segunda-feira, 5 de junho de 2017

A história de “Les Sylphides”


Les Sylphides - TMRJ

Para entendermos a história de “Les Sylphides” precisamos voltar a 1909, para a estreia dos Ballets Russes de Diaghilev. Em 2 de junho durante a primeira temporada da companhia criada pelo empresário Serguei Diaghilev, acontece no Teatro Châtelet a estréia desse ballet no formato que conhecemos hoje, apresentado por Anna Pavlova, Tamara Karsavina, Vaslav Nijinsky e Alexandra Baldina.

Inspirado em obras do músico Frédéric Chopin, Michael Fokine concebe essa fantasia de evocação romântica, chamada inicialmente Chopiniana e rebatizada por Diaghilev como “Les Sylphides” em homenagem ao primeiro ballet a ser dançado sobre as pontas e grande marco do ballet romântico: “La Sylphide”, criado por Filippo Taglioni para sua filha Marie Taglioni.

“Les Sylphides” é um ballet de um ato que não possui enredo e tem como cenário um bosque povoado de etéreas sílfides que dançam em torno de um poeta, usando inclusive o mesmo modelo de tutu desenhado por Lami para a Taglioni em La Sylphide.

Mas apesar de tantas referências ao glorioso passado do ballet francês, “Les Sylphides” teve também inovação de movimentos, sobretudo de braços, resultado da influência que Isadora Duncan (considerada precursora do ballet moderno) exercera em Fokine durante sua temporada em São Petersburgo.

A obra é considerada maravilhosa sob vários aspectos, mas principalmente pela absoluta unidade da atmosfera, apesar da música ser feita de composições independentes entre si. As obras de Chopin que servem de base ao balé são: Prelúdio, Op.28 nº 7; Noturno, Op.32 nº 2; Valsa, Op.70 nº 1; Mazurka, Op.33 nº 2; Valsa, Op.64 nº 2; e Grande Valsa Brilhante, Op.18.


Les Sylphides. Ao centro Madeleine Rosay, Yuco Lindberg e Marila Gremmo.

 “Les Sylphides” foi o primeiro espetáculo realizado pela Escola Estadual de Dança Maria Olenewa em 19 de novembro de 1927, é uma parte importante da nossa história e esse ano, ele será apresentado no espetáculo em comemoração ao aniversário de 90 anos da escola.


Julia Xavier Pereira (2° Técnico)