quinta-feira, 26 de dezembro de 2019








Maria Olenewa deve estar radiante....
Seu sonho de criar uma Escola de Dança para ser o celeiro de artistas para o Corpo de Baile está mais vivo do que nunca nesta temporada de Giselle do TMRJ.







                   Foto: Hélio Bejani 





Na foto alunas formadas e  formandas: Deborah Ribeiro (1993), Carla Carolina (2007), Samantha Monteiro (2007), Juliana Valadão (2007), Aloani Bastos (2007), Liana Vasconcelos (2008), Marcelli Tatagiba (2017) Tabata Salles (2018), Clara Judithe (2018) , Diovana Piredda (2018), Fernanda Lima (2018), Marcella Borges (2018), Olívia Zucarino (2018), Luana Macedo (2019), Mariana Marques (2019), Marina Tessarin (2019). E as formandas: Giovanna Amaral (2020), Danielle Marinho (2020). E as futuras formandas: Ana Flávia Alvim (2021), Pamela Philigret (2021).  

E na temporada também estiveram presente outros alunos formados pela Escola de Dança como: nossa primeira bailarina Claudia Mota (1990), Tereza Ubirajara (1970), Nina Rita Farah (1978), Regina Ribeiro (1986), Mônica Barbosa (1989), Raquel Ribeiro (1994), Melissa Oliveira (1995), Priscilla Mota (2000).

segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

   


                  Entrevista com Juliana Valadão




                    Foto: (Carol Lancelotti) 




1)Você se formou pela EEDMO. Como foi a trajetória até aqui?

Sou de Arraial do Cabo, vim pro Rio aos 16 anos. Comecei o ballet com 11 e fiz prova pra Escola de Danças no primeiro técnico. Na época, a diretora Maria Luísa me falou para fazer aulas em duas turmas (obviamente eu era fraca), tanto no primeiro técnico quanto no terceiro médio. Eu optei por voltar um ano e ficar só no terceiro médio. Isso foi em 2004. Me formei em 2007. E desde 2006 comecei a fazer alguns ballets com a CBTM, participando de algumas temporadas. Nesse período o TM fechou para obras. Até que em 2008, um ano após me formar, comecei a participar das temporadas como bailarina contratada. Viajei, fiz algumas aulas fora e depois voltei pro TM. Em 2010 fiz minha primeira audição pro contrato de 5 anos. Passei, e ainda contratada fui promovida a segunda solista. Em 2014 houve audição do concurso, passei mais uma vez. Ano passado, 2018, fui promovida a primeira solista mas já havia feito solos deste cargo anteriormente.



2) Qual o sentimento de estar em cena na atual temporada de "Giselle" interpretando pela primeira vez o primeiro papel de um ballet pelo BTM?

Fiquei muito surpreendida quando soube que faria Giselle. Fiquei muito feliz obviamente, mas também tensa porque é um papel difícil. Esse lado artístico que a Giselle tem, o fato de ser um ballet completo (o que eu nunca havia feito), a dificuldade da cena da loucura, e o estilo do ballet... Imagina fazer Giselle sem estilo nenhum ? Então, isso me preocupou muito, fiquei muito tensa. Mas apesar de tudo, muito feliz. Foi realmente um presente.



         
                    Foto: (Formatura 2007)




3) Você já havia participado de outras montagens de "Giselle" interpretando outros papéis? Qual você sente ser a diferença agora?

A Primeira vez que dancei Giselle foi em 2008, no meu primeiro ano de contratada, era uma das primeiras montagens daquele ano, lembro perfeitamente. E eu sempre falei " Giselle é um dos meus ballets da vida". Eu amava fazer, o corpo de baile é uma coisa arrepiante, gostava muito. Claro que agora, tendo um papel de destaque você fica mais preocupada. Porque o corpo de baile é muito importante, quem faz sabe como é tenso fazer tudo junto, na fila... Mas no papel de destaque você meio que costura a história. Por isso, ainda se tem outra preocupação, que é a de pegar um público leigo que não entende de ballet e fazer com que ele entenda a história do início ao fim. O que é difícil, mas muito gratificante. Além do processo de ensaio, que em geral, foi uma descoberta pra mim.
                        
                      Foto: (Carol Lancelotti)            



                                                  
4) "Giselle" é um março pro ballet clássico, representando o auge do período romântico. Como foi interpretar essa personagem e o que ela representou pra você?

Eu estou apaixonada por Giselle, é legal esse processo, essa descoberta. Porque leva a gente a descobrir coisas em nós mesmos. Eu descobri coisas em mim e aprendi muito. Eu não tenho palavra a dizer a não ser que Giselle foi pra mim um grande presente. Ter tido Giselle ccomo primeiro papel foi preocupante, mas também maravilhoso. Está sendo realmente muito maravilhoso pra mim. Um crescimento muito grande como bailarina e como pessoa.



