quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Mônica Barbosa

Mônica Barbosa

Inspiração, estímulo, descoberta, movimento, experimentação, improvisação e liberdade.


Foi essa gama de coisas que algumas de nossas alunas experimentaram no dia 12 de agosto com Monica Barbosa, bailarina do corpo de baile do Theatro Municipal. Como auxílio e enriquecimento da aula de composição coreográfica, Mônica gentilmente esteve à disposição para passar seus conhecimentos de improvisação para as formandas deste ano. O estilo bem distinto do ballet parece estranho à primeira vista, mas após alguns momentos as articulações se soltaram e as alunas passaram a reinventar e redescobrir seus corpos e o movimento. O constante alongamento e “intimidade com o céu” exigido pelo ballet se transformaram numa desconstrução da movimentação e na descoberta de novos planos, que abriam inovadoras possibilidades. Uma aula sem arabesques, piruetas ou pás de bourèes, mas repleta de movimento.

Mônica Barbosa dando aula de composição coreográfica para as formandas 2015 da EEDMO.

Antes de integrar o corpo de baile do Theatro, Mônica se formou na Escola Estadual de Dança Maria Olenewa. Hoje, ela volta e partilha um pouco com nossas alunas a experiência e carga de uma carreira já consolidada; tal retorno, nos deixa muito felizes e orgulhosos. A chegada de algo novo através de quem “já é de casa” é, não apenas enriquecedor, mas um impulso para que nossos alunos acreditem em seu trabalho e no da Escola à qual pertencem. Estimular esse ciclo de retorno, onde os alunos formados possam, após construir uma carreira, voltar as origens e agregar novos conhecimentos mostra-se muito interessante para nosso crescimento.

Mônica e formandas 2015 da EEDMO.

Voltando à experiência das alunas do terceiro técnico, Mônica começou a aula falando de estímulo: Tudo pode ser objeto de inspiração e material para uma criação; um quadro, uma música, uma pessoa, uma paisagem... Para criar é preciso inspirar-se e para inspirar-se, o estímulo. Atentar ao redor e estudar nossas sensações são o primeiro passo para compor algo; coragem e ousadia, o que concretizam a criação. Afinal, sabemos como é difícil, após tanto contato com a técnica clássica, nos permitir ou executar movimentos de uma natureza tão diferente. E ainda, num tempo onde o mercado exige tanta versatilidade, é importante que as bailarinas que andam sobre as nuvens, saibam também como pisar no chão e reconhecê-lo como parceiro na dança.



Felizmente, contamos com oportunidades como essa aqui na Escola, que nos oferecem um estímulo ou nos fazem percebê-lo em qualquer lugar, permitindo que nos tornemos, de fato, artistas, ou seja, criemos.

Mônica, obrigada pela disposição e por nos proporcionar essa faísca: o mundo se tornou muito mais inspirador.


Manuela, Shantala, Ana Carolina, Mônica Barbosa, Marina, Tâmara, Caroline e Maria Clara.

Maria Luiza Patury

2 comentários:

  1. Parabéns, Mônica. Suas declarações são muito lúcidas. Um carinho para você.

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  2. Uma bailarina dedicada, talentosa e uma pessoa incrivelmente amiga e amorosa!!!
    Sou fã!!

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