segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Curso de férias da Escola Estadual de Dança Maria Olenewa

A chegada das férias, momento tão esperado, para muitos é a época de relaxar, curtir a família, viajar e se divertir, e para os bailarinos, não é muito diferente. O que difere na verdade é que férias, para nós bailarinos, também é época de entrar em forma, trabalhar com calma, sem a correria da rotina e equilibrar corpo e mente.
Pensando nisso é que a Escola Estadual de Dança Maria Olenewa preparou para as férias de 2015 um programa de cursos, para atender a todos os interessados em usar esse período para adquirir ainda mais conhecimentos. Para os bailarinos que visam prestar prova para nossa escola, o curso é uma oportunidade de entrar em contato com os professores da EEDMO conhecendo previamente seus trabalhos, tendo a garantia do trabalho de qualidade que é realizado todo ano na Escola.
Os cursos serão administrados nas dependências do prédio anexo do Theatro Municipal do Rio de Janeiro – Rua Almirante Barroso 14/16 – 3° andar

Segue abaixo as datas e os horários de cada curso:


Nível preparatório

Professora : Rosinha Pulitini
12 de janeiro à 06 de fevereiro – diariamente
09:00 às 10:00 horas

Professora: Paula Albuquerque
12 de janeiro à 30 de janeiro – diariamente
15:15 às 16:15 horas

Nível Básico

Professora : Rosinha Pulitini
12 de janeiro à 06 de fevereiro – diariamente
10:00 às 11:00 horas

Professora: Paula Albuquerque
12 de janeiro à 06 de fevereiro – diariamente
14:00 às 15:00h

Nível Intermediário

Professora Amanda Peçanha
12 de janeiro à 06 de fevereiro – diariamente
14:00 às 15:30 horas

Professor: Victor Ciattei
12 de janeiro à 23 de janeiro – diariamente
15:00 às 16:30 horas

Nível Adiantado

Professora Silvana Andrade
12 de janeiro à 06 de fevereiro – diariamente
10:00 às 11:30 horas

Professora: Rosinha Pulitini
02 de fevereiro à 06 de fevereiro – diariamente
10:00 às 11:00 horas

As informações sobre valores de cada curso poderão ser fornecidas pela secretaria da Escola a partir do dia 05 de janeiro.
Ou pelo telefone: 23329129


Por Luan Limoeiro




segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Tradição Natalina - O Quebra Nozes

Como manda a tradição, dezembro não só é o mês das festas natalinas, como também o mês da tão esperada estréia do ballet O Quebra Nozes no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, e apesar de não ser nenhuma novidade para os alunos da EEDMO, muita gente desconhece que este lindo espetáculo conta com uma participação imprescindível da Escola Estadual de Dança Maria Olenewa e seus alunos.
Bombons
Nossa atual diretora Maria Luisa Noronha é a remontadora oficial deste lindo ballet de Dalal Achcar e, portanto facilita em muito o trabalho de seleção e preparação de nossos alunos que são ensaiados pela Mestra Paula Albuquerque mais conhecida na EEDMO como Tia Paula. Esse convênio de sucesso entre a EEDMO e o TMRJ tem sido de grande importância não só para a perpetuação desse tradicional ballet no palco do mesmo Teatro, como também para o enriquecimento de experiências dos alunos que podem desde cedo aprender a dinâmica de estar em cena numa companhia profissional de alto nível.

Quem já assistiu o ballet que todo ano é encenado já deve ter se divertido com as cenas da grande festa ou caído na gargalha com a cena do primeiro ratinho que é atingido e cai com grito cômico no chão, ou ainda suspirado com a cena encantadora dos bombons no 2° ato. A verdade é que a EEDMO e seus alunos são responsáveis por boa parte do sucesso desta linda produção.
Os Ratinhos no camarim - por Liana Vasconcelos
Arautos do 2° ato - Por Luan Limoeiro
A Escola foi criado em 1927 por Maria Olenewa justamente com esse objetivo, o de ser um celeiro para a companhia já existente. 
Uma parceria tão antiga que alguns dos primeiros alunos a participarem dos primeiros espetáculos deste ballet hoje fazem parte do corpo de baile do TMRJ e muitos são solistas ou Primeiras Bailarinas.
Hoje com essa pequena exposição de fotografias, algumas de bastidores e a maioria amadoras, vamos mostrar o valioso trabalho de Tia Paula e seus alunos , além de muitos outro alunos e ex alunos da EEDMO que são também usados nas coreografias de Amigas de Clara, Soldados, Floco de Neves, Dança Espanhola, Dança Árabe, Dança Russa, Valsa das Flores entre outras.
Formanda 2014 EEDMO Giovanna Lamboglia à esquerda em "amiga de Clara" e Ex aluna EEDMO e atual solista do Corpo de Baile do TMRJ Rachel Ribeiro (quando aluna) no mesmo papel à direita (na temporada 2014 Rachel Ribeiro faz solista de Dança Russa) - Acervo pessoal de Giovanna Lamboglia
Alunos Felipe Viana e Luan Limoeiro em "Soldados" (bastidores) - por Felipe Viana
Ex Aluna Andressa Viana em "Flores" (bastidores)
Pajem e abanadores de Dança Árabe (bastidores ) - Por Luan Limoeiro
Aluno Luan Limoeiro e ex- aluna Martha Batista em Dança Espanhola (bastidores) 
Ao centro Carlos Cavalcante como o cozinheiro acompanhado das gelatinas (bastidores) - por Luan Limoeiro
Ex Aluna Liana Vasconcelos em "Flocos" (bastidores)
Com isso temos a certeza que o desejo de Maria Olenewa, fundadora de nossa querida escola, está sendo realizado ao integrar a sua escola ao Theatro Municipal proporcionando aos seus alunos oportunidades valiosas de aprendizado e um futuro local de trabalho onde já preparados poderão brilhar e encantar o público. São 87 nos de parceria.