5) Qual conselhos e dicas você deixa pra atual geração de bailarinos da Escola de Danças, dos recém formados a todos àqueles em processo de formação?

Acho que o conselho é: não percam tempo, porque o tempo realmente passa muito rápido. Façam muita aula, assistam muito ballet, vejam muita arte por aí. E se isso é realmente o que faz o coração vibrar, e te faz feliz ali naquele momento (que é como me sinto quando entro). Se é esse o sentimento que te preenche e faz transbordar alegria, não dá pra desistir. Tem coisas pelo caminho que a gente passa, nem tudo são mil maravilhas. Já fui contratada, "descontratada" e recontratada, passei por momentos ruins na minha vida, alguns anos difíceis na minha carreira... Mas se é isso, não desistam.






                      Foto: (Carol Lancelotti)                     


   
                                                                               Texto: Clara Judithe e Marina Tessarin

sexta-feira, 12 de julho de 2019

Entrevista com a ex-primeira bailarina do BTMRJ Cristina Martinelli✨

Cristina Martinelli

Formada pela Escola de Danças Clássicas do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e ex-primeira-bailarina do Theatro Municipal, além de uma ampla e sólida carreira internacional, Cristina Martinelli será uma das homenageadas no aniversário de 110 anos do Theatro Municipal. A bailarina dotada de grande potencial dramático, além de ter se tornado primeira bailarina aos 22 anos, foi uma das artistas preferidas de Oscar Araiz com quem trabalhou em Buenos Aires, no Teatro San Martin. Não só exerceu o cargo de primeira bailarina no TMRJ, como também no Ballet Nacional da Espanha e no Grand Théâtre de Génève na Suíça. Seu repertório é extremamente vasto, abrangendo uma versatilidade de obras que vão de clássicos como “Lago dos Cisnes”, “Giselle” e “Paquita”, até neoclássicos como “Adaggieto” (uma de suas mais famosas interpretações) e várias obras de Maurice Bejárt.

Em uma entrevista para o Tour en L’air pudemos conhecer um pouco mais sobre Cristina Martinelli e sua vivência:

1 – Qual você acredita que tenha sido o impacto da Escola de Danças Clássicas do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, atual EEDMO, na sua vida?
Os 9 anos que passei na escola de danças são tudo que eu aprendi. Desde a própria estrutura da dança clássica, até todas as outras matérias que eu tive contato. Teoria musical, por exemplo, me serviu para que, como bailarina, eu pudesse encarar uma partitura. Outro exemplo foi de quando eu fui fazer a minha prova para primeira-bailarina, pois um dia era dedicado às danças folclóricas. Tudo que eu aprendi na escola fez parte do futuro e fez toda diferença, porque se eu não tivesse feito na escola eu não teria tido acesso.

2- Conte um pouco da sua experiência na EEDMO:
As coisas que eu guardo são as melhores possíveis. Na minha época não formávamos grupos de amigas como hoje, mesmo assim o contato era muito saudável com todo mundo. Mas eu gostava mesmo era dos meus professores, das minhas aulas, dos progressos, das conquistas. A diretora da época era Madeleine Rosay, então eu também estudei com a Lydia Costallat, Rene Wells, Consuelo Rios, Iara Marília, Reginaldo Vaz, Tamara Capeller e Cecília Wainstock. Foi assim, cada ano um professor, um aprendizado. Eu lembro de todos eles, uma época maravilhosa.

3- Como foi ter se tornado primeira bailarina tão cedo aqui no TMRJ e o que esse cargo que você exerceu também em outras companhias representa?
Foi uma coisa que eu queria, uma coisa que nunca duvidei que fosse acontecer, pelo menos eu estava trabalhando nesse sentido. Acho que se eu ficar contando com expectativas, com coisas que vão cair do céu, a probabilidade de nada cair do céu é enorme. Acredito no trabalho, que você tem que traçar um caminho e andar nele.
Foi isso que eu tinha projetado pra mim, independentemente do que os outros pensassem, eu achava que eu podia. Tirando minha pretensão, ficou só meu trabalho. Me formei, estagiei, fiz alguns corpos de baile, começaram a me dar solos e surgiu a oportunidade de ser primeira-bailarina. Então continuei lá, perseguindo o objetivo.
A primeira vez que saí do Brasil representando-o foi para Rússia, no concurso internacional de Moscou, e depois fui para os Estados Unidos dançar Giselle. Enfim, saí definitivamente do Brasil indo para Espanha na companhia de Victor Ullate. Em seguida para Suíça, onde fui primeira bailarina do Grand Theatre de Genéve, experiências incríveis. Claro que a primeira vez que você sai tem o lado sentimental de saudade que fala alto, mas você tem que controlar, ou se não você volta, e não pode voltar. Trabalhar no exterior é uma experiência importantíssima, te dá um outo pique e outras visões. Apesar de que, toda minha formação foi aqui e é essa que valeu.

