quarta-feira, 24 de junho de 2015

Aos Professores com carinho...

Aos Professores com carinho...


Rosinha Putilini

Rosinha Pulitini é bailarina formada pela Escola Estadual de dança Maria Olenewa, nossa amada EEDMO, integrou por muitos anos o corpo de baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, depois de anos de casa (TMRJ) volta para nossa escola como professora para dividir com suas alunas suas experiências e seus conhecimentos. Para inaugurar essa nova seção “ Aos professores com carinho...” nada melhor do que começarmos com uma entrevista cheia de descontração e curiosidades incríveis sobre nossa querida professora.
 
“Hoje meu foco principal são meus alunos”. (Rosinha Putilini)

 




Rosinha Putilini







Tour: Onde começou a fazer ballet e em qual idade?
R: Comecei ballet em Niterói com uma professora chamada Nice Menezes com 8 anos de idade. Comecei assim meus primeiros passos no ballet.



Tour: Como entrou para EEDMO?
R: Tânia Granado, que foi professora da escola, deu um curso de ballet em Niterói onde eu estava presente. Ela viu em mim um certo potencial e agilizou minha inscrição para entrar na EEDMO, que até aquele momento não conhecia, entrei no primeiro básico.




Tour: Quais foram seus professores na escola?
R: Eu tive aula com Edy Diegues, Amélia Moreira, Regina Bertelli, Consuelo Rios, Cecilia Wainstock (os principais foram esses).




Tour: Dentro da EEDMO, qual foi o professor mais importante para sua formação como bailarina?
R: Com certeza Edy Diegues



Tour: Em que ano entrou para o corpo de baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro?
R: Em janeiro de 1981, um mês depois de me formar na escola (dezembro de 1980). Prestei audição para contrato e passei
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Boneca Dois do primeiro ato de O Quebra Nozes versão de Dalal Achcar no Theatro Municipal


Tour: Dentro da companhia, quais foram os mestres mais importantes na sua carreira?
R: Na minha carreira, até porque trabalhei muito com ele, foi meu marido Jorge Siqueira Campos, professor e assistente de direção durante o tempo em que estive na cia.



Tour: Você pode nos contar algum momento difícil e outro feliz que teve enquanto dançava?
R: Tive momentos difíceis na cia quando mudou o governo e Dona Dalal Achcar saiu da direção do ballet do TMRJ e o meu marido como assistente de direção. Dias difíceis começaram e acabei pedindo demissão. Fiquei afastada da cia muito tempo, mas 7 anos depois abriu audição para contrato, eu fiz e passei novamente e isso foi um momento muito feliz, realmente feliz. Outro momento foi quando houve concurso público para efetivação e passei mais uma vez. Talvez esse tenha sido o momento mais feliz e mais importante de toda minha carreira como bailarina no TMRJ.


Valsa das horas - Coppelia versão de Dalal Achcar no Theatro Municipal do Rio de Janeiro




Tour: Em que ano começou a dar aula na EEDMO? Você foi convidada pela direção para lecionar na Escola?
R: Sou ruim com datas, mas digo que faz muitos anos, pois eu ainda dançava quando comecei a dar aula na EEDMO. Foi um convite da Dona Maria Luisa Noronha atual diretora da escola, que além de um incrível profissional é uma grande amiga. Dona Maria Luisa é uma pessoa muito importante na minha carreira pois me proporcionou essa oportunidade fantástica que é ser professora da EEDMO.
 
 


Tour: Sua aula é bastante conhecida por preparar as crianças para ingressar na dança clássica. De onde vem esse seu talento com as pequenas futuras bailarinas?
R: Bem, não sei... É natural, pois optei por não ter filhos por conta da carreira. Mas amo trabalhar com criança. É uma visão deturpada das pessoas que acreditam que a professora que não tem filhos, não sabe lidar e nem goste de crianças. Eu particularmente adoro criança e é com esse público que gosto de trabalhar. Acordar cedo e chegar aqui, olhar para esses olhos meigos das crianças, isso é mágico e me deixa disposta e feliz.

Rosinha com aluna da Escola Estadual de Dança Maria Olenewa (EEDMO)


Tour: Como se sente hoje sendo uma professora da EEDMO?
R: Sinto-me bem. A grande diferença é que por muito tempo fui a bailarina que dava aula, e hoje sou professora de fato, e é extremamente gratificante ser professora, foi uma transição de bailarina para professora de uma forma muito natural, tranquila e muito prazerosa. Antes, meu foco principal era minha carreira como bailarina e hoje meu foco principal são meus alunos, a qualidade de minhas aulas onde procuro passar o máximo de minhas experiências para os alunos.



Tour: Como você encara o ballet de hoje? 
R: Acho que o ballet clássico é realmente o ponto principal de todas as danças, apesar de ainda haver muito preconceito. O ballet evolui tanto quanto as outras danças, há muita exigência e regras a serem seguidas, mais virtuosismo, mas o que mais acho sensacional é que ainda não perdeu o seu refinamento e sua arte. O ballet clássico, nos dias de hoje, é o máximo.


“Para ser bailarina de fato, uma aula não é suficiente, precisa fazer aula, se alimentar bem, fazer duas aulas por dia, cuidar do corpo e aprender a conhecê-lo. Precisa programar sua vida para dar conta deste trabalho intenso.
Bailarino precisa dançar, estar em cena, ou seja, no palco”. (Rosinha Putilini)








Felipe Viana e Luan Limoeiro

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