Portanto é com muito orgulho e carinho que convidamos a todos para assistir a temporada de 2014 de O Quebra Nozes no Theatro Municipal  nos dias 17, 18, 19, 20, 21, 26, 27, 28 e 29 de dezembro. Lembrando que 1hora antes do espetáculo o Professor da EEDMO e palestrante do TMRJ Paulo Melgaço oferecerá a todos os portadores do convite para o dia uma instrutiva palestra sobre o ballet.



                                                                                     Por Luan Limoeiro




quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Maria Angélica Faccini



A dança se despede de uma de suas grandes estrelas: Maria Angélica Faccini. Sua Missa de Sétimo Dia será rezada às 18h30m do dia 12/12, sexta-feira, na Igreja de Santa Mônica, à Avenida Ataulfo de Paiva, 527, esquina com Rua José Linhares, Leblon.



Para relembrar um pouco de sua carreira:



Maria Angélica Faccini Tavares Bastos nasceu em 5 de maio de 1933, e já menina mostrava-se interessada na dança. Após uma apresentação na escola, a irmã de uma colega parabenizou o talento da menina e aconselhou seus pais a matricularem-na na Escola de Danças Clássicas do Theatro Municipal, onde ela aprenderia Ballet.


Maria, então, iniciou seus estudos com Yuco Lindberg na Escola de Danças Clássicas do Theatro Municipal (hoje EEDMO) em 1945, fazendo sua estreia no Ballet da Juventude em 1947. Em 1948 foi para os Estados Unidos estudar com Igor Schwezoff e na escola do American Ballet Theatre (ABT).


De volta ao Rio em 1949, dançou com o Ballet Society e , a partir de 1959, foi nomeada primeira bailarina do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Participou de várias viagens ao exterior com a tournée pelo oriente em 1954, com a “Companhia de Paul Szilard”. Em 1955 retorna ao American Ballet Theatre convidada a atuar como solista. Entre seus principais papeis estão: Valsas de Esquina, Dança das Horas (ambas coreografias de Igor Schwezoff, Ballet da Juventude – 1947) e Mancenilha (coreografia de Madeleine Rosay, Theatro Municipal do Rio de Janeiro – 1953). Ainda dançou com a Fundação Brasileira de Ballet e a Associação de Ballet do Rio de Janeiro. Nas palavras de Eliana Caminada: “Além do físico privilegiado, mesmo para os padrões atuais, era belíssima como mulher e como pessoa”. Tatiana Leskova, que acompanhou toda sua carreira e dividiu diversas cenas com ela afirmou na sua pagina nas redes sociais que ela “ foi um exemplo de Bailarina, com B maiúsculo mesmo”.


Maria Angélica, apesar de não ter tido uma carreira longa, foi uma bailarina cujo repertório inclui todos os grandes Ballets clássicos. Nós alunos da Escola Estadual de Dança Maria Olenewa em muito nos orgulhamos em estudar nesta escola que formou ao longo de sua trajetória grandes nomes do Ballet brasileiro.


À Maria Angélica as nossas reverences e agradecimentos por ser uma de nossas fontes de inspiração.

“No Lago dos Cisnes todas as atenções se voltaram para Maria Angélica, que tem um largo futuro diante de si. Dança, aparentemente sem esforço, como se obedecesse a um impulso interior e são belas suas atitudes e movimentos, e limpas as suas piruetas, sem apoio. Não foge, nos solos, a dificuldades, e é sempre precisa e correta com o apoio do encanto de sua figura.”
                                                                - "Mario Nunes, Jornal do Brasil, 1 de julho de 1950.



 Giullia Rossi

domingo, 30 de novembro de 2014

Ex-aluna da EEDMO ganha prêmio alemão de dança - Bruna Andrade

(Arquivo pessoal)
Foi com grande alegria e, porque não, euforia que neste domingo (30/11), ao abrir matinalmente a Revista do jornal O Globo pude ler a feliz entrevista com a bailarina Bruna Andrade que recentemente ganhou o prêmio De Faust (Oscar Alemão da dança) na categoria “atuação em dança”.
Minha alegria tomou proporções superlativas quando li que a premiada bailarina havia se formado no Brasil pela Escola Estadual de Dança Maria Olenewa. Sim, nossa escola mais uma vez nos surpreendendo. 

Não é novidade que a EEDMO sempre foi o maior celeiro de grandes bailarinos brasileiros, muitos dos quais ocupam os principais cargos dentro das mais variadas companhias de dança pelo mundo, entretanto sempre me surpreendo quando descubro mais um nome da lista de ex-alunos que atingiram destaque dentro do cenário das Artes.

A Carioca Bruna Andrade começou a fazer ballet com 3 anos de idade, mas foi aos 13 anos, depois de ter sido reprovada na EEDMO pela professora Clélia Serrano que Bruna decidiu de fato que iria se dedicar ao Ballet Clássico. Foi como se Bruna estivesse precisando de uma atenção especial, de alguém que olhasse e notasse seu potencial. 

“- Ela disse que poderia ter me passado, mas decidiu me reprovar. Isso fez com que eu desejasse aquilo para mim. Decidi ser bailarina – reflete.”