4- Conte-nos algumas lembranças que você tem do seu tempo como bailarina principalmente aqui no TMRJ.
No sentido artístico vamos dizer que haviam mais espetáculos do que atualmente. E também, naquela época, muitas companhias estrangeiras vinham pra cá, como a Ópera de Paris e o Bolshoi. Então a gente bebia na fonte. Foi vendo essas companhias que eu aprendi diversos detalhes, o que não aprenderíamos sem assistir essa gente. Além de que, os poucos espetáculos que fazíamos aqui eram muito intensos. Então acho que foi uma época que talvez artisticamente, pela situação política atual, era melhor.
Quando eu entrei no TMRJ os primeiros bailarinos eram Bertha Rosanova e Aldo Lotufo. Depois a gente vai vendo aquela mudança de geração, aí entraram a Nora Esteves e eu, em seguida entra Ana Botafogo, Áurea Hammerli e Cecília Kerche. Nesse momento nós estivemos todos juntos, e isso é uma coisa maravilhosa. Pois eu também estudei com a Bertha, e de repente estavam no palco Bertha, Áurea e eu, juntas. Conseguir acompanhar essa passagem e recepção de diferentes gerações é mágico. O Theatro é nosso, não é de ninguém em particular. Posso dizer também que dancei com muita gente boa. Tive o Aldo Lotufo como partner assim como Ivan Benides, Aldemir Dutra, Alejandro Menendes, Emílio Martins e até o Dennis Grey.


5- Qual você acha que é a principal diferença entre trabalhar no exterior e aqui no Brasil?
A principal diferença é que lá você dança todo dia praticamente. Então, durante o dia a gente estava ensaiando a próxima temporada, e de noite a gente dançava a temporada. Isso o ano inteiro, sem descanso, era uma coisa diária. Só tínhamos folga na segunda-feira. Porque não há diferença de talentos, a qualidade de bailarinos que temos aqui tem lá também. A diferença é só o acesso aos espetáculos e a oferta de trabalho.

6-Seu nome é reconhecido por grande potencial artístico e seu repertório contempla uma grande versatilidade de obras, você julga isso como essencial para uma bailarina?
Eu conhecia meus limites técnicos. Sempre trabalhei pensando em primeiro vivenciar as dificuldades técnicas e depois deixar o artista vir. O que não dá, é priorizar o artista e deixar a técnica de lado ou vice-versa. O ideal é o equilíbrio. Então eu trabalhei muito. Eu era uma intérprete, uma artista. Não conseguia fazer as coisas sem me envolver, sem me emocionar. Mas isso também tem o seu perigo, você pode ser tomada pelas emoções e perder o fio da meada. Então é importante trabalhar esses dois lados. O lado da emoção é legal por saber que você está tocando as pessoas na plateia, mas também é necessário ter um trabalho técnico de qualidade. Não é apresentar um trabalho mais fraco porque eu sou artista.

7- Você tem ballets preferidos, poderia dizer alguns?
Tenho. Tem o clássico dos clássicos que é o “Lago dos Cisnes”. Eu gostei muito de trabalhar as obras contemporâneas do Oscar Araiz, que foi meu primeiro contato com dança contemporânea de fato. Também adorei fazer “Giselle”. Mas eu gosto dessa nova linguagem, ballets que exigem interpretação. Tem que ter na sua carreira um repertório, e todos esses estilos fazem parte.


8- Depois de uma carreira brilhante e de estar praticamente parada, você retorna ao palco do TMRJ na gestão de Jean Yves Lourneau dançando Suite en Blanc, A Morte do Cisne e Carabosse (em A Bela Adormecida). Como foi esse momento?
Foi ótimo, pois o diretor queria me dar um final de carreira digno. E para que eu não perdesse aquela energia vital adquirida por estar no palco, tudo o que ele colocou no repertório ele me colocou pra fazer. Meu último papel foi de Carabosse, e então eu achei que já estava no momento de parar, principalmente em respeito aos que estavam chegando.

9- Como você se sente em ser homenageada por esse Theatro que foi sua primeira casa?
É uma emoção enorme, uma sensação muito boa, até porque ser reconhecida é sempre uma coisa bacana. Que bom que o reconhecimento veio em vida, isso pra mim que é legal. Eu fico super feliz porque eu vou estar com outras pessoas que fizeram parte da minha vida: a Lauricy e o Victor Prochet, o maestro Henrique Morelembaun, que inclusive regeu Lago e uma porção de coisas quando eu era primeira-bailarina. E tem o Jorge Dias que estava lá na técnica do palco. Essas pessoas,fizeram parte da minha vida 100%. Estou muito feliz em estar ao lado delas.

