Na quinta-feira, Renato Vieira é o nosso convidado e sexta-feira as estrelas do Bolshoi. Abaixo, conferimos o resultado da semana.
Conversando com Renato Vieira (18/06/2015)
Renato Vieira |
Com 35 anos de carreira e com formação em Comunicação Social Renato Vieira, possui a característica de trabalhar com diversos gêneros de dança. Fundador da Renato Vieira Cia de Dança. Iniciou sua carreira na Academia Dalau Achcar, tendo aulas com Desmond Doyle e dançou todo repertório clássico, percebendo que não seria este seu caminho artístico dedicou-se ao jazz. Na Academia Tatiana Leskova teve aulas com Lennie Dale de jazz, o que veio a trazer-lhe uma nova visão da dança.
Tem em seu currículo participações como coreógrafo em produções de teatro, dança, musicais, televisão e cinema, alguns deles seriam: Teatro Municipal do Rio de Janeiro, Teatro de Guaíra, São Paulo Companhia de Dança, Criança Esperança (programa da Globo).
Elizabeth Oliosi e Renato Vieira |
Trabalhou ao lado de Carlota Portela com o Grupo “Vacilou Dançou” no Jardim Botânico. Na Academia desta dava aulas de jazz, sendo ali onde desenvolveu seu sentido coreográfico. Aos poucos a dança contemporânea foi incorporada ao seu desenvolvimento como coreógrafo. Permaneceu um ano em Paris, local o qual estudou e enriqueceu seu currículo.
Trabalhou como coreógrafo das comissões de frente das escolas: Mocidade, São Clemente, Grande Rio.
Em 2015 recebeu o Prêmio Cesgranrio Especial de Teatro pela coreografia e direção de cena da peça “Samba Futebol Clube”.
No decorrer da palestra foi apresentado para os alunos da EEDMO uma parte o seu espetáculo ”Poeira e Água”, cujo tema principal refere-se a natureza, a interferência do homem nela e como o tempo está sendo rápido e diferente para cada uma de nós. Bailarinos Tiago e Leandro.
Segue algumas perguntas que foram feitas ao nosso convidado pelos alunos da EEDMO:
De onde vem as idéias para a coreografia?
R:Tem um roteiro antes uma poesia livro estado de espírito . Costumo coreografar em cima de literatura. O bailarino interpreta o que ele coreógrafa.
Porque e quando você decidiu coreografar?
R:Senti necessidade de coreografar, não existe uma fórmula, eu fui aprendendo. Quando eu passei a dar aula isso me proporcionou uma prática.
Como chega da inspiração para a coreografia em si até transformar em movimento?
R:Intuição, nem sempre o que eu imagino acontece, utilizo pesquisa junto com os bailarinos. Sempre é o tema que me leva a coreografar a peça. Não conto as minhas ideias, apenas demonstro, para que o bailarino intérprete da forma dele. colocando a alma dele no personagem.
Quando assistimos um espetáculo, há uma rejeição a dança contemporânea, o que falta para o povo brasileiro em aceitar e saber admirar esse novo movimento?
R:Educar o público para algo novo, questão de época de visão a forma que se vê aquilo. Ao ver o espetáculo, o público acaba vendo algo diferente do que esperava. Relacionado com a preferência e com o estilo, de cada pessoa.
Qual é a sensação de ver algo que você construiu sendo apresentado?
R:Gratificante e maravilhoso, saber que eu atingi o meu objetivo como coreógrafo.
R:Educar o público para algo novo, questão de época de visão a forma que se vê aquilo. Ao ver o espetáculo, o público acaba vendo algo diferente do que esperava. Relacionado com a preferência e com o estilo, de cada pessoa.
Qual é a sensação de ver algo que você construiu sendo apresentado?
R:Gratificante e maravilhoso, saber que eu atingi o meu objetivo como coreógrafo.
Da esquerda pra direita: Hélio Bejani, Paulo Melgaço, Renato Vieira, Elizabeth Oliosi, José Leandro, Tiago Oliveira e Denise Mendes |
Texto: Carla de Paula
Conversando com Mariana Gomes, Bruna Gaglianone e Erick Swolkin (19/06/2015)
Da esquerda pra direita: Mariana Gomes, Erick Swolkin e Bruna Gaglianone |
Foi com grande euforia que o público carioca recebeu a notícia que, o Teatro Bolshoi iria se apresentar no Theatro Municipal com os repertórios Spartacus e Giselle. O que muitas pessoas ignoravam, entretanto, é que, a companhia russa tinha três bailarinos brasileiros: Bruna Gaglianone, Erick Swolkin e Mariana Gomes.
O Instituto Dell'Arte , proporcionou à nossa escola, um encontro entre esses talentosos bailarinos e nossos alunos. O resultado da noite do dia 19 de junho vocês saberão logo em seguida.
O Instituto Dell'Arte , proporcionou à nossa escola, um encontro entre esses talentosos bailarinos e nossos alunos. O resultado da noite do dia 19 de junho vocês saberão logo em seguida.
Mariana Gomes |
Mariana Gomes, a primeira dos três a ingressar na companhia, trouxe toda sua experiência e com muita generosidade, dividiu com todos as suas primeiras angustias ao entrar na cia, seus medos e inseguranças e nos deu dicas de como superá-los, como usá-los como verdadeira alavanca para que possamos seguir adiante na carreira. Destacou a importância de uma boa base técnica adquirida em sua escola ( Bolshoi de Joinville), pois, " a carreira de um bailarino assim como a aula de ballet, segue etapas que não se pode pular. Como todo dia se faz o plié, tendu, jeté na barra antes de irmos pro centro, deve-se procurar aproveitar muito bem a fase da escola para que ao chegar na vida profissional, o bailarino tenha uma bagagem segura".
Erick Swolkin e Bruna Gaglianone |
Bruna Gaglianone e Erick Swolkin, entraram juntos na companhia a aproximadamente 3 anos atrás e contaram suas primeiras experiências em um país onde não entendia a língua nem a cultura local que se diferencia e muito da do brasileiro. Muitas dificuldades, muito choro e trabalho incessante era parte do cotidiano nos primeiros meses, mas como a vontade de crescer era maior, eles superaram e hoje já falam fluentemente russo, já aprenderam a lidar com a cultura local e estão aproveitando tudo que o país pode proporcionar-lhes, inclusive estão cursando faculdade em Moscou.
Assim como Mariana, foram incisivos quanto a necessidade de se esforçar e aproveitar o período escolar, buscando aprender o máximo possível, confiando em seus mestres e respeitando-os.
Os três cursaram a escola do Teatro Bolshoi do Brasil em Joinville e por isso destacam sempre a importância desta etapa de aprendizado.
O tempo foi curto, pois os bailarinos ainda iriam se apresentar com o ballet Spartacus em poucas horas, mas foi muito proveitoso. Para nós alunos, uma honra, privilégio, e enriquecedor. Saímos certos de que, apesar de difícil, a carreira de bailarino é possível e vale a pena.
Alunos da escola junto dos bailarinos do Teatro Bolshoi |
Obrigado pela generosidade de compartilhar tão valiosas experiências, Renato Vieira, Mariana Gomes, Bruna Gaglianone e Erick Swolkin
Texto: Luan Limoeiro
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