E foi com 15 anos que ela então, após participar do Seminário Internacional de Dança de Brasília, ganhou uma bolsa de estudos para a Escola de Dança Tanzstiftung Birgit Keil diretamente pelas mãos da estrela do ballet alemão Birgit Keil. Formou-se em três anos, e foi contratada como solista pela sua atual companhia de dança, o Ballet Estadual de Karlshure, onde dançou os papéis principais de obras consagradas como “O lago dos Cisnes, La Bayadere, Coppelia e O Quebra Nozes.

Bruna como Odette em O Lago dos Cisnes (arquivo pessoal).

Com 27 anos, Bruna disputou com Alicia Amatriain, do Stuttgart Ballet e Sayaka Kado, do Ballet de Nuremberg pelo prêmio na categoria em que foi vencedora. O prêmio veio após o reconhecimento por sua atuação em “Der Fall M”, Obra do coreógrafo Reginaldo Oliveira, outro carioca, baseado na tragédia grega, Medeia.

Terminei de ler a matéria com uma indisfarçável sensação de contentamento. Não é orgulho, é certeza. A despeito de muitos que desacreditam no trabalho diferenciado que a escola proporciona, e no suor e potencial de cada aluno, a EEDMO continua sendo um dos principais celeiros de grandes artistas brasileiros. E nós alunos e ex-alunos, estamos no mundo e fazendo arte de qualidade!
Tradição e Amor, um viva a Maria Olenewa.

Luan Limoeiro

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Integração Entre a EDMO e o TMRJ

Maria Olenewa, bailarina russa, chega ao Brasil em 1918, em espetáculo da companhia de Anna Pavlova, da qual fazia parte. Ao retornar ao país em 1923, após atuar como bailarina e professora na Argentina – Teatro Cólon , junta-se a Mário Nunes, crítico teatral, fundando a Escola de Danças Clássicas do Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

A escola foi a primeira profissionalizante do país, sendo oficializada pelo Theatro Municipal do Rio de Janeiro (TMRJ) em 1931, e em 1936 contribuiu para a formação da primeira geração de bailarinos do mesmo teatro. Vale ressaltar, que essa geração de 1936 foi inteiramente formada por bailarinos oriundos da escola. Continuando o processo de encaminhamento dos bailarinos da escola para o TMRJ, em 1937, Bronislava Nijinska – em visita ao Rio de Janeiro – indicou a bailarina e aluna da escola, Madeleine Rosay, que fora nomeada como primeira-bailarina.

A partir de então, muitos nomes de destaque passaram a fazer parte tanto da história da Escola quanto do Theatro. Podemos citar uma infinidade, dentre eles Mercedes Baptista, a primeira negra que integrou o Corpo de Baile em 1948, o eterno Dr. Coppelius Dennis Gray, que tornou-se Primeiro Bailarino em 1949, e as Primeiras Bailarinas, Bertha Rosanova, Tamara Capeller, Ady Addor, Ruth Lima, Eleonora Oliosi, Cristina Martinelli, Heliana Pantoja e Nora Esteves.

Mais tarde, Jacy Jambay, Luciana Bogdanish, Elizabeth Oliosi, Edy Diegues e Teresa Augusta também formadas pela escola, entram para o Corpo de Baile. As mesmas fazem parte do atual quadro de professores da Escola.

Grande parte do Corpo de Baile do Teatro é formado, hoje, por bailarinos provindos da escola. Os Primeiros Solistas Cícero Gomes, Deborah Ribeiro, Karina Dias, Priscila Albuquerque, Priscilla Mota, além das Primeiras Bailarinas Aurea Hammerli, Cláudia Mota, Márcia Jaqueline e Nora Esteves. Não podemos deixar de citar os grandes nomes por trás das produções, que também tiveram passagem pela EEDMO em sua formação, como o do atual Diretor Artístico do Ballet do Theatro, Sérgio Lobato, das ensaiadoras Marcia Faggioni, Norma Pinna e da professora Teresa Augusta, dentre muitos outros.

É com muito orgulho, que a atual escola do teatro carrega hoje em seu nome uma homenagem para a fundadora. A Escola Estadual de Dança Maria Olenewa (EEDMO) exerce seu papel fundamental, de ideologia de Maria Olenewa, de proporcionar bailarinos da escola não somente para a participação, como estagiários, nos espetáculos da Companhia do Ballet do TMRJ, mas também para a futura integração efetiva no Corpo de Baile do Theatro.

Dentre as produções mais recentes apresentadas como O Quebra Nozes, La Bayadère e Coppélia, os repertórios contaram com a presença dos alunos da EEDMO, dando continuidade a vontade de Maria Olenewa. O Theatro Municipal do Rio de Janeiro além de já ter contado com a presença dos alunos de sua escola, pode ter a certeza de que continuará contando com eles para as futuras produções.

Aline Lipszic Rzetelna – Formanda 2014

domingo, 26 de outubro de 2014

Inscrições abertas!


Estão abertas as inscrições para as provas de admissão na EEDMO. Para a inscrição é necessário apresentar:

- 2 fotos 3x4
- certidão de nascimento
- atestado médico
- atestado de escolaridade
- comprovante de residência


As inscrições se encerram em breve! Mais informações: (21) 23329129.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Aula Pública



Nestas segunda e terça-feira (13 e 14 de outubro/2014), os alunos da Escola de Dança Maria Olenewa viveram uma incrível experiência realizando uma aula pública no mais importante ponto de cultura da Zona Norte do Rio de Janeiro. Na casa de espetáculos – Imperator. Este que fez história no Rio com shows e filmes que marcaram a vida de muitos cariocas. Um espaço completamente dedicado à arte em suas diversas vertentes, abrindo espaço para o trabalho com formação e pensamento artístico. O palco desta famosa casa de shows foi abrilhantado com um belo espetáculo das futuras bailarinas(os) que mostraram o trabalho árduo que fazem todos os dias, para pais, familiares e todos que tiveram a oportunidade de assistir os frutos de um trabalho sério, feito com muita dedicação e profissionalismo.

