sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Composição e Improvisação Coreográfica


Nesta quinta-feira (25), o 3º técnico trouxe para sala de aula seu trabalho de Composição e Improvisação Coreográfica, instruídos pelo professor Paulo Melgaço. 
A turma foi dividida em dois grupos que tiveram como responsabilidade se inspirar em uma mulher histórica que merecesse essa singela homenagem.
Bailarinos: Diovana Piredda, Felipe Viana, Isabela Luz, Katarina Santos, Julia Xavier, Natalia Freire e Tabata Salles em "Anne Frank: palavras não ditas"

 Além disso, utilizar elementos previamente trabalhados em sala de aula, como o uso dos três planos (alto, médio e baixo), o espelho, o canon e o mais relevante: a narração da história de forma não linear. 
Felizmente, contamos com a presença do diretor Helio Bejani, as professoras Marcia Fagionni e Amanda Peçanha de ballet clássico, a professora Monica Barbosa de contemporâneo, a pianista Marisa Tortori. Outrossim, tivemos a presença de Denise Teles, professora especialista na técnica de Laban na Unirio, que havia tido contato com a turma no 1º trimestre do ano apresentando a técnica de Rudolf Laban e Pina Bausch para os alunos. Foi um momento de grandes emoções e sinceros movimentos dos nossos formandos 2018.

Bailarinas: Clara Judithe, Fernanda Lima, Marcella Borges, Olivia Zucarino e Paula Caldas em "Retrospecto Pina"

Texto - Tabata Salles (Formanda 2018)

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

O pano de boca do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e o busto de Eliseu Visconti voltam á cena




Amanhã dia 11 de outubro, será um dia memorável para os amantes do Theatro Municipal. Todos poderão rever o pano de boca pintado por Eliseu Visconti e o seu busto.
Diferentemente dos demais, o busto de Visconti foi instalado sozinho na entrada do Balcão Nobre, de frente para o foyer do teatro. Lá também estão outras obras suas, como as pinturas dos painéis central e laterais e do teto (intitulado “A música”), considerado uma obra-prima da arte decorativa no Brasil.
Dentro da sala de espetáculos (que também tem teto assinado por Visconti), outro tesouro do artista ítalo-brasileiro poderá ser visto pelo público: o pano de boca de 12 x 16 metros, pintado entre 1906 e 1907 em Paris, a partir do tema “A influência das artes na civilização”. Será a primeira ocasião em cerca de dois anos em que o pano descerá diante da plateia — por conta da idade da obra e das engrenagens originais do mecanismo, a direção da casa opta por mostrá-lo apenas de tempos em tempos.
Eliseu Visconti nasceu em Vila de Santa Caterina, Itália, no dia de 30 de julho de 1866. Foi um pintor, desenhista e designer ítalo-brasileiro, considerado um dos mais importantes artistas brasileiros e o mais expressivo representante da pintura impressionista no Brasil.
Por influência de Francisca de Souza Monteiro de Barros, a Baronesa de Guarema, ele veio para o Brasil com sua irmã Marianella, chegando entre 1873 e 1875.
Visconti desejou estudar música, e em 1884, trocou a música pela pintura no Liceu de Artes e Ofícios e na Academia Imperial de Belas Artes, onde recebeu diversos prêmios e medalhas.
Em 1905, recebe em Paris o convite do prefeito Pereira Passos, para executar as decorações do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
 Entre 1905 e 1908, Eliseu Visconti executa o pano de boca, o plafond (teto sobre a plateia) e o friso sobre o palco (proscênio). E entre 1913 e 1916, pinta os painéis do foyer do Theatro, considerados uma obra prima da pintura decorativista no Brasil. Durante esses períodos de permanência na França, no início do século XX.
O tema para o pano de boca “A influência das artes na civilização”, o pintor utilizaria figuras femininas para representar a arte, a ciência, a poesia, a verdade, a música e a dança, em composição de notável equilíbrio, complementadas por retratos de grandes vultos da cultura nacional e internacional. A estética da obra esta demonstrada na elaboração do pano de boca, cujo acervo compõe-se de esboços a óleo, croquis a carvão, apontamentos quadriculares em grandes dimensões e rápidas anotações de cor.                     
 De 1908 a 1913, Visconti é professor da cadeira de Pintura na Escola Nacional de Belas Artes, cargo a que renuncia para retornar à Europa e realizar a decoração do foyer do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, sua obra prima, concluída em 1916.
Após 1920, Eliseu Visconti não mais deixaria o Brasil. A fluência nas diversas técnicas e a maestria com que administra o uso das cores associado aos efeitos de luz tornam-se uma característica de suas telas.
O alargamento do palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, em meados da década de 1930, iria proporcionar a Visconti um retorno às emoções da mocidade. O artista executa um novo friso sobre a boca de cena, em perfeita harmonia com as demais decorações.
Em 1951, Louise Visconti viúva de Eliseu Visconti, doou o busto em bronze do artista, para o Theatro Municipal do Rio de Janeiro, como condição, a viúva pediu que o busto permanecesse para sempre no foyer do Theatro, junto ás obras que o artista considerava as mais importantes que realizara.


Texto - Felipe Bertuci (1° Médio)