quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

O encontro do clássico com a Sapucaí!!

O encontro do clássico com a Sapucaí!!


No livro de Luis Ellmerich, o autor comenta que o samba atual nasceu no Rio de Janeiro, baseado no samba rural e com influência de outras danças nacionais e estrangeiras. A sua característica é o andamento vivo do ritmo sincopado. O primeiro samba a adquirir originalidade foi o denominado "pelo telefone" de autoria de Donga (Ernesto dos Santos) no ano de 1917.
O samba vivo tem uma só parte que é repetida pelo coro, principalmente, pelas "Escolas de Samba", onde domina juntamente com a marchinha, o Carnaval carioca.
A primeira Escola de Samba - deixa falar- foi fundada em 1928 no Estácio de Sá. Os componentes usavam as cores vermelha e branca por causa do América Futebol Club. Saíram pela primeira vez no Carnaval de 1929, tomando parte o popular cantor Francisco Alves.

Paralelamente ao Carnaval carioca e à exatos 3,6 Km do Sambódramo, a Escola Estadual de Dança Maria Olenewa conta com professores de alto nível técnico que se dedicam a levar o corpo clássico a esse espaço de grande folia. Entre esses mestres do carnaval encontramos: Claudia Mota ( Primeira bailarina do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e ex-aluna e formada pela Escola Estadual de Dança Maria Olenewa) , Priscila Mota ( Primeira solista do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e ex-aluna e formada pela Escola Estadual de Dança Maria Olenewa), Jorge Texeira ( Professor da Escola Estadual de Dança Maria Olenewa) , Hélio Bejani ( Ex-bailarino do Ballet do Theatro Municipal, Ex-diretor do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e diretor da Escola Estadual de Dança Maria Olenewa), Filipe Moreira ( Primeiro bailarino do Theatro Municipal do Rio de Janeiro), Élida Brum ( Segunda solista do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e ex-aluna e formada pela Escola Estadual de Dança Maria Olenewa), Edifranc Alves ( Primeiro solista do Theatro Municipal do Rio de Janeiro), Rodrigo Negri ( Primeiro solista do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e ex-aluno da Escola Estadual de Dança Maria Olenewa) e alguns alunos da Maria Olenewa.

Coletamos três depoimentos sobre a importância do ballet nos desfiles das Escolas de samba e as oportunidades que este espetáculo pode oferecer para os artistas- bailarinos. O primeiro foi do professor de Ballet e técnica masculina Jorge Texeira, o outro foi da professora da Eedmo e Solista do Corpo de baile do Theatro Municipal, Deborah Ribeiro e por último, mas não menos importante, o do atual diretor da Escola Estadual de Dança Maria Olenewa, Hélio Bejani.


Jorge foi convidado há 15 anos atrás para participar do Carnaval carioca. Primeiramente, ele foi assistente, durante 1 ano, de Marcelo Misailidis e no ano seguinte pegou comissão de frente. O professor comentou: " O Carnaval, cada vez mais, têm se profissionalizado. Com isso, principalmente, na área da comissão de frente, é preciso um trabalho mais profissional, onde as pessoas tenham domínio do próprio corpo e uma boa movimentação. Dessa forma, cada dia mais, está sendo requisitado bailarinos clássicos, pois eles possuem técnica, disciplina e o lado profissional que o Carnaval ( comissão de frente, mestre salas, porta bandeiras e alas coreografadas ) têm solicitado". Jorge ainda afirmou que é preciso sempre trazer efeitos, que combinados com a dança, contam o enredo. Junto a isso, disse que é necessário estar, constantemente, se superando e mantendo a criatividade nas alturas.
Professor da EEDMO
Carnavalesco 2019


"O carnaval é uma expressão artística e portanto, é mais que natural que o ballet clássico esteja, cada vez mais, presente e atuante nesta paixão nacional. Nesse sentido, a União entre os bailarinos clássicos e principalmente, os grandes desfiles das escolas de samba é uma fórmula que só poderia resultar em sucesso !!! As movimentações cuidadosas, a musicalidade, a disciplina do bailarino, a resistência física, a capacidade de executar longos percursos em plena sintonia (característica de um corpo de baile clássico ) e a qualidade  artística dos bailarinos, só vem à agregar valor as  refinadas comissões de frentes, alas e carros coreografados. Cada vez mais, as escolas de samba vêm se utilizando destes profissionais-artistas  (bailarinos, ensaiadores e coreógrafos de ballet clássico ). Inclusive, de alguns anos para cá, os lindíssimos movimentos das porta bandeiras e mestre salas,  estão sendo acrescidos da delicadeza e versatilidade do ballet clássico. Uma linda união entre as incríveis inovações das Escolas de samba e o  tradicionalismo do ballet clássico, só poderia dar SAMBA !!!"
Deborah Ribeiro
Primeira Solista do Ballet do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
Professora da EEDMO.


Nosso diretor foi convidado há 16 anos atrás por Carlinhos de Jesus para participar do Carnaval carioca. No início trabalhou na Mangueira com um casal de mestre sala e porta bandeira e dois anos depois assumiu a escola do Salgueiro, onde trabalhou por 11 anos. No carnaval de 2019 assume a escola Grande Rio.
"Os profissionais clássicos dão uma condição artística e técnica melhor para o espetáculo. Esses bailarinos que têm o ballet como referência e como base são mais bem preparados para executar as exigências coreográficas de hoje em dia. Além disso, a junção do clássico com o carnaval é de extrema importância pois permite um diálogo entre o erudito e o popular. Nesse sentido, o ballet também é beneficiado porque populariza e divulga essa arte clássica dentro da cultura mais vista no Brasil e no mundo que é o carnaval." Hélio também afirmou que o que lhe inspira para a sua criação coreográfica é o enredo e as inovações temáticas de cada ano, disse que suas motivações coreográficas vêm da possibilidade de estar sempre fazendo um espetáculo diferente a cada carnaval na Sapucaí.
Hélio Bejani.
Diretor da Escola Estadual de Dança Maria Olenewa.


Este grande espetáculo a céu aberto tem muito a oferecer e com isso, levar o clássico ao encontro da Sapucaí.












Luana Macedo - 3° Técnico
Williams de Morais - 3° Técnico  

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