Esta realização ocorreu principalmente com o apoio e dedicação dos professores Luciana Bogdanich, Hélio Bejani, Paula Albuquerque, Amanda Peçanha e Victor Ciattei que organizaram este evento conjugando empenho e criatividade, rotina e beleza com profissionalismo e versatilidade. "É uma rotina dura, as aulas com os professores, mas eles nos oferecem apoio, trabalho, aprendizado e conquistas."


Das turmas do preliminar ao 3º técnico (formandas), participaram dessa noite especial, jovens talentos que com disciplina e garra representam a escola. O empenho, a dedicação e a rotina de incansáveis exercícios fazem parte da formação como artistas e bailarinos, familiarizando-os com os palcos e vivenciando experiências singulares e emocionantes que só o palco pode proporcionar. Realizado através da Associação de amigos da dança – AMADANÇA, que juntamente com o corpo docente da escola, acreditam no esforço e talento de cada aluno, que futuramente possa tornar-se um renomado bailarino(a). “Esta apresentação contribuiu para cada um de nós, alunos.” “As peças chaves neste desenvolvimento foram os professores, juntamente com a nossa Diretora Maria Luisa Noronha que buscam aprimorar o trabalho e o talento de cada aluno.” É uma trajetória que contribui de forma positiva para vida nos palcos e fora dele.



domingo, 12 de outubro de 2014

Corpo da Cidade

De top, tutu e cabelos soltos, a bailarina dança na cidade. Exibido em 30/09 no Teatro B do anexo do Theatro municipal, o curta "Corpo da cidade" provoca a reflexão a cerca da relação entre dança e o espaço.

Tiago Saldanha, o diretor, e Liana Vasconcelos, a bailarina, formaram-se em Produção Cultural na UFF e conheceram-se no lançamento de um livro. Liana tinha o hábito de fotografar poses de ballet em lugares diversificados. Tiago gostou da ideia e propôs sua aplicação em vídeo para que o movimento pudesse ser capturado. Ao realizar um teste com o celular, na região portuária do Rio, os dois obtiveram excelente resultado e retornaram na semana seguinte.

A proposta inicial era de que a filmagem acontecesse em diversas partes do Rio. O efeito das obras e dos destroços de uma zona em processo de gentrificação, contudo, fizeram com que todas as cenas do curta fossem gravadas naquele local.

Em 4 meses de gravação, o acaso auxiliou a superação de dificuldades, como: conseguir permissão para filmarem em locais públicos (como no teto do MAR (Museu de Arte do Rio), onde se passa a última cena), conseguir ajuda profissional para gravar, contar com apoio e ajuda de amigos e conhecidos (como foi essencial a de Regina Miranda, que assina a concepção coreográfica) entre vários outros desafios.. Uma matéria do jornal O Globo contribuiu para a popularidade do curta e para as permissões para filmagens, além de algumas coincidências, como a poeira,o ferro retorcido e o guindaste, que foram essenciais para a riqueza das cenas.

A trilha sonora foi perfeitamente encaixada nos movimentos de Liana, que dançou no silêncio durante as gravações, pelo editor Diego González. Segundo Tiago e Liana, um dois maiores desafios foi a edição das quatro horas de filme.


Liana e Tiago, depois da exibição de "O corpo da cidade".
Como bailarina, Liana considerou a experiência libertadora. Perfeccionista e apegada às regras do ballet clássico, Liana disse que a percepção do espaço transformou sua relação com a dança. Na cidade, além de bailarina, ela sentiu-se artista e cidadã. Sob essa nova perspectiva, Liana convidou as alunas a abrirem suas mentes e "pensar fora da caixinha de música"

"O corpo se joga no espaço, cria a partir dele, apesar dele e com ele. Sente, absorve, mistura, transforma e devolve. A partir do concreto, surge o abstrato.O corpo-homem e o corpo-cidade dançam juntos, em uma coreografia urbana...arquitetura viva. Cartografia em constante re-des-construção."

Trecho do texto "Corpo da Cidade" para o projeto Toda Poesia


Texto: Giulia Rossi e Hanna Vitória

sábado, 27 de setembro de 2014

Luz, câmera, ação! Corpo na Cidade

Na próxima terça-feira (30) será exibido no Teatro B o filme Corpo da Cidade, e você é nosso convidado!

Filme curta-metragem em que uma bailarina se lança na cidade em plena transformação urbana.

Direção: Thiago Saldanha

Bailarina: Liana Vasconcelos

Após a exibição haverá um bate-papo com a plateia.


segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Ceme Jambay e a Dinâmica Muscular


“Jogue-se pra esquerda, jogue-se pra direita” “Solte-se, espreguice”

Com sua voz calma e grave, Ceme Jambay, que completou 80 anos em julho, ainda ministra aulas de Dinâmica Muscular, método criado pelo próprio e registrado em 03 de março de 2004, na Biblioteca Nacional (registro nº 312.833 livro 570 folha 493).

Ceme começou a apreciar a dança motivado por filmes antigos que assistia na adolescência, em Curitiba. Entrou no ramo quando se inscreveu em um programa de operetas, que precisava de bailarinos homens. Iniciou seus estudos de Ballet sob a direção técnica da professora Nina Brumziene e do professor Tadeu Morozowidz. Incentivado pelos professores veio para o Rio de Janeiro e ingressou na Escola de Danças Clássicas do Teatro Municipal, onde se formou no ano de 1958. Foi fundador e diretor do Corpo de Baile do T
eatro Guaíra, em Curitiba.

