Mônica Barbosa
Inspiração, estímulo, descoberta, movimento, experimentação, improvisação e liberdade.
Foi essa gama de coisas que algumas de nossas alunas experimentaram no dia 12 de agosto com Monica Barbosa, bailarina do corpo de baile do Theatro Municipal. Como auxílio e enriquecimento da aula de composição coreográfica, Mônica gentilmente esteve à disposição para passar seus conhecimentos de improvisação para as formandas deste ano. O estilo bem distinto do ballet parece estranho à primeira vista, mas após alguns momentos as articulações se soltaram e as alunas passaram a reinventar e redescobrir seus corpos e o movimento. O constante alongamento e “intimidade com o céu” exigido pelo ballet se transformaram numa desconstrução da movimentação e na descoberta de novos planos, que abriam inovadoras possibilidades. Uma aula sem arabesques, piruetas ou pás de bourèes, mas repleta de movimento.
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Mônica Barbosa dando aula de composição coreográfica para as formandas 2015 da EEDMO. |
Antes de integrar o corpo de baile do Theatro, Mônica se formou na Escola Estadual de Dança Maria Olenewa. Hoje, ela volta e partilha um pouco com nossas alunas a experiência e carga de uma carreira já consolidada; tal retorno, nos deixa muito felizes e orgulhosos. A chegada de algo novo através de quem “já é de casa” é, não apenas enriquecedor, mas um impulso para que nossos alunos acreditem em seu trabalho e no da Escola à qual pertencem. Estimular esse ciclo de retorno, onde os alunos formados possam, após construir uma carreira, voltar as origens e agregar novos conhecimentos mostra-se muito interessante para nosso crescimento.
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Mônica e formandas 2015 da EEDMO.
Voltando à experiência das alunas do terceiro técnico, Mônica começou a aula falando de estímulo: Tudo pode ser objeto de inspiração e material para uma criação; um quadro, uma música, uma pessoa, uma paisagem... Para criar é preciso inspirar-se e para inspirar-se, o estímulo. Atentar ao redor e estudar nossas sensações são o primeiro passo para compor algo; coragem e ousadia, o que concretizam a criação. Afinal, sabemos como é difícil, após tanto contato com a técnica clássica, nos permitir ou executar movimentos de uma natureza tão diferente. E ainda, num tempo onde o mercado exige tanta versatilidade, é importante que as bailarinas que andam sobre as nuvens, saibam também como pisar no chão e reconhecê-lo como parceiro na dança.
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Felizmente, contamos com oportunidades como essa aqui na Escola, que nos oferecem um estímulo ou nos fazem percebê-lo em qualquer lugar, permitindo que nos tornemos, de fato, artistas, ou seja, criemos.
Mônica, obrigada pela disposição e por nos proporcionar essa faísca: o mundo se tornou muito mais inspirador.
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Manuela, Shantala, Ana Carolina, Mônica Barbosa, Marina, Tâmara, Caroline e Maria Clara. |
Maria Luiza Patury
Parabéns, Mônica. Suas declarações são muito lúcidas. Um carinho para você.
ResponderExcluirUma bailarina dedicada, talentosa e uma pessoa incrivelmente amiga e amorosa!!!
ResponderExcluirSou fã!!