FOTO: Lucas Morais

10- Como formada pela escola de danças, o que você gostaria de dizer como inspiração para os atuais estudantes daqui?
É importante saber o que você quer. O que você quer é mais importante do que os outros pensam de você. Só você pode dar uma orientação no seu caminho. No meio artístico vão acontecer várias coisas que podem te dar impressão de estarem se desviando do caminho. Mas eu acho que a mensagem principal é essa: seja qual for o caminho que você vai escolher, escolha você mesmo, você tem que ser a mente dessa escolha. E aí, é só partir para caminhar como eu fiz. Haverá momentos ruins em que você vai duvidar da sua escolha, eles fazem parte da vida, são super normais. Aproveitem tudo o que a escola dá, porque vocês vão precisar de tudo isso. A escola é a raiz da disciplina e da técnica, é o sustentáculo, vai te dar todas as bases que você precisa para ficar em pé.


ENTREVISTADORAS: Marina Tessarin & Debora Gomes

sexta-feira, 28 de junho de 2019

Cecília Kerche de bailarina internacional à diretora do Ballet do Theatro Municipal ✨



  

Na história do ballet clássico não se pode deixar de mencionar esse nome tão brilhante nessa arte quanto o de Cecília Kerche. Em 1982, ingressou como coriféia no Ballet do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, tendo se tornado Primeira Bailarina após 3 anos e atualmente é ensaiadora e diretora do mesmo. É conhecida mundialmente por sua técnica, beleza e interpretação surpreendentes, tendo dançado em 18 companhias estrangeiras com os maiores bailarinos do mundo, em 4 continentes, em festivais e galas internacionais. É considerada uma das 10 maiores cisnes do mundo. Para sabermos um pouco mais sobre esse grande nome do ballet clássico, a seguir apresentaremos uma breve entrevista.


1-Depois de anos sendo a primeira bailarina do Theatro municipal, há algum tempo foi convidada para administrar o corpo de baile. Qual é a diferença de ter sido a grande estrela do corpo de baile e agora ser a diretora dele?
É um orgulho, uma importância, uma responsabilidade enorme cuidar da carreira de bailarinos tão dedicados que fazem parte do corpo de baile; saí da barra cuidando dos meus arabesques, agora tenho que tomar conta do arabesque de toda a companhia. É a continuação da minha carreira sendo dançada no corpo dos meus colegas.

2-Nos últimos anos o país tem passado por uma crise, que afeta também o Theatro, tiveram paralisações, greves e manifestação. O que você pensa sobre a atual realidade do theatro? Acha que esse momento de crise ainda está um pouco presente ou ja foi superado?
A crise está sendo sublimada pela vontade de realizar nesse Theatro, acredito que essa crise já precisava ter passado para que pudéssemos resgastar o público e mostrar o quanto valioso eles tem nas mãos, os artistas desse Theatro.

3-Estar entre as 10 melhores Odile e Odete em Lago dos Cisnes faz com que queira remontar esse ballet ou criar uma nova versão para ele?
Esse ballet já tem 5 versões criadas para o Corpo de Baile. A companhia dança desde 1959, a primeira vez que montou o ballet completo nas Américas com remontagem de Eugenia Feodorova.  Então pretendo montar outros ballets como La Bayadère, O Corsário e Bela Adormecida junto com a Ana Botafogo. O importante é sempre manter os clássicos que já temos no repertório e acrescentar a essa companhia, para que ela se fortaleça cada vez mais e deixe esse legado para as futuras gerações.


4-Quais são seus planos futuros para o corpo de baile?
Quero montar ballets que são importantes para o repertório de uma companhia tradicional como a nossa, tenho o sonho de fazer La Bayadère, O Corsário e Bela Adormecida.

5-Pretende fazer apresentações/espetáculos fora do theatro municipal?
Pretendo fazer muitos espetáculos, queria levar essa companhia para fora do Rio de Janeiro e para fora do país, precisamos achar mecanismos para levá-la a outros públicos.

6- Você é uma grande inspiração para os bailarinos atuais, quais você acha que são as inspirações para essa nova geração, além de você?
Nossa, há tantos artistas e bailarinos maravilhosos, mas não posso deixar de citar essa geração estrelar que saiu da Escola Vaganova e da Escola Coreográfica do Bolshoi. Tem várias bailarinas francesas maravilhosas que são muito representativas dentro do drama que o ballet faz com que o público fique cada vez mais eletrizado. Svetlana Zakharova é uma bailarina maravilhosa, Oksana Skorik, , Olesya Novikova que é um encanto. Atualmente tem esses bailarinos que adoro e que são maravilhosos, como o Xander Parish do Mariinsky, o Rodkin do Bolshoi, David Motta que está crescendo no Bolshoi e que é uma inspiração para vocês, pois só trabalho é o que leva ao triunfo. Só ballet prepara ballet.

7-Agora com o espetáculo Be Marche, coreografado pelo Thiago Soares, você fez uma participação surpreendente. Qual a sensação de estar de volta aos palcos, principalmente o do Theatro Municipal?
O palco do Theatro é mágico, já dancei em vários teatros e companhias pelo mundo, mas dançar no palco dessa casa, onde eu sempre sonhei em ser bailarina principal dessa companhia desde os meus 15 anos é mágico e cada vez que eu entro nesse palco parece que é a primeira vez.


