quinta-feira, 26 de dezembro de 2019








Maria Olenewa deve estar radiante....
Seu sonho de criar uma Escola de Dança para ser o celeiro de artistas para o Corpo de Baile está mais vivo do que nunca nesta temporada de Giselle do TMRJ.







                   Foto: Hélio Bejani 





Na foto alunas formadas e  formandas: Deborah Ribeiro (1993), Carla Carolina (2007), Samantha Monteiro (2007), Juliana Valadão (2007), Aloani Bastos (2007), Liana Vasconcelos (2008), Marcelli Tatagiba (2017) Tabata Salles (2018), Clara Judithe (2018) , Diovana Piredda (2018), Fernanda Lima (2018), Marcella Borges (2018), Olívia Zucarino (2018), Luana Macedo (2019), Mariana Marques (2019), Marina Tessarin (2019). E as formandas: Giovanna Amaral (2020), Danielle Marinho (2020). E as futuras formandas: Ana Flávia Alvim (2021), Pamela Philigret (2021).  

E na temporada também estiveram presente outros alunos formados pela Escola de Dança como: nossa primeira bailarina Claudia Mota (1990), Tereza Ubirajara (1970), Nina Rita Farah (1978), Regina Ribeiro (1986), Mônica Barbosa (1989), Raquel Ribeiro (1994), Melissa Oliveira (1995), Priscilla Mota (2000).

segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

   


                  Entrevista com Juliana Valadão




                    Foto: (Carol Lancelotti) 




1)Você se formou pela EEDMO. Como foi a trajetória até aqui?

Sou de Arraial do Cabo, vim pro Rio aos 16 anos. Comecei o ballet com 11 e fiz prova pra Escola de Danças no primeiro técnico. Na época, a diretora Maria Luísa me falou para fazer aulas em duas turmas (obviamente eu era fraca), tanto no primeiro técnico quanto no terceiro médio. Eu optei por voltar um ano e ficar só no terceiro médio. Isso foi em 2004. Me formei em 2007. E desde 2006 comecei a fazer alguns ballets com a CBTM, participando de algumas temporadas. Nesse período o TM fechou para obras. Até que em 2008, um ano após me formar, comecei a participar das temporadas como bailarina contratada. Viajei, fiz algumas aulas fora e depois voltei pro TM. Em 2010 fiz minha primeira audição pro contrato de 5 anos. Passei, e ainda contratada fui promovida a segunda solista. Em 2014 houve audição do concurso, passei mais uma vez. Ano passado, 2018, fui promovida a primeira solista mas já havia feito solos deste cargo anteriormente.



2) Qual o sentimento de estar em cena na atual temporada de "Giselle" interpretando pela primeira vez o primeiro papel de um ballet pelo BTM?

Fiquei muito surpreendida quando soube que faria Giselle. Fiquei muito feliz obviamente, mas também tensa porque é um papel difícil. Esse lado artístico que a Giselle tem, o fato de ser um ballet completo (o que eu nunca havia feito), a dificuldade da cena da loucura, e o estilo do ballet... Imagina fazer Giselle sem estilo nenhum ? Então, isso me preocupou muito, fiquei muito tensa. Mas apesar de tudo, muito feliz. Foi realmente um presente.



         
                    Foto: (Formatura 2007)




3) Você já havia participado de outras montagens de "Giselle" interpretando outros papéis? Qual você sente ser a diferença agora?

A Primeira vez que dancei Giselle foi em 2008, no meu primeiro ano de contratada, era uma das primeiras montagens daquele ano, lembro perfeitamente. E eu sempre falei " Giselle é um dos meus ballets da vida". Eu amava fazer, o corpo de baile é uma coisa arrepiante, gostava muito. Claro que agora, tendo um papel de destaque você fica mais preocupada. Porque o corpo de baile é muito importante, quem faz sabe como é tenso fazer tudo junto, na fila... Mas no papel de destaque você meio que costura a história. Por isso, ainda se tem outra preocupação, que é a de pegar um público leigo que não entende de ballet e fazer com que ele entenda a história do início ao fim. O que é difícil, mas muito gratificante. Além do processo de ensaio, que em geral, foi uma descoberta pra mim.
                        
                      Foto: (Carol Lancelotti)            



                                                  
4) "Giselle" é um março pro ballet clássico, representando o auge do período romântico. Como foi interpretar essa personagem e o que ela representou pra você?

Eu estou apaixonada por Giselle, é legal esse processo, essa descoberta. Porque leva a gente a descobrir coisas em nós mesmos. Eu descobri coisas em mim e aprendi muito. Eu não tenho palavra a dizer a não ser que Giselle foi pra mim um grande presente. Ter tido Giselle ccomo primeiro papel foi preocupante, mas também maravilhoso. Está sendo realmente muito maravilhoso pra mim. Um crescimento muito grande como bailarina e como pessoa.



5) Qual conselhos e dicas você deixa pra atual geração de bailarinos da Escola de Danças, dos recém formados a todos àqueles em processo de formação?

Acho que o conselho é: não percam tempo, porque o tempo realmente passa muito rápido. Façam muita aula, assistam muito ballet, vejam muita arte por aí. E se isso é realmente o que faz o coração vibrar, e te faz feliz ali naquele momento (que é como me sinto quando entro). Se é esse o sentimento que te preenche e faz transbordar alegria, não dá pra desistir. Tem coisas pelo caminho que a gente passa, nem tudo são mil maravilhas. Já fui contratada, "descontratada" e recontratada, passei por momentos ruins na minha vida, alguns anos difíceis na minha carreira... Mas se é isso, não desistam.






                      Foto: (Carol Lancelotti)                     


   
                                                                               Texto: Clara Judithe e Marina Tessarin