Observador, Ceme começou a questionar a rigidez do trabalho físico no Ballet e sua eficácia. Iniciou, então, uma pesquisa de trabalho muscular que atendesse às necessidades do corpo, trabalhando força e flexibilidade, sem afetar a saúde física dos bailarinos. A partir do estudo do movimento e anatomia, Ceme desenvolveu um novo método para auxiliar o bailarino: a Dinâmica Muscular.

A aula, com base no balé clássico, é constituída de exercícios fluentes, no chão, que trabalham as articulações, principalmente dos pés e quadril, isometria, flexibilidade, respiração, consciência corporal e rotação interna e externa das coxas. O método foi criado nos anos 90 como uma pré aula para bailarinos e busca gastar o mínimo de energia com o máximo de eficácia. Hoje,por se revelar extremamente benéfica para a saúde do corpo e mente, a Dinâmica Muscular é praticada até por quem não é bailarino pois, embora possua base no clássico, não requer nenhum conhecimento prévio.



Ceme Jambay continua ministrando suas aulas de Dinâmica Muscular e aperfeiçoando-as a cada dia para atender às necessidades de seus alunos. Ceme é um pesquisador do movimento. Suas alunas, hoje professoras, aplicam o método da Dinâmica Muscular em suas aulas. dando continuidade ao trabalho do Mestre

Giulia Rossi.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

A dança se despede de Aldo Lotufo

 Na madrugada desta quarta-feira (17) faleceu Aldo Lotufo, aos 89 anos. Aldo foi primeiro bailarino do Theatro Municipal do Rio de Janeiro durante 30 anos, estava internado havia aproximadamente um mês devido a forte pneumonia. Aldo foi um grande nome do TMRJ, foi o primeiro bailarino a dançar a versão completa dos ballets "O Lago dos Cisnes" e "Giselle" no Brasil. Ao Lado de primeira-bailarina absoluta Bertha Rosanova, formou um casal de peso para o ballet brasileiro.

O Tour En L'Air se sensibiliza com a perda de mais um grande nome da dança brasileira, nome este que tanto nos brindou com sua arte. À Aldo nossa homenagem.
Ao lado da partner Bertha Rosanova em O Lago dos Cisnes.

Entre alunos da EEDMO na comemoração dos 85 anos da escola.

Encontro com Regina Sauer


 Por ocasião dos 10 anos do Tour em L´air, mais um grande encontro foi promovido. Dessa vez, a convidada foi a bailarina, coreógrafa e diretora da Cia Nós da Dança, Regina Sauer. Ela falou sobre sua carreira, sobre as possibilidades do mundo da dança, sobre sua companhia, sobre processo de criação e sobre a importância do estudo para o bailarino. Com certeza inspirou ainda mais os alunos nesta carreira, que todos sabemos, se constrói arduamente e em meio a muitos obstáculos.

Apesar de seu primeiro contato com a dança ter sido cedo, através do jazz, sua experiência com o ballet pode ser considerada tardia. Somente aos dezoito anos, quando percebeu que queria seguir essa carreira, iniciou seus estudos na dança clássica, tendo sido aluna de grandes nomes como Eugenia Feodorova. Após sua profissionalização, aos 18 anos, fez vários trabalhos em comerciais, convenções e na televisão, como na novela “Baila Comigo”. Em 1982, cria com suas amigas a Cia Nós da Dança, que em 2014 completa 33 anos de existência, se tornando uma das poucas companhias independentes que sobrevive por tanto tempo sem cessar suas atividades. Em 1978 foi a primeira vez a Nova Iorque para estudar, tendo retornado a cidade em 1979 e em 1982. Essa viagem, afirma nossa convidada, foi fundamental para seu contato com a dança moderna, a qual irá trazer para o Brasil e injetar em sua companhia. Em Nova Iorque fez aula na Alvin Ailey American Dance Center, Martha Graham School e Steps on Broadway.

Em 1989, Regina funda com seu marido, Fernando Fileto, o Centro de Artes Nós Dança que está na ativa até hoje e funciona em Copacabana. Nele, Regina também assume um papel que sempre lhe deu prazer e do qual afirma: nunca se cansou, o de professora. A partir de 1999, ela também passa a atuar no carnaval carioca, coreografando comissões de frente, entre elas, Salgueiro, Imperatriz Leopoldinense e Porto da Pedra.



Cia Nós da Dança no espetáculo Bossa Nova, 2009.

No decorrer da palestra, Regina Sauer afirmou que uma das coisas mais importantes para o bailarino é a versatilidade. O corpo deve ser capaz de entender qualquer linguagem e os caminhos se abrem para o profissional que amplia sua bagagem. Por esse motivo, seu centro de dança trabalha prezando todas as modalidades (jazz, ballet, moderno etc), acreditando que cada uma completa a outra.

O estudo foi outra questão bem demarcada pela convidada, não somente o estudo de outras técnicas, como por exemplo a dança popular, mas também de matérias como história da dança. Segundo ela: “Esse é o momento de “engolir” informação, esse alimento é muito importante para o futuro”. É necessário, igualmente, desmistificar a ideia de que bailarino só sabe trabalhar com o corpo.

