quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Maria Angélica Faccini



A dança se despede de uma de suas grandes estrelas: Maria Angélica Faccini. Sua Missa de Sétimo Dia será rezada às 18h30m do dia 12/12, sexta-feira, na Igreja de Santa Mônica, à Avenida Ataulfo de Paiva, 527, esquina com Rua José Linhares, Leblon.



Para relembrar um pouco de sua carreira:



Maria Angélica Faccini Tavares Bastos nasceu em 5 de maio de 1933, e já menina mostrava-se interessada na dança. Após uma apresentação na escola, a irmã de uma colega parabenizou o talento da menina e aconselhou seus pais a matricularem-na na Escola de Danças Clássicas do Theatro Municipal, onde ela aprenderia Ballet.


Maria, então, iniciou seus estudos com Yuco Lindberg na Escola de Danças Clássicas do Theatro Municipal (hoje EEDMO) em 1945, fazendo sua estreia no Ballet da Juventude em 1947. Em 1948 foi para os Estados Unidos estudar com Igor Schwezoff e na escola do American Ballet Theatre (ABT).


De volta ao Rio em 1949, dançou com o Ballet Society e , a partir de 1959, foi nomeada primeira bailarina do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Participou de várias viagens ao exterior com a tournée pelo oriente em 1954, com a “Companhia de Paul Szilard”. Em 1955 retorna ao American Ballet Theatre convidada a atuar como solista. Entre seus principais papeis estão: Valsas de Esquina, Dança das Horas (ambas coreografias de Igor Schwezoff, Ballet da Juventude – 1947) e Mancenilha (coreografia de Madeleine Rosay, Theatro Municipal do Rio de Janeiro – 1953). Ainda dançou com a Fundação Brasileira de Ballet e a Associação de Ballet do Rio de Janeiro. Nas palavras de Eliana Caminada: “Além do físico privilegiado, mesmo para os padrões atuais, era belíssima como mulher e como pessoa”. Tatiana Leskova, que acompanhou toda sua carreira e dividiu diversas cenas com ela afirmou na sua pagina nas redes sociais que ela “ foi um exemplo de Bailarina, com B maiúsculo mesmo”.


Maria Angélica, apesar de não ter tido uma carreira longa, foi uma bailarina cujo repertório inclui todos os grandes Ballets clássicos. Nós alunos da Escola Estadual de Dança Maria Olenewa em muito nos orgulhamos em estudar nesta escola que formou ao longo de sua trajetória grandes nomes do Ballet brasileiro.


À Maria Angélica as nossas reverences e agradecimentos por ser uma de nossas fontes de inspiração.

“No Lago dos Cisnes todas as atenções se voltaram para Maria Angélica, que tem um largo futuro diante de si. Dança, aparentemente sem esforço, como se obedecesse a um impulso interior e são belas suas atitudes e movimentos, e limpas as suas piruetas, sem apoio. Não foge, nos solos, a dificuldades, e é sempre precisa e correta com o apoio do encanto de sua figura.”
                                                                - "Mario Nunes, Jornal do Brasil, 1 de julho de 1950.



 Giullia Rossi

Um comentário:

  1. Eu e meu irmão Leonardo agradecemos a homenagem. Infelizmente, não vimos na época de seu falecimento. Ela teria ficado muito feliz. Novamente obrigado.
    Mário Faccini Tavares Bastos

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