8-Qual a sensação de ser a diretora da Companhia e estar dançando junto com eles?
É um peso enorme saber que estou representando eles. Estar a frente da companhia é sempre um motivo de alegria, mas acima de tudo, é uma orgulho enorme saber que tudo o que fiz lá atrás, esses maduros bailarinos estão dando prosseguimento.

9-O governo anunciou um corte de 46% nas verbas do Theatro e logo depois anunciou o retorno da autonomia do Theatro. Como você acha que ficará o trabalho do corpo de baile?
Eu tenho sempre muita fé. Se a gente não vai resgatar tão rapidamente tudo o que nós tínhamos no passado não muito distante, pelo menos nós já estamos mais confiantes de que para o segundo semestre as coisas mudarão e que voltaremos a galgar, novamente, nosso lugar de prata da casa.

10-A escola de danças foi criada para ser o celeiro de bailarinos do corpo de baile. Como você vê o trabalho da escola e se você pretende usar os alunos da escola nas próximas montagens?
A escola vem crescendo de uma forma maravilhosa e o Hélio Bejani tem feito uma direção espetacular muito voltada para o crescimento da escola. Eu quero ela volte a fornecer esses alunos formados para as linhas do corpo de baile, que esses alunos venham estagiar conosco durante todas as nossas produções. Quero que eles tenham aqui dentro a experiência, mesmo que em processo de estágio técnico e artístico, que estejam presentes nas linhas do corpo de baile para ter a sensação de como é. O trabalho é duro, mas é compensador.

11-Você é a musa inspiradora de muitas alunas da escola, qual conselho você daria para suas fãs?
Só ballet prepara ballet. Muito trabalho, muita dedicação e acima de tudo, ética no seu trabalho. Entenda que você tem um lugar no Sol sim, mas seus colegas também merecem esse lugar ao Sol também. Ética é um princípio que não pode ter fim. Desejo muita boa sorte, bastante plié e pé esticado.




 ENTREVISTADORAS:Ana Beatriz Freire Favaron & Lorrany Luize Leibão  (1°Técnico)

quinta-feira, 9 de maio de 2019

Seja bem vinda, profª. Denise✨




       Mais um ano se inicia e mais uma turma de terceiro técnico vem encerrando seu ciclo na Escola de Danças. Dentre as inúmeras matérias fora do ballet clássico em sala de aula, uma ganha importante neste último nível: Composição Coreográfica. Esta matéria tem como intuito desenvolver as habilidades coreográficas dos alunos afim de prepará-los para futuros voos. Antes ministrada apenas pelo professor Paulo Melgaço, agora conta com uma nova componente: Denise Telles.
       Docente aposentada de artes cênicas pela Unirio e PhD em Laban pelo Laban Centre London, Denise representa mais uma parceria de sucesso da EEDMO e pretende gerar bons frutos. No dia 6 de maio deste ano, realizou-se a primeira aula em que a professora participou de forma efetiva, auxiliando cada aluno. Seu método de ensino nos fez recordar Laban, um dos precursores da dança moderna, estudado no 2º ano técnico em História da Dança. Em cada passo executado, Denise falou sobre a força do movimento e a ligação que este deve ter com o que a alma deseja transmitir. Além disso, a turma se dividiu em grupos e montou pequenas coreografias com a ajuda do professor Paulo Melgaço para que a professora pudesse avaliar e estabelecer um ponto de partida para suas lições.



Dentre as carinhosas e construtivas críticas, ela apontou a importância de se respeitar a execução dos movimentos, conceito este muito privilegiado por Laban também. Outro ponto enfatizado foi a extrema relevância que a música tem com relação a coreografia realizada. Vale ressaltar que a música neste exercício era feita por um outro grupo de alunos que poderiam emitir os sons utilizando apenas elementos corporais (voz, peito, pernas, pé, dedos etc). Desta forma, ela nos chamou a atenção novamente para a conexão que a emissão do som realizado deve ter com o que se sente no fundo da alma. 





Ao final, todos ficaram anestesiados com as lições e atividades passadas. A oportunidade de se trabalhar com novos professores é fundamental e sempre muito bem vinda. O primeiro contato com Denise deixou o terceiro técnico extremamente motivado e ansioso (de forma positiva) para as próximas aulas. Ter a professora conosco é um grande prazer e uma honra! Que seja um ano de muitas realizações e aprendizados tanto para os alunos quanto para quem leciona. Seja bem vinda, profª Denise!


