sexta-feira, 29 de abril de 2016

DIA DA DANÇA

Hoje, dia 29 de abril, comemora-se o Dia Internacional da Dança. Criado em 1982 pelo Comitê Internacional de Dança da Unesco, a data é uma homenagem ao nascimento do bailarino, ensaiador e professor francês Jean Georges Noverre (1727-1810), considerado o criador do ballet moderno.



Jean Georges Noverre

Esse grande nome teve como mérito oferecer novas possibilidades a linguagem dos ballets, trazendo uma outra concepção do que deveria ser um espetáculo de dança. Noverre acreditava que o ballet deveria imitar a natureza, não sendo apenas um divertimento, mas uma obra que seja capaz de comover e emocionar. Nesse sentido, lançou o “ballet d´action”: a obra coreográfica deveria ter um enredo que se desenrolasse através de uma movimentação intimamente vinculada aos temas, ou seja, uma movimentação dramática; a relação entre os personagens deveria ser melhor explorada e, por fim, a dança não poderia se basear apenas no virtuosismo dos solistas. Por primar pela expressividade, Noverre será um grande crítico do ballet do Opera de Paris e de seu professor Louis Duprè, o julgando uma “máquina de dançar”.
Noverre foi então, num certo sentido, o gérmen do que acreditamos como dança hoje em dia: uma arte que tem como prioridade não a execução, mas a emoção, o sentimento. Daí sua grande relevância para nós.
Para comemorar o dia, nada melhor que dançar. Como isso já faz parte de nossa rotina, a data é fundamental também para que possamos refletir sobre o fazer artístico e sobre esse ofício que escolhemos. Primeiramente, é um dia para lembrar da importância da dança para a construção de um mundo melhor, e, portanto, chamar a atenção do público em geral e de entidades governamentais no sentido de incentivar e apoiar as iniciativas desta arte. A dança e as outras linguagens artísticas se mostram instrumentos importantíssimos na formação do indivíduo e devem ter espaço garantido e reconhecido na educação e na vida cultural da população.


Turma de nível básico da EEDMO

Turma de formandas da EEDMO 2015

É interessante também pensarmos na própria profissionalização do dançarino/bailarino e seu reconhecimento. O debate sobre o mercado de trabalho, sobre a regulamentação da profissão, sobre as possibilidades de carreira dentro do mundo da dança deve ser estimulado para que haja avanço nesses aspectos.
Nós como representantes da dança temos que trabalhar para faze-la crescer em todas as suas possibilidades e lutar para que ser torne mais acessível e mais reconhecida.
Está em nossas mãos tornar o mundo mais dançante,



"Eu somente acreditaria em um Deus que soubesse dançar"
Friedrich Nietzsche


Espetáculo de fim de ano da EEDMO (2015)
La Bayadere

Maria Luisa Patury - 1° Técnico

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