LUZ, CÂMERA, FORMATURA !

A formatura é o grande sonho de todos os estudantes da Escola Estadual de Dança Maria Olenewa. A ansiedade da inscrição, a expectativa diante do exame de admissão, o nervosismo de todas as avaliações e o frio na barriga antes de pisar ao palco para as apresentações são como uma preparação para o turbilhão de emoções sentido no momento de receber o diploma. Formar-se é sentir alívio por cumprir a formação acadêmica e também é um novo desafio, pois a partir daí a vida profissional finalmente pode ser iniciada. Os formandos desse ano: Amanda Marinho, Ana Beatriz Garcez, Gabriela Menezes, Luan Limoeiro, Mayara Lemmermann, Natan Lopes, Renner Moraes, Thatyanna Oliveira, Ursula Rocha; com certeza passaram por diversas barreiras para chegar até aqui, então com o objetivo de expressar mais precisamente os sentimentos do grande ano que é o terceiro técnico, o Tour En L’air leva seus leitores aos bastidores com uma entrevista a dois dos formandos:


Entrevista com Amanda Marinho:
Qual a sensação de se encontrar na posição de formanda na coreografia “La Barre” de Vassili Sulich?

"Eu sonho com esse momento desde que eu fui formandinha. Eu pude sentir, quando eu dancei, a emoção que minha formanda estava sentindo no palco e, ao vê- la tão realizada, eu soube que faria de tudo para poder chegar onde ela chegou. Eu senti que um dia estaria no lugar dela porque iria me entregar de corpo e alma para isso. E hoje, ser formanda representa a realização de um dos meus maiores sonhos. Não tenho palavras para descrever o quanto está sendo gratificante ensaiar La Barre. Eu estou realmente muito feliz e ansiosa para a Formatura. Não sei qual vai ser minha reação no palco, mas tenho certeza de que irei me emocionar bastante devido a todos os bons momentos que eu vivi na EEDMO e no palco do TMRJ, dos quais eu sentirei muita saudade. Só tenho a agradecer por ter chegado até aqui e poder dançar esse ballet novamente, após sete anos, no palco mais lindo que eu já estive."

Amanda quando formandinha de Aila Oliveira

Entrevista com Renner Moraes:

Como você pode descrever a sensação de estar se formando após nove anos na Escola de Dança e diante de todas as dificuldades passadas até aqui que mensagem pode ser deixada para quem deseja o mesmo?

"É de extrema felicidade e gratidão saber que todo esforço feito dentro e fora da escola, só fez aprimorar mais e mais a minha chegada até aqui. Por um lado é estranho e ao mesmo tempo de se orgulhar pensar que fui um dos poucos meninos que herdei os nove anos de escola de dança, e se cheguei até aqui foi graças, claro, a todo o apoio de meus familiares, amigos e mestres por quem passei. O caminho foi longo, doloroso, mas cumprido! Para começar, tudo se trata de arte, sendo mais específico, dança, sendo mais claro ainda: BALLET CLÁSSICO. Para nós, homens/meninos, a trajetória nesse ramo tem seus diversos altos e baixos, (claro que para as meninas também), mas no nosso caso, as dificuldades já começam com a não aprovação dos pais, quando as atividades não começam  tarde demais ou até mesmo se tivermos um tempinho para nos dedicar a arte por que já estamos ocupados em nos sustentar por conta própria.  São essas com certeza nossas maiores barreiras, e por mas incrível que pareça, elas também nos fazem teimar. Lutar é persistir para chegar a ser o que tão sonhávamos um dia. Afinal, ser artista é a definição da alma! Então, a todos amigos e colegas de aula, antes de tudo ouçam aquilo que a voz de dentro nos falar... Se deem o tempo, momento e minutos que precisar, eles que definirão realmente juntos ao seu coração o que seguir em meio a tantos problemas e indecisões. Aguentem firme e nos vemos com certeza em futuras formaturas! A vocês meu ENORME ABRAÇO e OBRIGADO por tudo que vivenciamos  nessa longa estrada!”

Renner do preliminar ao 3º Ténico

Após todos os anos de muito esforço e luta, todos os ensinamentos e conhecimentos adquiridos com muito suor devem ser transformados em alegria.À todos os formandos desejamos que dancem sempre com prazer, transmitindo o espírito artístico, a técnica e principalmente a paixão no que fizerem, pois assim agradarão o público. Boa sorte em suas novas caminhadas e muitos aplausos!

Diovana Piredda (1° técnico) e Maria Fernanda Antunes (2° técnico)