Gabriella Frazão - 3º técnico

segunda-feira, 29 de abril de 2019

Por dentro do Theatro Municipal: uma visita guiada✨


                                                                               


      Na última 5ª feira, dia 25 de abril, a turma de formandos do ano de 2019 foi à visita guiada do Theatro Municipal (TMRJ). Esta foi uma atividade da disciplina de História da Dança. A visitação tinha o intuito de informar e interar os alunos sobre o contexto do surgimento e da criação do teatro.
            Começando pelo Salão Assyrio, passando pela plateia e pelo balcão nobre, até chegar debaixo do palco, o passeio abordou sobre a construção do teatro e das pessoas envolvidas no processo, estabelecendo também uma relação com a história da cidade do Rio de Janeiro. Foi um momento de interação e compartilhamento de informações entre o professor, a guia e as alunas.
            As obras dos artistas Eliseu Visconti, Raoul Verlet, Rodolfo Amoedo e de Henrique e Rodolfo Bernadelli, foram os assuntos mais abordados durante o passeio. As obras da sala de espetáculo, o friso sobre o proscênio e A Dança das Horas no teto, e as do Foyer são os destaques de Visconti, que é o artista mais presente dentro do Theatro. As esculturas no estilo Art Nouveau presentes no hall de entrada, que além de serem belas obras de arte servem para a iluminação de forma inovadora para a época de seu surgimento, são de Verlet. As oito pinturas presentes nas rotundas laterais do Foyer são de Amoedo, e encontram-se em contraste com as pinturas de Henrique Bernadelli presentes nos tetos dos mesmos espaços.
            Além desses tesouros, o maquinário que sustenta todo o TMRJ é de extrema importância, afinal, são equipamentos de mais de cem anos que funcionam com total eficiência graças à constante manutenção dos funcionários.
            A visita, além de ser aberta ao público, é uma excursão de grande importância cultural que vale à pena ser feita.
                                                                               

          
  Horário de visitação: de 3ª a 6ª feira - 12h, 14h30 e 16h*; sábados e feriados - 11h, 12h e 13h
* Horário destinado às visitas em português, Inglês e Espanhol
            A lotação é de 50 pessoas por passeio e a venda de ingressos começa 30 minutos antes de cada visita. Os ingressos só podem ser comprados na bilheteria do Theatro, limitada a um ingresso por pessoa.
            Ingressos: inteira - R$20,00; meia - R$10,00
            Para mais informações sobre as visitas guiadas ligue: 2332-9220 / 2332-9005

Maria Fernanda Teixeira e Ana Clara Lyra - 3º técnico

quarta-feira, 10 de abril de 2019

A delícia de dança com a Casa Cheia ✨


No último domingo, dia 07 de abril, a Escola Estadual de Danças Maria Olenewa ocupou o palco do Theatro do Municipal com os espetáculos “Jardim das Emoções” e “A Flauta Mágica”. Tivemos a honra de ter praticamente todos os lugares da casa preenchidos com nosso público. E à esse nós da EEDMO faremos uma eterna reverência em gratidão ao apoio que vocês dão ao que nos move: a arte!

O Theatro Municipal do Rio de Janeiro possui uma energia inenarrável e inesquecível. Se apresentar no palco de uma instituição tão tradicional é certamente um enorme privilégio, porém é também uma grande responsabilidade. Ao mesmo tempo em que sentimos a pressão e o nervosismo, somo agraciados com a possibilidade de expor nosso trabalho enquanto artistas e bailarinos em um lugar maravilhoso, que sempre nos proporciona momentos inesquecíveis, como o do último espetáculo.

Apesar de possuírem uma rotina que requer muito esforço, disciplina e abdicações, os alunos da Escola são apaixonados pela dança, de tal forma que o tempo não é uma variável importante quando estamos dentro do Theatro. A atmosfera é tão desconcertante que quando entramos em cena é como se a luz invadisse nossos corpos e nos teletransportasse para um outro mundo. Somada a isso, o som dos aplausos de uma plateia lotada de cima a baixo enche-nos de um orgulho inexplicável, sentimento que tivemos o privilégio de vivenciar neste último domingo (07/04).


Esse tipo de reconhecimento é muito gratificante, não só para nós enquanto alunos, mas também enquanto artista; é a prova de que todo esforço vale a pena por fazer o que amamos. Ao se deparar com u m teatro lotado e um público muito receptivo, é perceptível a confiança e o apresso que as famílias tem com a arte e a própria Escola de Dança, o que nos motiva a realizar apresentações cada vez melhores.

Texto: Juliana kreitlon e Marina Tessarin (3° Técnico)

sexta-feira, 15 de março de 2019

O céu recebe mais uma estrela ✰ Gustavo Mollajoli


Gustavo Mollajoli 1935 - 2019 ✞
É com grande tristeza que anunciamos o falecimento de Gustavo Mollajoli, que depois de uma brilhante carreira internacional como bailarino, também atuou como Diretor Artístico do Ballet do Theatro Municipal do Rio de Janeiro durante a gestão de Dalal Achcar. ( 1998 - 2001) 


Norma Fontenla e Gustavo Mollajoli


quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

O encontro do clássico com a Sapucaí!!