Regina ao lado da professora Beth Oliosi e das formandas.
Ao final desse grande encontro, Regina Sauer deixou palavras de incentivo para os alunos da Escola, nos fazendo perceber que a dança abre um leque de possibilidades: “...pensem que o caminho pode se ser desdobrado em outras coisas”. Também deixou bem claro que a dança é uma religião, que exige uma entrega ímpar. Para alcançar algum resultado o bailarino deve estar inteiro e ancorado no que está fazendo. Após a palestra, fica evidente que conhecer sobre essa personalidade é fundamental para entender e adentrar, de fato, no universo da dança no Brasil, pois seu trabalho se tornou essencial não só para sua companhia, como também para todos nós da dança.
Da esquerda: Teresa Augusta, Regina Sauer, Beth Oliosi, Paulo Melgaço e Hélio Bejani.
Maria Luiza Patury

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Conversando com... Regina Sauer!

Todos convidados! O Tour En L'Air convida à todos para este bate-papo com mais um grande nome da dança. O Teatro B fica dentro do Anexo Theatro Municipal que fica na Av. Almirante Barroso nº 14/16.


quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Mercedes Baptista: Um Legado Para a Dança Brasileira





É com muita tristeza que a dança se despede de um grande ícone. Morreu nesta segunda-feira, 18 de agosto de 2014, Mercedes Baptista. Primeira bailarina negra do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, nascida em 1921, em Campos dos Goytacazes, mudou-se para o Rio de Janeiro onde exerceu diversos trabalhos. Neste período, despertou seu interesse pela dança e deu início a sua brilhante trajetória.

Começou seus estudos no ballet e na dança folclórica com Eros Volúsia (bailarina cujas danças eram carregadas de cultura brasileira). Em 1940, integra a Escola de Danças do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, onde teve aulas com grandes nomes como Maria Olenewa, Yuco Lindberg e Vaslav Veltchek. Entra para o corpo de baile do mesmo teatro em 1947, apesar disso, atuou em poucos espetáculos da companhia devido ao preconceito racial bastante presente nesta época.

Em 1950, distancia-se do Theatro Municipal, a convite de Katherine Dunham (coreógrafa, antropóloga e militante afro-americana), indo para os Estados Unidos, onde teve aulas de dança moderna, danças do Haiti e participou da luta pela valorização racial.
Retornando ao Brasil, em 1951, fundou o Ballet Folclórico Mercedes Baptista, que ganhou visibilidade e apresentou-se pela Europa e América do Sul, composto por bailarinos negros que divulgavam a cultura negra e afro-brasileira através da dança moderna. 

Em seu currículo, coreografou para cinema, teatro, televisão, escolas de samba, além de ter ministrado cursos fora do Brasil e de ter sido responsável por incluir a disciplina dança afro-brasileira na Escola de Danças do TMRJ. Mercedes Baptista merece destaque por conseguir superar todas as dificuldades raciais e ainda assim construir uma brilhante carreira na dança e deixar à ela um grande legado, ao trabalhar em prol da valorização dos negros na arte, principalmente, na dança. Por ter atuado nesta grande conquista, a Escola de Danças guardará sempre em sua memória esta marcante e batalhadora ex-aluna.


Aline Lipszic Rzetelna (Formanda 2014)

domingo, 22 de junho de 2014

Inspiração Para Nossas Sapatilhas


Na noite de quinta-feira, dia 5 de junho, os alunos da Escola Estadual de Dança Maria Olenewa tiveram o privilégio de presenciar uma palestra com a primeira bailarina Nora Esteves, ex-aluna da Escola de Danças Clássicas do TMRJ hoje Escola Estadual de Dança Maria Olenewa.  O evento teve como introdutor o ex-diretor do Corpo de Baile do TMRJ Hélio Bejani.  Na abertura foram exibidos os balés Cantabile e D.Quixote, seguidos de comentários feitos pela própria bailarina, após tais comentários iniciou-se a uma deliciosa conversa de nossa convidada nos contando os caminhos de sua carreira.

Sobre sua carreira

Sua trajetória é fascinante, conforme podemos ler em seu site (www.noraesteves.com.br), aos oito anos entrou para a Academia de Ballet Tatiana Leskova. Meses depois, paralelamente ingressou na Escola de Danças Clássicas do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, hoje Maria Olenewa. O currículo era de sete anos, mas Nora o fez em cinco, por superar as notas exigidas para passar de ano. Naquele período quem obtinha média acima de determinada nota, pulava um ano.

Aos 14 anos fez exame para o Corpo de Baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, passando em 1º lugar numa banca presidida por Igor Mosseiev. Durante três anos dançou no conjunto, quando a convite de Tatiana Leskova, que então dirigia o Corpo de Baile do Theatro Municipal, chegou ao Brasil William Dollar, coreógrafo do American Ballet Theatre de Nova York.

W. Dollar montou três programas: No primeiro, deu a Nora um solo, “Bolero” e um “pas-de-deux” no ballet “Divertimento”, com música de Britten. No segundo programa, no ballet “Constância”, com música do 1º Concerto para piano e orquestra de Chopin, ballet inspirado na vida de Chopin, Nora fez o papel de George Sand. No terceiro programa, Dollar convocou Nora para o papel de Clorinda, no ballet “O Combate”, com música de Banfield.

Ao término desta temporada, o então Diretor do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Dr. Murilo Miranda, concedeu a Nora Esteves o título de 1ª bailarina, graças à iniciativa de William Dollar, que, destacando-a do conjunto do Corpo de Baile, revelou seu talento ao grande público. Um ano depois, Murilo Miranda foi para o Conselho Nacional de Cultura e viajou para os Estados Unidos. Em Nova York entrou em contato com o Joffrey Ballet, onde solicitou e obteve dessa escola uma bolsa de estudos para Nora Esteves.

