que ainda não perdeu o seu refinamento e sua arte. O ballet clássico, nos dias de hoje, é o máximo.
“Para ser bailarina de fato, uma aula não é
suficiente, precisa fazer aula, se alimentar bem, fazer duas aulas por dia, cuidar
do corpo e aprender a conhecê-lo. Precisa programar sua vida para dar conta
deste trabalho intenso.
Bailarino precisa dançar, estar em cena, ou seja, no palco”. (Rosinha Putilini)
Bailarino precisa dançar, estar em cena, ou seja, no palco”. (Rosinha Putilini)
Felipe Viana e Luan Limoeiro
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