O encontro do clássico com a Sapucaí!!


No livro de Luis Ellmerich, o autor comenta que o samba atual nasceu no Rio de Janeiro, baseado no samba rural e com influência de outras danças nacionais e estrangeiras. A sua característica é o andamento vivo do ritmo sincopado. O primeiro samba a adquirir originalidade foi o denominado "pelo telefone" de autoria de Donga (Ernesto dos Santos) no ano de 1917.
O samba vivo tem uma só parte que é repetida pelo coro, principalmente, pelas "Escolas de Samba", onde domina juntamente com a marchinha, o Carnaval carioca.
A primeira Escola de Samba - deixa falar- foi fundada em 1928 no Estácio de Sá. Os componentes usavam as cores vermelha e branca por causa do América Futebol Club. Saíram pela primeira vez no Carnaval de 1929, tomando parte o popular cantor Francisco Alves.

Paralelamente ao Carnaval carioca e à exatos 3,6 Km do Sambódramo, a Escola Estadual de Dança Maria Olenewa conta com professores de alto nível técnico que se dedicam a levar o corpo clássico a esse espaço de grande folia. Entre esses mestres do carnaval encontramos: Claudia Mota ( Primeira bailarina do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e ex-aluna e formada pela Escola Estadual de Dança Maria Olenewa) , Priscila Mota ( Primeira solista do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e ex-aluna e formada pela Escola Estadual de Dança Maria Olenewa), Jorge Texeira ( Professor da Escola Estadual de Dança Maria Olenewa) , Hélio Bejani ( Ex-bailarino do Ballet do Theatro Municipal, Ex-diretor do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e diretor da Escola Estadual de Dança Maria Olenewa), Filipe Moreira ( Primeiro bailarino do Theatro Municipal do Rio de Janeiro), Élida Brum ( Segunda solista do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e ex-aluna e formada pela Escola Estadual de Dança Maria Olenewa), Edifranc Alves ( Primeiro solista do Theatro Municipal do Rio de Janeiro), Rodrigo Negri ( Primeiro solista do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e ex-aluno da Escola Estadual de Dança Maria Olenewa) e alguns alunos da Maria Olenewa.

Coletamos três depoimentos sobre a importância do ballet nos desfiles das Escolas de samba e as oportunidades que este espetáculo pode oferecer para os artistas- bailarinos. O primeiro foi do professor de Ballet e técnica masculina Jorge Texeira, o outro foi da professora da Eedmo e Solista do Corpo de baile do Theatro Municipal, Deborah Ribeiro e por último, mas não menos importante, o do atual diretor da Escola Estadual de Dança Maria Olenewa, Hélio Bejani.


Jorge foi convidado há 15 anos atrás para participar do Carnaval carioca. Primeiramente, ele foi assistente, durante 1 ano, de Marcelo Misailidis e no ano seguinte pegou comissão de frente. O professor comentou: " O Carnaval, cada vez mais, têm se profissionalizado. Com isso, principalmente, na área da comissão de frente, é preciso um trabalho mais profissional, onde as pessoas tenham domínio do próprio corpo e uma boa movimentação. Dessa forma, cada dia mais, está sendo requisitado bailarinos clássicos, pois eles possuem técnica, disciplina e o lado profissional que o Carnaval ( comissão de frente, mestre salas, porta bandeiras e alas coreografadas ) têm solicitado". Jorge ainda afirmou que é preciso sempre trazer efeitos, que combinados com a dança, contam o enredo. Junto a isso, disse que é necessário estar, constantemente, se superando e mantendo a criatividade nas alturas.
Professor da EEDMO
Carnavalesco 2019


"O carnaval é uma expressão artística e portanto, é mais que natural que o ballet clássico esteja, cada vez mais, presente e atuante nesta paixão nacional. Nesse sentido, a União entre os bailarinos clássicos e principalmente, os grandes desfiles das escolas de samba é uma fórmula que só poderia resultar em sucesso !!! As movimentações cuidadosas, a musicalidade, a disciplina do bailarino, a resistência física, a capacidade de executar longos percursos em plena sintonia (característica de um corpo de baile clássico ) e a qualidade  artística dos bailarinos, só vem à agregar valor as  refinadas comissões de frentes, alas e carros coreografados. Cada vez mais, as escolas de samba vêm se utilizando destes profissionais-artistas  (bailarinos, ensaiadores e coreógrafos de ballet clássico ). Inclusive, de alguns anos para cá, os lindíssimos movimentos das porta bandeiras e mestre salas,  estão sendo acrescidos da delicadeza e versatilidade do ballet clássico. Uma linda união entre as incríveis inovações das Escolas de samba e o  tradicionalismo do ballet clássico, só poderia dar SAMBA !!!"
Deborah Ribeiro
Primeira Solista do Ballet do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
Professora da EEDMO.