Uma carreira internacional

Por conta dos trabalhos com George Skibine no Brasil, Nora foi por ele convidada um ano depois, para fazer o papel-título de Sheherazade, com coreografia do próprio Skibine, em Paris, sob a direção geral de Robert Hossein, espetáculo filmado pela Televisão Francesa. Nora permaneceu na França, por cinco anos. Lá participou das seguintes companhias:
- Théâtre Populaire de Reims (Hossein/Skibine);
- Les Ballets de Marseille (Roland Petit);
- Ballet Théâtre Contemporain em Angers (Cartier/Adrêt);
- Ballet Théâtre Français de Nancy (Cartier/Trailine);
- Ballet da Ópera de Munique.

Durante sua permanência no Ballet Théâtre Français, a Televisão Francesa realizou um documentário intitulado “Une Etoile de la Danse”, registrando cenas do quotidiano da artista. Como bailarina convidada participou por diversas vezes das temporadas do Teatro Massimo de Palermo. À convite de Tatiana Leskova fez o principal papel em “O Quebra-Nozes” em Hong Kong com o Hong Kong Ballet Company, tendo como partner Jean Claude Ruiz.

De volta ao “nosso encontro”

Nora Esteves também destacou a importância da mestra Tatiana Leskova em sua formação artística, considerada por ela como sua mãe na dança. Falou com carinho sobre seu período na Escola de Dança. Quanto a sua opção de voltar para o Brasil e continuar aqui sua careira profissional, disse ser uma opção consciente e apesar dos inúmeros convites para prosseguir no exterior considera que aqui teve belos momentos.

Da esquerda: Teresa Augusta, Paulo Melgaço, Hélio Bejani, Nora Esteves e Beth Oliosi.

Ao ser questionada por uma de nossas alunas em que Companhia teria sido mais feliz, Nora respondeu com a tranquilidade e firmeza características da sua personalidade:
-Aqui! Aqui na companhia deste Theatro. Aqui é a minha casa.

Na plateia nossa professora Teresa Augusta, aplaudiu emocionada as palavras da colega de trabalho e amiga. Nora Esteves com seu diálogo calmo e sincero ao responder perguntas das alunas de nossa escola tornou este encontro um momento de grande inspiração. Suas palavras de sabedoria, sua carreira fantástica e sua contribuição para o mundo da dança, bem como para o ballet brasileiro, é algo de valor inestimável.

Texto: Alicia Brandão

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Uma lembrança ... Uma homenagem...

Gilberto Motta (1933 - 2014)


A DANÇA PERDEU NESTE MÊS DE MAIO UM DOS SEUS MAIS IMPORTANTES PERSONAGENS. GILBERTO MOTTA FALECEU NO DIA 15, DEIXANDO UMA EXPERIÊNCIA DE VIDA RARA PARA AQUELES QUE COM ELE TIVERAM A OPORTUNIDADE DE CONVIVER E TRABALHAR.

HOMEM DE TELEVISÃO E TEATRO, COREÓGRAFO ATUANTE NA INTRODUÇÃO DA DANÇA MODERNA E CONTEMPORÂNEA, GILBERTO TRANSITAVA COM GRANDE FACILIDADE NO MEIO ARTÍSTICO. TEVE COMO MESTRES NOMES COMO EDUARDO SUCENA, MARILA GREMO, MARIA RUANOVA, LUBOV IGOROVA, AUREL MILLOSS.

INTERESSADO PELA DANÇA MODERNA, SEGUIU PARA OS ESTADOS UNIDOS ONDE ESTUDOU COM JOSÉ LIMÓN E DORIS HUMPHREY. ESTA DESCOBERTA FOI IMPORTANTE NA DEFINIÇÃO DE UM ESTILO PRÓPRIO RESULTANDO, EM 1958, NA CRIAÇÃO DO SEU PRÓPRIO GRUPO – BALLET CONTEMPORÂNEO.


PERSONALIDADE INVESTIGATIVA, GILBERTO ESTUDOU MÍMICA COM MARCEL MARCEAU EM PARIS E SOCIOLOGIA DA COMUNICAÇÃO TELEVISIVA, CENOGRAFIA E FIGURINOS PARA TV EM ROMA, O QUE O DISTINGUIRIA, ATÉ OS DIAS ATUAIS, COMO UM COREÓGRAFO SÓLIDO E PREPARADO PARA EXERCER A PROFISSÃO ESCOLHIDA.

ATUANTE NA CRIAÇÃO PARA AS MAIS IMPORTANTES COMPANHIAS, ENTRE ELAS O BALLET DO RIO DE JANEIRO E O BALLET DO THEATRO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO. PARA ESTE ÚLTIMO, A SUA VISÃO DOS ROMANCES DE JORGE AMADO “GABRIELA” E “QUINCAS BERRO D’AGUA  E TAMBÉM “O PADRE E A MOÇA” DA ANTOLOGIA POÉTICA DE CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE REVELAVA A SUA INTIMIDADE COM TEMAS BRASILEIROS; ALÉM DE COMPOSITORES QUE O INSPIRAVAM DE MANEIRA ESPECIAL, TAIS COMO BACH, HAENDEL,  HEKEL TAVARES E MIGNONE.