Nosso diretor foi convidado há 16 anos atrás por Carlinhos de Jesus para participar do Carnaval carioca. No início trabalhou na Mangueira com um casal de mestre sala e porta bandeira e dois anos depois assumiu a escola do Salgueiro, onde trabalhou por 11 anos. No carnaval de 2019 assume a escola Grande Rio.
"Os profissionais clássicos dão uma condição artística e técnica melhor para o espetáculo. Esses bailarinos que têm o ballet como referência e como base são mais bem preparados para executar as exigências coreográficas de hoje em dia. Além disso, a junção do clássico com o carnaval é de extrema importância pois permite um diálogo entre o erudito e o popular. Nesse sentido, o ballet também é beneficiado porque populariza e divulga essa arte clássica dentro da cultura mais vista no Brasil e no mundo que é o carnaval." Hélio também afirmou que o que lhe inspira para a sua criação coreográfica é o enredo e as inovações temáticas de cada ano, disse que suas motivações coreográficas vêm da possibilidade de estar sempre fazendo um espetáculo diferente a cada carnaval na Sapucaí.
Hélio Bejani.
Diretor da Escola Estadual de Dança Maria Olenewa.


Este grande espetáculo a céu aberto tem muito a oferecer e com isso, levar o clássico ao encontro da Sapucaí.












Luana Macedo - 3° Técnico
Williams de Morais - 3° Técnico  

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Nosso ex-aluno Leonardo Brito fazendo sucesso no exterior. ✨



Leonardo Brito, ex-aluno da Escola Estadual de Dança Maria Olenewa, faz parte agora da companhia americana Ailey II (companhia jovem da Alvin Ailey American Dance Theater).
Fundada em 1974 como o Alvin Ailey Repertory Ensemble, a companhia incorpora sua missão pioneira de estabelecer uma comunidade cultural extensa que oferece apresentações de dança, treinamento e programas comunitários para todas as pessoas. Sob a direção de Sylvia Waters, de 1974 a 2012, a Ailey II transformou-se em uma das companhias de dança modernas mais populares, combinando um rigoroso cronograma de turnê com extensos programas comunitários. Leonardo venceu o III Prêmio Dança Moderna, onde ganhou uma bolsa de estudos para a The Alvin Ailey School.


Leonardo realizou trabalhos dos coreógrafos Robert Battle, Tracy Inman, Ray Mercer e Jennifer Archibald. Ele também apareceu no Ailey Spirit Gala no Lincoln Center e dançou no Memoria de Alvin Ailey durante a temporada de 2017 do Ailey em New York City Center. Esta é sua primeira temporada com Ailey II.
Leonardo Brito, assim como diversos ex-alunos e alunas, traz orgulho para a EEDMO com sua carreira internacional, sendo motivo de inspiração para as futuras gerações da Escola.

Débora Gomes - 3º Técnico

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Formada pela EEDMO é destaque internacional ✨


Destaque Internacional


Fernanda Oliveira, formada pela Escola de Dança Maria Olenewa, ganha o Women's Choreography Project.
Quando se fala em dança, é difícil imaginar uma falta de participação feminina. Porém, no mundo coreográfico, é raro encontrar mulheres que tenham um grande número de obras divulgadas, principalmente em companhias já bem consolidadas e no campo do balé clássico. Para mudar essa dinâmica, diversas companhias desenvolveram iniciativas que dão oportunidades para artistas emergentes desenvolverem e apresentarem seus trabalhos ao público. Dentre eles está o Women's Choreography Project, do Avant Chamber Ballet (ACB).

Criada por Katie Cooper, Diretora Artística e principal coreógrafa da companhia, desde 2015 o ACB promove o concurso Women's Choreography Project, que tem como objetivo criar novas oportunidades para o desenvolvimento coreográfico feminino, um problema enfrentado pela própria Cooper. Na edição deste ano (2019), a vencedora, dentre os 50 projetos enviados, foi a brasileira Fernanda Oliveira. Ex-aluna da Escola Estadual de Dança Maria Olenewa (formada em 2010), Fernanda já passou pelo Washington Ballet e atualmente trabalha no Colorado Ballet. Sua obra, intitulada “Homebound”, conta uma história sobre identidade e a busca por um lugar no mundo. “Homebound” será apresentada pelo ACB durante sua temporada de outono e contará com acompanhamento musical do famoso quarteto de cordas australiano “FourPlay”.


Fernanda Oliveira, assim como outras ex-alunas como Maria Fernanda Duarte e Márcia Jaqueline, leva o nome da EEDMO para o cenário internacional de forma extremamente positiva. Assim, é muito gratificante ver os ex-alunos da Escola conseguindo tantas conquistas em sua profissão, o que orgulha e inspira as gerações que ainda estão por vir.


Juliana Kreitlon Pereira - 3° Técnico