A SUA VERSATILIDADE E PERSONALIDADE INQUIETA O LEVARAM À TELEVISÃO, QUANDO EM 1963 CRIOU UM CORPO DE BAILE PARA A TV EXCELSIOR NO RIO DE JANEIRO. IDEIA PRECURSORA QUE ENCONTROU ECO EM OUTRAS EMISSORAS. NOS ANOS OITENTA, GILBERTO DIRIGIU TAMBÉM VÁRIOS QUADROS PARA O PROGRAMA FANTÁSTICO – O SHOW DA VIDA, UM DOS MAIORES SUCESSO DA  TV GLOBO NAQUELE PERÍODO.
NOS ANOS NOVENTA, GILBERTO FOI PROFESSOR DA ESCOLA ESTADUAL DE DANÇA MARIA OLENEWA OCUPANDO  AS CADEIRAS DE COMPOSIÇÃO E IMPROVISAÇÃO E DANÇA MODERNA, ORIENTANDO OS ALUNOS QUE ABSORVIAM DELE NÃO SOMENTE AS PARTES PRÁTICA E TEÓRICA, MAS TAMBÉM A SUA VIVÊNCIA ARTÍSTICA.

 MARIA LUISA NORONHA, DIRETORA DA EEDMO, EM NOME DO CORPO DISCENTE, HOMENAGEIA GILBERTO MOTTA, O GRANDE COLABORADOR QUE SOUBE ENGRANDECER A DANÇA BRASILEIRA, DEIXANDO UM IMPORTANTE LEGADO AOS ALUNOS DA NOSSA ESCOLA.

A ESTE TRIBUTO UNEM-SE COLABORADORES E SEGUIDORES DO TOUR EN L’AIR. 

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Como tudo começou...

Em 2004, alunos da EEDMO sob orientação dos professores Paulo Melgaço e Beth Oliosi criaram um canal de comunicação e divulgação que atingisse o corpo discente, pais e aqueles interessados pelos acontecimentos da EEDMO. O boletim teria seus textos historiados pelos próprios estudantes, promovendo uma nova expectativa entre eles e o mundo da dança.

Sobre esta proposta, assim se referiu naquela ocasião, Maria Luisa Noronha (diretora da EEDMO) “Eu acho que um informativo é muito importante” concluindo ... “Tem que ser dinâmico e interessante”.




A partir de 2005, após um ano de existência, o Tour En L’Air passou ter seus textos e imagens vinculados nos sites da EEDMO (www.eedmo.rj.gov.br) e da Revista da Dança (www.revistadadança.com.br) além de publicados em papel.

Em 2010 o boletim abandonou o papel ficando apenas na internet. Sendo então criado o atual Blog, hoje também vinculado a uma conta no Facebook.

O Blog e o perfil do Facebook tem visualização constante dos alunos da EEDMO além de vários amigos e admiradores.

Hoje Tour En L´Air está sendo frequentemente visitado por todos aqueles interessados sobre o fascinante mundo da Dança, indo muito além da sua proposta inicial.
 

Fernanda Loppi, uma das alunos que participaram da criação do Boletim Informativo nos conta um pouco como foi:




"Gostaria de dizer que eu estou muito feliz e orgulhosa de ter feito parte da equipe do Tour En L'Air, na qual eu participei da construção e do desenvolvimento. Lembro também o quanto eu batalhei pelo nome Tour En L'Air. Eu dizia que o nome para mim, além de ser um passo de dança, significaria um tour pela dança em sua totalidade porque a EEDMO consiste em todos os tipos de dança. Cada aluna ou aluno que se forma leva um olhar diferente de sua dança porque cada um tem a dança no seu coração de maneira diferente e vai levá-la para sempre. Vivi uma vida na EEDMO que me ensinou muito e com o Tour En L'Air continuo em contato com o que acontece aí apesar das novas carinhas que não conheço, mas que vão continuar mantendo-o vivo por muitos anos Mil beijos!" Fernanda Loppi de Faria Neves.




terça-feira, 29 de abril de 2014

Dia Internacional da Dança



O dia internacional da dança se dá no dia 29 de abril, data de nascimento de Jean-Georges Noverre.

Noverre foi importantíssimo para o mundo da dança e atuou como bailarino, coreógrafo e escreveu Letters sur la Danse et sur lês Ballet.

Todos os anos, uma mensagem diferente é transmitida pelo Comitê Internacional de Dança (CID) em homenagem a esse dia. O autor da mensagem de 2014 é Mourad Merzouki, um coreógrafo e bailarino francês. Confira:

sábado, 29 de março de 2014

A Bailarina que a Dança Escolheu

Tatiana Leskova.
No último dia 27, dando início às comemorações dos 10 anos do Tour En L'air, o Anexo do Theatro Municipal contou com uma visita ilustre. Aos 91 anos, Tatiana Leskova dividiu com o público presente memórias de uma vida marcada pela dança.

Jacy França e Luciana Bogdanich. Professoras da EEDMO.
Tatiana ao lado de Maria Luisa Noronha.
Além dos alunos e seus pais, estavam presentes pessoas importantíssimas, como a diretora da EEDMO, Maria Luisa Noronha,o vice-diretor Hélio Benjani e os organizadores e idealizadores do evento, Paulo Melgaço e Elizabeth Oliosi. Dalal Achcar, Eliana Caminada, Eleonora Oliosi, Eric Waldo, Jacy França, Luciana Bogdanich e Edézio Paz também estiveram presentes.

O encontro teve muitas lembranças, risadas, conselhos e, claro, muita dança. O DVD que mostra um pouco da vida de "Dona Tânia" foi projetado no evento e mostrou momentos de Tatiana como bailarina, coreógrafa, diretora e professora.

Seus principais conselhos? Amor à dança, persistência e muito trabalho.
Hoje, os pés que não dançam mais, ainda andam por aí com as marcas de uma bailarina solta pelo mundo.

Da esquerda: Paulo Melgaço, Dalal Achcar, Elizabeth Oliosi, Hélio Bejani e Tatiana.
Texto e imagens: Luisa Rodrigues
Revisão: Fábio Mariano